Salários atrasados impedem o Vasco de negociar redução com o elenco

A diretoria do Vasco da Gama vê com bons olhos a redução salarial, mas precisa pagar os atrasados a jogadores e funcionários.

Uma das principais pautas durante a paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus, a redução salarial também é assunto no Vasco. O clube vê com bons olhos a questão, mas antes de cogitar a hipótese e negociar a questão com os atletas, precisará equacionar os atrasados.

Atualmente, o Cruzmaltino deve aos jogadores e funcionários que recebem acima de R$ 1,8 mil os salários de janeiro, fevereiro e março, além dos direitos de imagem que não são pagos desde setembro para sete atletas.

Capitão da equipe, o zagueiro Leandro Castan, em exclusiva ao UOL Esporte, falou sobre a possibilidade da redução salarial, mas ressaltou os atrasados:

“Temos conversado sobre esse assunto. É um assunto muito delicado. Acho que tem que ser tratado com calma, pouco a pouco. Não adianta você pensar daqui a 90 dias porque não se sabe o que vai acontecer. Então, a gente, principalmente aqui no Vasco, tem conversado com o presidente. Para nós, os meses de abril, maio e junho ainda estão distantes porque ainda temos salários atrasados. A gente primeiro precisa colocar o que está para trás em ordem para depois pensar no que tem que fazer e como ajudar o clube. Acho que isso vai ser uma coisa que cada clube vai decidir com seus atletas, porque a situação financeira de cada clube é diferente uma da outra, mas tenho certeza de que no final”.

Jogadores já fizeram greve 

No último dia 24, os jogadores do Vasco encerraram uma greve que durou cerca de um mês. A forma de protestar contra os recorrentes salários atrasados no clube foi adotar a “lei do silêncio”, quando passaram a não mais conceder entrevistas em jogos, coletivas, zonas mistas ou exclusivas.

Uol

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