Talentoso e vitorioso, Dedé marcou nome na história do Vasco, mas poderia ser maior
O zagueiro, o mito, Dedé se despediu dos gramados com o gostinho de que poderia ser mais na carreira e no Vasco da Gama.
Chegou ao fim a carreira de Dedé em campo. O agora ex-zagueiro, de 35 anos, fez o anúncio por meio do Instagram, nesta terça-feira (04). Seu último clube foi o Athletico-PR, no ano passado, onde pouco jogou por causa do grave problema no joelho, que o perseguia há muitos anos.
Em São Januário, o Camisa 26 escreveu uma bonita história em campo, entre 2009 e 2013, com 160 jogos, disputadas 19 gols e dois títulos, a Série B e a Copa do Brasil, sendo um dos protagonistas no último. O desempenho foi tão positivo que o Dedé foi convocado para a Seleção Brasileira em algumas oportunidades.
O zagueiro, inclusive, foi apelidado de “Mito” e não à toa. O carinho dos vascaínos era tanto que Dedé chegou a ser colocado como 63º maior brasileiro de todos os tempos, em votação popular no canal SBT, em 2012. Foram tantas atuações impecáveis pelo Cruzmaltino, destaque para a vez que conseguiu anular o craque Neymar e a vez que comandou a virada sobre o Universitário, do Peru, pela Sul-Americana de 2011.
Foram quatro anos de muita idolatria para o zagueiro que, acima de talentoso, sempre se mostrou puro carisma e identificação com os torcedores. Mesmo querendo ficar no Vasco, o Camisa 26, em meio ao grave problema financeiro na época, foi vendido ao Cruzeiro por R$ 14 milhões, somado a jogadores emprestados, um deles Pedro Ken.
Ídolo do Vasco
Com os feitos aos longo de quase 4 anos, Dedé saiu do Gigante com status de ídolo, mas atualmente não goza do mesmo prestígio. O que fez vestindo a camisa vascaína é inquestionável, mas declarações vez ou outra após sua saída, incluindo quando se ofereceu para jogar no Flamengo, desgastou sua imagem com a massa vascaína. O “Mito” passou também por Volta Redonda, Fluminense, Cruzeiro e Ponte Preta.
Somado a isto, o fato de nunca ter voltado ao Gigante. Claro que os problemas físicos atrapalharam um possível reencontro, mas o próprio Dedé não demonstrava vontade de vestir a camisa do Vasco novamente. O que resta agora são memórias de tudo o que o “Dedéckenbauer” fez pelo Cruzmaltino, os desarmes, os gols e interações de muito afeto com os torcedores. Obrigado por tudo, MITO!