Renato Silva entra na lista dos que jogaram nos principais do Rio

Renato Silva entrou para um seleto grupo de jogadores que defenderam os quatro grandes do Rio de Janeiro.

Ao assinar com o Vasco, Renato Silva entrou para um seleto grupo de jogadores que defenderam os quatro grandes do Rio de Janeiro. Fazendo companhia ao agora cruz-maltino, estão nomes que vão desde o pouco badalado Leandro Eugênio ao craque Paulo Cézar Caju.

Nas últimas décadas, poucos foram os que vestiram profissionalmente as camisas de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. O último a fechar o ciclo foi o lateral Léo Moura. Após um início de carreira discreto no Botafogo, o atual camisa 2 da Gávea teve boas passagens por Vasco (2002) e Fluminense (2004). Porém, foi no Rubro-Negro que se destacou e conquistou títulos.

Na década de 90, até pela falta de dinheiro para maiores investimentos, as trocas entre rivais eram mais comuns. Um bom exemplo é o ex-volante Leandro Ávila. Apesar de ter defendido as quatro grandes agremiações, sempre foi bem aceito pelos torcedores. Conquistou dois tricampeonatos estaduais, com Vasco (1992/93/94) e Flamengo (1999/2000/2001), além do Campeonato Brasileiro de 1995, pelo Botafogo. Na Gávea, também foi campeão da Copa Mercosul (1999) e da Copa dos Campeões (2001). Nas Laranjeiras, no entanto, encontrou problemas. Contratado em 1997, foi rebaixado e ficou seis meses sem receber salários.

– No Fluminense, fiquei seis meses sem receber e acabei saindo para o Flamengo. Nos outros três clubes, vivi momentos bem legais. No Vasco, foi onde tudo começou. Conquistamos o tricampeonato, o que me apresentou para o mundo do futebol. No Botafogo, vencemos o Brasileiro. Uma situação inédita para mim e para o clube. O Flamengo foi um clube em que sempre quis jogar e conquistei mais um tricampeonato estadual. Acho que sou o único jogador a conquistar dois tricampeonatos por clubes diferentes – frisou Leandro, cheio de orgulho.

alvez pela entrega dentro de campo e pelo jeito discreto fora dele, Leandro sempre foi muito bem aceito por todas as torcidas e nunca enfrentou problemas pelo passado nos rivais.

– Tive desentendimentos com a diretoria, mas a torcida do Vasco sempre gostou muito de mim. Após o título brasileiro pelo Botafogo, retornei ao clube. Em 1996, em um clássico entre Vasco e Botafogo, antes da partida os vascaínos cantavam o nome de jogador por jogador. Quando chegou a minha vez, a torcida do Botafogo acompanhou. Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Foi muito legal ver as duas torcidas gritando o meu nome no Maracanã – recordou.

Leandro Ávila, porém, é um caso à parte. Não são todos os jogadores que passam impunes à constante troca entre rivais. O ex-apoiador Beto é um exemplo. Na época em que defendia o Flamengo, arrumou problemas com os vascaínos em duas decisões estaduais seguidas. Em 2000, com o titulo praticamente assegurado, Beto fez embaixadinhas no gramado, em clara provocação ao rival. No ano seguinte, após a conquista do tri, bateu boca com torcedores do Vasco. As consequências vieram em 2003, quando o meia foi para a Colina.

– O Vasco foi o único lugar em que encontrei rejeição. Antes de ser apresentado em São Januário, fui à sede de uma organizada conversar com os torcedores. Sentei e mostrei que, dentro de campo, não tinha esse negócio de Flamengo e me dedicaria ao máximo. Tive de me superar. Sabia que, se jogasse mal, já começariam as cobranças. Foi o clube pelo qual mais me dediquei por causa dessa cobrança da torcida – argumentou Beto.

Dedicação à parte, o meia reconhece, no entanto, que suas passagens por Flamengo e Botafogo foram mais marcantes.

– Nunca escondi que sou Flamengo. Foi o clube pelo qual conquistei mais títulos. No Botafogo, porém, acho que vive a minha melhor fase. Em seis meses como profissional, já era campeão brasileiro, cheguei à Seleção Brasileira e fui negociado com o Napoli.

Se vestir as camisas do quatro grandes do Rio de Janeiro já é para poucos, o que dizer de conquistar títulos por todos. Na história recente, o ex-zagueiro Válber foi quem mais chegou perto. Campeão brasileiro (1997) e da Libertadores (1998) pelo Vasco, carioca pelo Flamengo (1996) e da Série C pelo Fluminense (1999), ele bateu na trave com o Botafogo. Até hoje, lamenta o vice-campeonato brasileiro em 1992 pelo Glorioso.

– Tínhamos um grande time e fizemos uma bela campanha durante todo o campeonato. Mas, na final contra o Flamengo, as coisas não andaram bem e ainda teve aquela confusão com o Renato Gaúcho (por pagar uma aposta com o amigo Gaúcho após a derrota no primeiro jogo da final, o jogador foi afastado do Botafogo). Eram dois grandes times, mas ficou faltando esse título.

A lista poderia ser maior e ainda mais ilustre. Vários craques do futebol brasileiro defenderam três agremiações cariocas. Romário, Gérson, Edmundo, Bebeto, Renato Gaúcho, Leônidas da Silva, Petkovic, Felipe, Carlos Alberto Torres, Caio Ribeiro, Mário Sérgio, Luizão, Diego Souza, Dodô, Rodrigues Neto, Ricardo Rocha e Zé Mário são alguns exemplos de jogadores que quase fecharam o ciclo.

jogadores

 

Fonte: globo esporte

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