Saída ‘precoce’ de Zé Ricardo obriga Vasco a antecipar planos previstos para dezembro

Sem o treinador, começa, de fato, a transição entre o Vasco da Gama em si e a 777 Partners, futura dona da SAF do Clube.

Reunião entre executivos da 777 e dirigentes do Vasco
Reunião entre executivos da 777 e dirigentes do Vasco (Foto: Daniel Ramalho/ Vasco)

A saída inesperada de Zé Ricardo do comando técnico do Vasco trouxe para o começo de junho questões previstas para serem pauta em São Januário no fim de julho, talvez apenas ao fim da temporada. Sem o treinador, começa definitivamente a transição do futebol, do clube associativo para a 777 Partners.

A maior dificuldade prevista nessa decisão do cruz-maltino de transformar o futebol em sociedade anônima e vendê-lo para terceiros é justamente a passagem de bastão. Isso, no caso do cruz-maltino, com a temporada em andamento, se torna ainda mais sensível. Botafogo e Cruzeiro, outros dois times do país que migraram para a SAF, conseguiram fazê-lo no começo da temporada deste ano.

Zé Ricardo recebeu proposta do Shimizu Pulse, do Japão, e diante da perspectiva de ser demitido pelos americanos, aproveitou a oportunidade de se antecipar e assinar contrato com os japoneses. Mas essa saída, considerada muito provável, não tinha uma data certa para acontecer. Desde sempre, a 777 Partners planeja mudanças profundas no futebol. Quando elas aconteceriam, não estava certo.

Em outras palavras: com o Vasco de Zé Ricardo bem na Série B no momento em que os americanos assumissem o futebol, existia a chance dele ser mantido até novembro, quando a temporada chegar ao fim. Posteriormente, independentemente do resultado final, aí sim seria substituído.

Sem Zé Ricardo, Vasco e 777 Partners são obrigados a procurar um substituto com o campeonato em andamento, sem a chance de errar, e com dificuldades que o momento impõe. O que é melhor, procurar um técnico apenas para conduzir o time até o fim da Série B e depois contratar outro, de maior peso? Ou procurar o nome ideal e tentar convencê-lo a iniciar um trabalho de longo prazo à frente de um time no meio da segunda divisão?

As duas tarefas não são fáceis. Nem convencer esse treinador de renome a assumir o Vasco com a temporada em andamento, nem achar um técnico tampão que ofereça essa segurança de que, com ele, o acesso seguirá sendo uma possibilidade real, sem se importar de ser um trabalho de apenas cinco meses.

A solução para esses impasses pode ser a 777 Partners apelar para um investimento maciço na contratação desse novo técnico. Seria um problema porque desde o início o grupo americano vislumbra essa injeção de capital com o time na Série A.

Sem esse aporte, o clube já sonda o mercado, atrás desse técnico tampão. O primeiro a ser procurado foi Eduardo Barroca, técnico do Avaí. O treinador recusou prontamente a aproximação do Vasco e disse estar concentrado no projeto em um clube de primeira divisão.

Além disso, a saída de Zé Ricardo obrigará o Vasco a novamente contratar um técnico antes mesmo do diretor de futebol. Foi assim que aconteceu com o próprio treinador, que acabou sendo um dos responsáveis pela contratação de Carlos Brazil. Agora, o cruz-maltino vai atrás de um novo nome para comandar a equipe com o atual gestor participando da escolha, sendo que ele mesmo corre o risco de ser desligado da função assim que a 777 Partners assumir o futebol.

Fonte: O Globo

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