Riascos e Andrés Ríos se reinventam no ataque do Vasco

Os estrangeiros Andrés Ríos e Riascos se entenderam dentro de campo por causa do idioma e podem continuar jogando juntos.

Preparando o time para a Libertadores, Zé Ricardo percebeu que não tinha um camisa 9 de ofício para ser o artilheiro do Vasco. No elenco, os atacantes que mais se encaixavam na função de homem-gol da equipe eram os estrangeiros Andrés Rios e Riascos. O argentino começou o ano como titular, mas perdeu espaço para o colombiano. No fim das contas, nenhum dos dois respondeu às expectativas. A solução? Escalar a dupla desde o começo do jogo.

– Acho que deu certo, primeiro, por causa do idioma. Eu falo rápido e ele é o único que entende (risos). Quando ele faz diagonal, posso ficar no lugar dele. Às vezes jogo pelo lado também. Nos entendemos rápido, tento ajudar a todos os companheiros, mas com ele é mais fácil – revela Rios sobre o companheiro.

– A gente sempre treina variações. Nosso sistema de jogo muda pouco, o que muda são as características dos jogadores – comentou Zé Ricardo, antes de analisar as diferenças na forma de atuar do Vasco com Andrés Rios e Wagner.

Rios e Riascos, na visão de Zé, se complementam. O argentino sai mais da área e tem capacidade de construir jogadas com a bola no pé. O equatoriano, com mais força e velocidade, pode fazer o papel de atacante pelos lados caso o treinador precise. Enquanto um sai da área, outro entra para preencher os espaços. Assim saíram os primeiros dois gols da equipe contra o Botafogo, no Nilton Santos.

– Com o Rios no lugar de Wagner, nosso time é mais vertical. Ele busca mais a entrada na área. Deu certo e ele fez um belo gol, ficamos felizes. Isso ocorre por conta das situações de jogo e ausências – explica Zé Ricardo, que barrou o camisa 20 pela primeira vez.

Para o clássico de amanhã, novamente contra o Botafogo, pela semifinal da Taça Rio, Zé Ricardo não deve promover mudanças. Wagner está recuperado fisicamente, mas viu do banco o ataque fluir com a dupla estrangeira. Pela esquerda, sem Rildo, lesionado, Paulinho segue entre os titulares. Confira as alternativas do treinador nos campinhos a seguir:

O QUE PENSA ZÉ PARA O CLÁSSICO

​Com um ponta pela esquerda, Rios e Riascos se alternam no posicionamento. Enquanto um sai da área e constrói ataques pela direita, outro se infiltra e vir referência. Os dois gols do primeiro tempo contra o Botafogo saíram de movimentações entre o argentino e o colombiano dentro da área.

UMA ALTERNATIVA DE ZÉ RICARDO PARA O CLÁSSICO

O treinador pode tirar Riascos, deixar Rios como referência e colocar Wagner com futebol mais cadenciado para armar o jogo de vez. O time pode ter uma dupla de ataque e dois meias de criação, com o camisa 20 ao lado de Evander.

Lancenet

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