Saiba os motivos que levam o Vasco a sofrer tantas finalizações no Brasileiro

O Vasco da Gama tem 8 gols sofridos e 53 finalizações contra nos dois jogos sob o comando de Álvaro Pacheco.

Galdames em ação pelo Vasco contra o Palmeiras
Galdames em ação pelo Vasco contra o Palmeiras (Foto: Peter Leone/Agência O Globo)

O Vasco foi bombardeado nas partidas contra Palmeiras e Flamengo no Brasileirão. Foram oito gols sofridos e 53 finalizações contra nos dois jogos sob o comando de Álvaro Pacheco, mas o problema já se estende há algum tempo. Além de ter a pior defesa da competição, a equipe é a que mais sofre finalizações. Por que o Vasco é tão frágil defensivamente?

Já são 19 gols sofridos em apenas oito rodadas, que culminaram em seis derrotas na competição. No entanto, chama a atenção como os adversários têm facilidade em ameaçar o gol do Vasco.

Até aqui, segundo a pesquisa do Espião Estatístico, a equipe sofreu 136 finalizações à meta de Léo Jardim — uma média de 17 chutes por jogo. É como se a cada cinco minutos, um time adversário finalizasse contra o Vasco. Veja o raio-x das finalizações sofridas pela equipe vascaína.

Origens das finalizações sofridas pelo Vasco no Brasileiro
Origens das finalizações sofridas pelo Vasco no Brasileiro (Foto: Espião Estatístico)

– O que está anormal nesse gráfico é essa parte frontal. São 17 finalizações ali, é muita coisa. É um número muito grande dentro desse universo. Isso vem desde o ano passado. Acho que tem a ver com duas coisas. A característica de alguns volantes do Vasco e a falta de sequência — disse Rodrigo Coutinho, comentarista do Grupo Globo.

Para o comentarista, uma solução seria escalar outros volantes que não têm tido sequência no time titular e também uma possível mudança de esquema, com um 4-2-3-1. Segundo Coutinho, o Vasco precisa de volantes que tenham como característica a proteção da frente da área.

– Os volantes que têm mais capacidade de proteção da frente da área são os jogadores que não gozam de prestígio com a torcida: Zé Gabriel e Hugo Moura. Esses seriam atletas que guardariam melhor a frente da área. Galdames e Sforza, por exemplo, não têm essa capacidade de pressionar a bola, de ocupar essa entrada da área, com a mesma capacidade que outros volantes do elenco.

Entre outros motivos, o Vasco também sofre com a formação do elenco. O clube investiu na janela de transferências, mas ainda não obteve retorno. A equipe ainda não encontrou o meio de campo titular, sobretudo o volante mais utilizado: Hugo Moura, Zé Gabriel e Sforza já desempenharam na função. A ponta direita, a lateral direita e a formação da zaga também ainda são pontos de dúvidas.

O Vasco também tem alternado muito os esquemas em campo. O time começou com um 4-3-3, mudou para um 4-2-3-1 e, recentemente, tem usado um esquema com três zagueiros, que foi mais utilizado por Ramón Díaz no início do ano, no Carioca e nos amistosos.

Contra Flamengo e Palmeiras, o Vasco usou o esquema 5-2-3. Coincidência ou não, essas foram as partidas que a equipe sofreu mais finalizações. Contra o Criciúma, o time também sofreu tendo apenas dois volantes no meio, com Payet, Rayan, David e Vegetti fazendo um quarteto no ataque.

Quantas finalizações o Vasco sofreu em cada jogo?

  • 6 contra o Grêmio
  • 15 contra o Bragantino
  • 10 contra o Fluminense
  • 15 contra o Criciúma
  • 24 contra o CAP
  • 13 contra o Vitória
  • 28 contra o Flamengo
  • 25 contra o Palmeiras

– Ter essa falha ou demorar para ajustar é bom dizer que não é só uma questão dos volantes. Eu acho que é o sistema defensivo como um todo. Trabalhar mais em treinamento, compactação, os comportamentos quando a bola está do lado, o tipo de proteção que vai ser feita à área. Quando o adversário circula rápido de um lado para o outro. Isso aí a gente não vê esses padrões no Vasco já há algum tempo — disse o comentarista Rodrigo Coutinho.

Origem das jogadas

O gráfico abaixo mostra a origem — as assistências ou passes que geraram rebatidas da defesa vascaína – das finalizações sofridas pelo Vasco no Brasileirão. Fica nítido o problema na intermediária vascaína, seja pelo lado esquerdo, direito ou pelo centro.

Além disso, as costas dos laterais do Vasco também são bem exploradas pelos adversários. Na derrota para o Palmeiras, Estevão deu duas assistências pela ponta direita, encontrando algum atacante livre dentro da área.

Origens das finalizações sofridas pelo Vasco no Brasileiro
Origens das finalizações sofridas pelo Vasco no Brasileiro (Foto: Espião Estatístico)

O Vasco enfrenta o Cruzeiro neste domingo, às 18h30, em São Januário. A partida é válida pela nona rodada do Brasileirão. A equipe vascaína está na 14ª posição na tabela, com apenas seis pontos em oito jogos.

Fonte: Globo Esporte

2 comentários
  • Responder

    Tem que entrar com Hugo Moura e Zé Gabriel de bola de, Paulo Henrique na lateral direita e trocar os dois zagueiros Léo e Maycon aí fica mais protegido e pode vencer o Cruzeiro se repetir o time com Puma Léo Maycon Sforza e Vai ser surrado de novo e goleada pode acreditar!

  • Responder

    Só um imbecil não vê que o Esforza e o Galdanes não são jogadores de marcação , são jogadores limitados sem nenhum poder de marcação , quando se arma um time com esses dois jogadores e mais o Payet fica uma avenida no meio de campo.

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