Rumores sobre Crefisa e Vasco agitam política do Palmeiras

A oposição do Palmeiras manifestou insatisfação com os rumores, enquanto Leila Pereira, presidente e dona da Crefisa, se defende.

José Roberto Lamacchia e Leila Pereira
José Roberto Lamacchia e Leila Pereira (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Há uma negociação em andamento entre 777, Vasco e Crefisa – através de José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do Palmeiras – para a compra dos 70% que a companhia detém sobre o futebol do clube do Rio de Janeiro.

A possível compra preocupa a oposição do Palmeiras, que se posiciona através de nota falando em um novo conflito de interesses relacionado à presidente alviverde.

Leila Pereira, por sua vez, procurada pela reportagem através de sua assessoria pessoal, afirma que é presidente do Palmeiras e somente trata de assuntos relacionados ao Verdão.

Ela está em Nova York, onde Lamacchia se encontra no momento, mas segundo a assessoria, para tratar de temas pessoais, diante da paralisação do Campeonato Brasileiro, que adiou duas rodadas da Série A, incluindo o duelo com o Criciúma, que seria no domingo.

A mandatária chegou a negar a possibilidade de investir em uma SAF do Vasco durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, no dia 22 de abril.

Leila Pereira garante não se envolver pessoalmente na negociação, que é conduzida por Lamacchia com assessoria do próprio advogado. A empresa usada na transação poderia ser ainda outra do grupo Crefisa, como a Crefipar Participações e Empreendimentos.

A companhia, aliás, negocia valores e contratou em fevereiro uma due diligence, uma investigação do negócio para avaliar riscos, sobre a 777. Lamacchia, integrante do Conselho Deliberativo do Palmeiras, chegou a negar negociação em contato com a ESPN.

– Eu não tenho p*** nenhuma com isso! Não estou fazendo negócio (com o Vasco). Eu tenho apartamento há 10 anos em Nova Iorque. E não me encha o saco.

A oposição se posicionou através do Palmeiras Avante, movimento criado visando as eleições presidenciais do clube, no fim do ano, demonstra preocupações e fala em “alarmante capítulo dos conflitos de interesse”.

– Consideramos uma movimentação completamente inadequada e inacreditável – disse Roberto Silva, membro do Conselho de Orientação e Fiscalização do clube (COF).

– Exigimos que os nossos dirigentes coloquem os interesses do Palmeiras, e não de outros clubes, em primeiro lugar. Vamos nos posicionar de forma veemente, inclusive no Conselho Deliberativo e no COF, caso haja confirmação desse movimento. Os sócios e torcedores exigem e merecem saber exatamente o que está acontecendo – completa.

A oposição faz constantes críticas à Leila Pereira por conta da condição de presidente, patrocinadora, detentora do avião da Placar Linhas Aéreas – que freta viagens para o elenco – e da concessão da Arena Barueri, segunda casa do time quando o Allianz Parque está impossibilitado de receber jogos.

O Conselho Deliberativo, aliás, tem uma reunião ordinária prevista para junho, ainda com data a confirmar, para debater questões como a mudança de calendário, devido à suspensão de duas rodadas do Brasileiro. Ainda não há discussão sobre a temática da SAF Vasco, segundo o presidente do Conselho, Alcyr Ramos da Silva Junior.

Veja a nota completa

Palmeiras Avante: possível compra de SAF do Vasco preocupa oposição, que exige foco único dos dirigentes no clube

O Palmeiras Avante, movimento criado pela oposição visando as eleições à presidência do clube, previstas para novembro, enxerga com grande preocupação o novo e alarmante capítulo dos conflitos de interesse envolvendo a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sua empresa, a Crefisa. Segundo foi noticiado pela imprensa nesta sexta-feira, a empresa está em negociações avançadas para a compra de 70% da SAF do Vasco, um clube brasileiro que compete com o Palmeiras em diversos campeonatos.

Este é mais um caso que demonstra que o Palmeiras não é a única preocupação da gestão atual. No momento, por meio de suas empresas, a presidente do clube acumula também as posições de patrocinadora, credora, prestadora de serviços de transportes aéreos e detentora de concessão para exploração de um estádio de futebol (Barueri). Tais situações levantam inúmeras questões sobre governança e compliance no clube, bem como sobre de que maneira a gestão atual irá agir quando os interesses do clube e das empresas da presidente não estiverem alinhados.

Matérias de ge e UOL destacaram que a Crefisa está em negociações para adquirir o Vasco da Gama, com o dono da empresa, que também é conselheiro do Palmeiras e marido de Leila Pereira, viajando aos Estados Unidos para tratar dos detalhes. É importante destacar que a presidente do Palmeiras também esteve em Nova York no último fim de semana, enquanto o clube disputava partidas importantes no Brasil. O Palmeiras Avante entende que as implicações desse possível negócio são profundas, especialmente ao considerar que não foi cumprida a promessa de Leila Pereira de que se afastaria dos negócios da Crefisa para se dedicar integralmente ao Palmeiras.

Há um ponto crítico neste debate que diz respeito à auditoria contratada por Leila Pereira sobre o Palmeiras. Seu resultado nunca foi divulgado, nem mesmo para o COF, e é sempre bom lembrar que houve e continua havendo retaliação a conselheiros que pediram mais transparência.

Estamos presenciando uma série de comportamentos preocupantes que requerem vigilância constante e exigem respostas claras e transparentes de Leila Pereira e da Crefisa. A falta de transparência e os claros conflitos de interesse ameaçam o Palmeiras, afasta o investimento de outras empresas e são nocivas para o clube, que precisa modernizar os mecanismos de fiscalização da gestão. Os órgãos do clube, como o COF e Conselho, não podem se omitir diante deste caso – completa Roberto Silva.

Fonte: Globo Esporte

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