Vasco e Flamengo fazem hoje mais um clássico esvaziado do Campeonato Carioca, que alguns, sem que se saiba por que, gostam de dizer que é “o mais charmoso do Brasil”. Até ontem, menos de três mil ingressos haviam sido vendidos.
Líder do Grupo A – 15 pontos -, o Flamengo precisa ganhar para confirmar a classificação para as semifinais da Taça Rio, depois de ter ficado fora da Taça Guanabara, e como está, praticamente, da Copa Libertadores da America.
Líder do Grupo B – 11 pontos -, o Vasco estará com a classificação garantida nas semifinais da Taça Rio se vencer hoje. O clássico, às 18h30m, no Engenhão, reunirá os que mais pontuaram no campeonato: Vasco 32, Flamengo 30.
O técnico Cristóvão Borges disse: “Vasco e Flamengo farão sempre um jogo de muita rivalidade pouco importa em que situação os times se encontrem. É mais um jogo com todas as caracteristicas de equilíbrio”.
O técnico Joel Santana disse: “Estamos no fio da navalha na Libertadores e isso reflete no Campeonato Carioca por mais que se diga que cada competição é uma história. Precisamos muito da vitória para acalmar os ânimos”.
Cristóvão Borges lembrou ontem: “Depois de tantos anos longe da Libertadores, a derrota na estreia (2 a 1 para o Nacional, do Uruguai), chegou a preocupar, mas o time reagiu bem e se classificou com uma rodada de antecedência. Revertemos bem e ganhamos motivação para a sequência, que será bem mais difícil porque agora é mata-mata” – frisou o técnico.
Joel Santana disse que a situação do Flamengo na Libertadores é muito difícil, mas não há motivo para tanto desespero: “Podemos ganhar do Lanús e o Olímpia empatar em casa com o Emelec. Não chegam a ser resultados anormais nem improváveis. No futebol, que sempre apresenta surpresas, já vi acontecerem combinações de resultados que pareciam impossíveis” – destacou o técnico.
O Vasco não antecipou a escalação, mas não terá alguns titulares. O time mais provável: Fernando Prass, Fagner, Rodolfo, Renato Silva e Dyeson; Rômulo, Felipe Bastos, Diego Souza e Felipe; William Barbio e Alecsandro.
O Flamengo só será anunciado no vestiário, mas é pouco provável que apareça muito alterado com relação ao time que iniciou o jogo em que perdeu 4ª feira, em Guaiaquil, para o Emelec, que o deixou praticamente eliminado da Libertadores.
O médico Clóvis Muñoz informou ontem que o zagueiro Dedé, com edema ósseo na perna, ficará em torno de um mês afastado: “O protocolo manda que fique quatro semanas sem treino de impacto. Por ser jovem e forte, pode se recuperar antes”.
Com isso, além de não jogar hoje nem com o Nacional, no Uruguai, Dedé estará fora da estreia na fase mata-mata da Libertadores. O meio-campo Juninho, ainda com a boca meio inchada, devido à cirurgia no implante dentário, pode reaparecer 5ª feira em Montevidéu.
Ronaldinho ficou calado, limitando-se a ouvir a presidenta Patrícia Amorim cobrar mais comprometimento na reunião que teve ontem à tarde com os jogadores, no hotel onde estão concentrados desde 5ª feira à noite. O técnico Joel Santana não foi chamado para o encontro.
Deivid, em nome do grupo, pediu a palavra para dizer que o elenco é unido, sem qualquer divergência. O atacante reconheceu que o time não vem rendendo, mas não soube explicar a queda de rendimento.
A volta do meio-campo Carlos Alberto, que não está inscrito na Libertadores, pode acontecer na última rodada da Taça Rio, dia 15, no jogo com o Nova Iguaçu, no estádio do Bangu.
O médico José Luis Runco disse ontem que o atacante Adriano não voltará a jogar antes de julho: “O Adriano terá que ser submetido a mais uma cirurgia no tendão, que será feita por mim, pelo Dr.Joaquim Grava e pelo Dr.Carlos Alfredo Jasmim, especialista em tornozelo”.
Runco fez questão de destacar: “O procedimento médico do Corinthians foi correto e se o Adriano não se recuperou no prazo de três meses foi porque abusou do álcool e faltou à maioria das sessões de fisioterapia no Corinthians”.
Adriano, ao lado do médico Runco, na entrevista coletiva, disse: “Muitos acham que não quero mais jogar. Minha própria mãe chegou a me aconselhar a parar com o futebol, mas eu quero continuar”.
O goleiro Felipe, dos poucos que têm se salvado, disse ontem: “Já estamos com um pé no inferno. Se perdermos do Vasco nem sei como ficará nossa situação”.
A gerência do Windsor Barra, hotel em que o Flamengo se concentra, teve que chamar a PM para dispersar manifestações de torcedores, ontem à noite. Os demais hóspedes reclamaram.
Este site usa cookies para garantir uma melhor experiência. Ao continuar a navegar, você está de acordo com isso. Para saber mais, acesse: Política de privacidade.