Sequência negativa do Vasco no Brasileiro revela dado curioso; veja números
O Vasco da Gama venceu 3 partidas finalizando menos e agora amarga 3 derrotas mesmo com mais volume ofensivo.

O Vasco perdeu três jogos consecutivos no Brasileirão. No trio de partidas anterior, porém, foram três vitórias. E uma estatística cruz-maltina chama atenção: na sequência vitoriosa, finalizou menos e permitiu mais finalizações ao adversário do que na combinação de derrotas.
Nos três reveses dos últimos dias – diante de Juventude (3×1), Botafogo (3×0) e São Paulo (3×1) -, o Vasco finalizou 50 vezes, enquanto os adversários deram 44 chutes. Já nos três triunfos anteriores – sobre Bragantino (3×0), Fluminense (2×0) e Fortaleza (2×0) -, foram apenas 25 finalizações vascaínas contra 50 dos rivais. Na sequência positiva, a equipe de Fernando Diniz precisava de menos de quatro chutes para marcar um gol. Os dados são do SofaScore.
Estatísticas do Vasco em sequências contrastantes
Fortaleza 0 x 2 Vasco
- Finalizações: 27 x 6
- Posse de bola: 55% x 45%
Vasco 2 x 0 Fluminense
- Finalizações: 11 x 12
- Posse de bola: 47% x 53%
Bragantino 0 x 3 Vasco
- Finalizações: 11 x 8
- Posse de bola: 52% x 48%
Vasco 0 x 2 São Paulo
- Finalizações: 24 x 11
- Posse de bola: 62% x 28%
Botafogo 3 x 0 Vasco
- Finalizações: 23 x 12
- Posse de bola: 51% x 49%
Vasco 1 x 3 Juventude
- Finalizações: 14 x 10
- Posse de bola: 71% x 29%
Média nas três vitórias
- Vasco 2,3 x 0 Adversário
- Finalizações: 8,3 x 16,6
- Posse de bola: 46% x 54%
Média nas três derrotas
- Vasco 0,3 x 2,6 Adversário
- Finalizações: 16,6 x 14,6
- Posse de bola: 60% x 40%
O que dizem os números?
Seria uma análise muito simplista dizer que o Vasco tem mais chances de ganhar quando finaliza menos e tem menos posse de bola. Cada um desses jogos teve um contexto. Nas vitórias, por exemplo, o Cruz-Maltino saiu à frente no placar ainda no primeiro tempo. Com isso, obrigou o adversário a sair mais para o jogo, o contrário das derrotas.
No entanto, essas estatísticas podem apontar para um problema já observado pela torcida: a falta de concentração. Nas vitórias, o Vasco “soube sofrer” quando precisou, contando com o foco de todo o sistema defensivo e do goleiro Léo Jardim, que brilhou com nove defesas contra o Fortaleza. Já nas derrotas, teve momentos de desconcentração, exemplificados na própria figura do arqueiro, que entregou a bola para o Juventude no segundo gol adversário.
Quando atrás no placar, o Cruz-Maltino tende a se afobar em busca do gol. Dessa forma, pode até criar mais chances, mas não com a mesma qualidade de um time confiante. Contra o Juventude, por exemplo, as entradas de Vegetti e GB colaboraram para tentativas de chuveirinho no fim do jogo.
Em coletiva após o jogo, Fernando Diniz destacou um time que “ainda está aprendendo a jogar bem”. A fala se alinha com a visão de que o time precisa evoluir na concentração e apego ao bom futebol, independentemente das circunstâncias da partida. Cabe ao treinador recuperar a confiança da equipe nas próximas partidas, sonhando com a remota chance de classificação para a Libertadores via Brasileirão ou o desejado título da Copa do Brasil.
— O Vasco está aprendendo a jogar bem e, principalmente, a ser um time grande. Esse processo traz oscilações. Não é a primeira vez que o desempenho cai, já tivemos dois ou três momentos assim no campeonato. Esse é o terceiro ou quarto período de queda, e o desafio agora é reagir, como fizemos nas outras vezes. O importante é entender essas fases e aprender com elas para voltar a crescer — avaliou o treinador após o mais recente tropeço.
Fonte: Lance!
Já se passaram 24 minutos de jogo, e as melhores chances de gol foram do Santos. Fluminense e Botafogo empataram. O problema foi o Vasco ter desperdiçado pontos contra o Juventude, jogando sem raça e sem demonstrar entender a importância desse jogo para alcançar o objetivo de classificação para a Libertadores — o mesmo objetivo que todos os jogadores dizem ter.