Tímido fora de campo Thiago Feltri se solta no Vasco

Feltri garante que os 15 dias em Atibaia, foram suficientes para que deixasse ao menos parte da timidez de lado.

Na cidade de Fernão, que fica a quase 400 quilômetros da capital São Paulo, não havia muitas opções de lazer. Então, restava a Thiago Feltri dar um jeito de apurar a forma para transformar em profissão o que fazia quase que exclusivamente no tempo livre: jogar bola. Foi correndo oito quilômetros diários desde a adolescência que o lateral-esquerdo do Vasco adquiriu a constante movimentação mostrada em sua estreia pela equipe, no último domingo, na vitória por 2 a 0 sobre o Americano, pelo Campeonato Carioca.

– Quando eu tinha uns 14 anos já pensava em ser jogador, mas não tinha treino. Então, eu e mais dois amigos corríamos pela cidade, normalmente até entrada de uma rodovia e voltávamos. Essa minha habilidade pode ter saído daí. Lá em Fernão a gente não tinha muito o que fazer a não ser jogar bola mesmo – afirmou o lateral, referindo-se à sua cidade natal, que tem apenas dois mil habitantes.

Thiago Feltri nasceu no Interior de São Paulo, mas bem que poderia ser mineiro. A personalidade muito tímida e de poucas palavras tem a ver com o local onde cresceu no futebol. Ele chegou ao Atlético-MG em 2005, ainda na categoria júnior, e no ano seguinte atuou pelos profissionais. Depois de passar pelo Atlético-GO, encara o Vasco como o maior desafio da carreira. Não apenas pelo peso da camisa, mas por viver pela primeira vez numa cidade que exige um ritmo rápido, tal qual o seu. Mas dentro dos gramados.

– O Rio de Janeiro é bem agitado, das pessoas ao trânsito. Isso comigo não pega, porque sou um cara tranquilo, quieto e tímido. Costumo ficar num canto prestando atenção. Mas estou gostando da cidade e do clube. Espero ser muito feliz aqui.

Por enquanto, seu guia na cidade é o atacante Éder Luís, seu contemporâneo nos tempos de Atlético-MG, de quem em breve será vizinho na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. No entanto, ele garante que os 15 dias de pré-temporada em Atibaia (SP) foram suficientes para que deixasse ao menos parte da timidez de lado e se aproximasse dos novos companheiros.

– O Eder é o único que eu conhecia mesmo antes de vir para o Vasco. Mas aqui já me aproximei do Romulo e do Fellipe Bastos, entre outros. Consegui me entrosar rapidamente, porque o grupo me recebeu muito bem – destacou.

O lateral admitiu que a timidez se refletiu em campo no primeiro tempo de sua estreia pelo Vasco. Mas garantiu ter ficado à vontade ao longo da partida disputada em Macaé. Como recompensa, recebeu aplausos da torcida ao deixar o campo substituído por Max e foi elogiado pelo técnico Cristóvão Borges.

– Acho que fui bem na primeira partida. No início senti um pouco a falta de entrosamento, mas depois consegui me soltar e fazer mais jogadas pelo lado esquerdo. Espero seguir com uma boa regularidade para crescer aqui no Vasco – disse.

globo esporte

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