Ricardo Sá Pinto explica acerto com o Vasco e comenta salários atrasados: ‘Informação que eu não tinha’

O técnico Ricardo Sá Pinto explicou sua escolha pelo Vasco da Gama e diz que não sabia sobre salários atrasados.

Ricardo Sá Pinto nos tempos de Sporting Braga
Ricardo Sá Pinto nos tempos de Sporting Braga (Foto: Divulgação)

O novo técnico do Vasco, Ricardo Sá Pinto, conversou com a imprensa portuguesa na manhã desta quinta-feira no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, antes de embarcar rumo ao Rio de Janeiro, onde desembarcará à noite. Ele afirmou que não assinou com o clube de São Januário por questões financeiras e que aceitou o desafio pela grandeza e a história do Vasco. A apresentação oficial está prevista para sexta-feira.

O português, contudo, se mostrou preocupado com a alta rotatividade dos treinadores nos clubes brasileiros. E afirmou não ter conhecimento sobre as questões de atraso salarial e que ninguém informou que era uma situação “tão grave”.

– É uma informação que eu não tinha. Sei que o clube tem dificuldades. Quando assinei com o Vasco, não assinei por questões financeiras. Obviamente, há que salvaguardar isso, até porque vou ter pessoas sob a minha responsabilidade, toda a gente precisa de dinheiro para viver. Ninguém me falou em uma situação tão grave, ouvi, sim, que é uma situação difícil. Espero que não seja tão grave assim, espero também que rapidamente isso possa melhorar – disse Sá Pinto, em entrevista publicada pelo site Terra.

Ao jornal português “A Bola”, o técnico afirmou que já acompanhava o Vasco. Contou que recebeu diversas mensagens de apoio dos torcedores.

– A grandeza e a história do clube levaram-me a aceitar. Há muitos anos que acompanho o Vasco. Enquanto jogador até cheguei a jogar contra eles. Sempre que as horas nos permitem também acompanho o futebol brasileiro. Há um grande carinho da minha parte e dos adeptos, que me têm enviado mensagens e me pediram para que fosse ajudar a equipa. Eles têm um grande carinho por Portugal e acreditam no meu trabalho. Houve uma série de circunstâncias que me levaram a entrar neste grande desafio, de grande responsabilidade, porque o Brasileirão é dos campeonatos mais competitivos do mundo.
Sobre time, comentou que é preciso melhorar os números e disse que se o time estiver melhor organizado defensivamente estará mais perto de ganhar:

– Acredito no valor da equipe. Vi os últimos três jogos e levo mais outros jogos para ver. Vou conhecendo melhor a equipe. Há coisas boas e há outras que temos de melhorar. Temos de melhorar os números que temos. O número de vitórias e derrotas, golos marcados e sofridos, e também sermos das equipas mais batidas. Se a equipa se organizar mais defensivamente estamos mais perto de ganhar. Na parte ofensiva temos de melhorar a nossa chegada e criar mais oportunidades. Temos muitos jogadores com muito talento, de qualidade, que precisam de confiança. A minha ambição é ajudar o Vasco a melhorar os resultados o mais rapidamente possível. Um clube histórico como o Vasco tem de andar nos primeiros lugares. Estou muito motivado e muito confiante.

Em entrevista publicada no site Terra, Sá Pinto também comenta a rotatividade dos treinadores nos clubes brasileiros. E mostrou preocupação:

– Claro que sim (preocupa), não vou esconder. Estou sem treinar tem alguns meses, tive algumas possibilidades, sendo uma delas na Grécia (Panathinaikos). É verdade, há muita instabilidade a nível de treinadores no Brasil, e o tempo do meu contrato (até o fim do Brasileirão), foi uma opção minha, até para as pessoas perceberem a qualidade do meu trabalho e também notarem se é aquilo que querem. Existe uma opção para aumentar o vínculo, mas quero primeiro que eles me conheçam verdadeiramente bem. Todos os treinadores vivem de resultados, existe realmente esse risco (de demissão). É uma pena que exista tamanha instabilidade.

Fonte: Globo Esporte

1 comentário
  • Responder

    Mesmo não sendo um técnico de ponta, parece ser um sujeito preparado para a missão. O duro é ter de tirar leite de pedra, de jogadores como: Pikachu, Henrique, Felipe Bastos, Vinícius, Thalles, etc.
    Sei não, viu?

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