Renato Silva fala sobre seus “apuros” na China

Renato Silva fala sobre sua passagem no futebol chinês, e seus objetivos no Vasco.

Renato Silva retornou ao futebol brasileiro e para o Vasco da Gama depois de passar apuros no futebol chinês, e revive momento de felicidades na cidade maravilhosa.

Ele foi contratado para o Shandong por uma boa proposta finaceira, só que quando chegou na cidade de Jinan, situada a 420 quilômetros da capital Pequim, ele viu que não seria nada fácil sobreviver no local, e uma dos grandes problemas era a comida, como ele decifra.

– Os pratos são até bonitos, mas não dá. É tudo muito diferente, tudo muito exótico. O tempero é horrível.

Renato Silva falou ao globoesporte.com sobre tudo isso e suas perspectivas no clube de São Januário.

Início no futebol chinês:  Não. Longe disso. Logo quando cheguei viajamos para a Espanha e treinamos em Málaga. A cidade é maravilhosa e fica em um país maravilhoso. Depois passamos um período em Pequim. A capital é legal demais também. Você dá de cara com uma cidade toda moderna. Nessa hora eu até achei que fosse ser legal. Mas aí cheguei em Jinan e tudo mudou. Lá foi o “osso” mesmo, bem ruim…

A vida por lá: Para começar, era completamente diferente de Pequim. Em Jinan tudo é antigo. A cidade está sendo reconstruída. O lugar é nojento. As pessoas não são higiênicas, todo mundo seboso mesmo. As mulheres não depilam a axila. É tudo muito estranho. No começo, fiquei duas semanas morando em um hotel e as coisas eram mais tranquilas. Depois ficou difícil. Nossa casa era quase dentro do clube. Me sentia em uma prisão. Quando minha mulher Vanessa foi morar lá a situação melhorou. Mas depois que ela voltou por causa da gravidez eu fiquei maluco.

O que te fez voltar: Com certeza. Não queria ver meu filho nascendo naquele lugar. A Vanessa voltou e até eu resolver minha transferência para o Vasco foi complicado. Não entrei mais no fuso de lá. Treinava pela manhã, dormia a tarde inteira esperando chegar de noite para poder falar com minha família. Fiz de tudo para chegar com tempo de participar do nascimento, mas não deu. Cheguei já com cinco dias (hoje Lucas está com pouco mais de um mês). Agora quero aproveitar o tempo ao seu lado e, sinceramente, espero não ter de voltar. Meu desejo é firmar um contrato longo aqui no Vasco e voltar a morar no Rio, que é a minha cidade.

Alimentação: A comida lá é muito diferente. Nas primeiras semanas eu só comia em fast food, que tinha perto do hotel. Depois ficou difícil. Mas até isso é diferente. Lá tem porção de pata de galinha (risos). Carne vermelha, por exemplo, nunca nem arrisquei. Ficava só no frango até porque não sabia se era carne de vaca ou de cachorro. O Obina (que era seu companheiro de clube ) até encarava alguma coisa, mas eu não. Os pratos são bonitos, mas o paladar não dava. O tempero deles é forte demais. Até o arroz é difícil comer. Pizza, por exemplo, só de queijo. Não arriscava colocar nada. Fiquei até mais fraco fisicamente, porque treinava em dois períodos. As coisas só melhoraram quando as esposas chegaram e assumiram a cozinha.

Primeira comida quando voltou ao Brasil: Uma feijoada. Já estava preparada pela minha família só me esperando (risos).

Uso de maconha: Claro que não queria ter sido flagrado e julgado. Foi um sofrimento muito grande que poderia ter sido evitado. Mas ao mesmo tempo aprendi muito ali. Acabou sendo determinante na minha vida e na minha carreira. Depois deste episódio, todas as minhas passagens por outros clubes foram muito boas. Aprendi na marra a ser um profissional que nunca havia sido anteriormente. Só tirei coisas boas.

Perspectivas futuras: Estou bem fisicamente e pronto para o desafio. Espero conseguir ir bem e, como falei anteriormente, assinar um contrato longo para poder curtir a minha família.

Redação vasconoticias.com.br

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