Para Renato M. Prado, veteranos não deveriam ser estrelas de seus time
Para o comentarista do SporTV Renato Maurício Prado, a lista mostra que os jogadores jovens não estão com a mesma qualidade.
Na lista de principais reforços do futebol brasileiro neste meio de temporada, estão Seedorf no Botafogo, Forlán no Inter, Zé Roberto no Grêmio, Loco Abreu no Figueirense. Além disso, o Vasco tem Juninho Pernambucano, o Fluminense conta com Deco e o Palmeiras com Marcos Assunção. Todos acima dos 30 anos de idade. Para o comentarista do SporTV Renato Maurício Prado, a lista mostra que os jogadores jovens não estão com a mesma qualidade.
– Não vejo problema nenhum em um jogador com mais idade atuar. O que me preocupa é que os mais são as estrelas. São contratados a peso de ouro, para resolver o problema. Todos eles, sem exceção, voltaram ao Brasil após perder espaço na Europa. Isso mostra que não temos jovens com condições de brilhar. A geração de 25, 26 anos parece que se perdeu. Em vez de tentar renovar a garotada, estamos buscando os mais velhos como solução. O Deco é uma maravilha, mas tinha que ter um jovem do lado dele com a mesma categoria. Se o Deco sentir uma lesão, ficar uns cinco jogos fora, o Fluminense vai cair na tabela – disse Renato Maurício Prado, no “Redação SporTV” desta sexta.
lém de não ver jogadores jovens com a mesma qualidade de veteranos, o comentarista acredita que os poucos talentos surgidos estão sendo trocados por jogadores experientes. Segundo o jornalista, o Internacional está muito perto de vender o meia Oscar e, por isso, contratou o atacante Forlán.
– O Inter trouxe o Forlán porque está a ponto de vender o Oscar. O Forlán é ótimo, foi o melhor jogador da última Copa do Mundo, mas já está em curva descendente na carreira. Senão, continuaria na Europa. O Oscar é o contrário, tem um grande futuro. Estamos trocando os garotos pelos velhinhos.
O técnico Paulo Autuori, campeão mundial no São Paulo, em 2005, concorda. E afirma que o problema está nas categorias de base dos principais clubes brasileiros.
– Isso significa que o Brasil não está produzindo jogadores de qualidade, como sempre fez. Não temos mais jogadores nas listas de melhores do futebol europeu. Eu acho muito importante investir na base. É o futuro, não tem como fugir. (Os jogadores acima de 30 anos) são jogadores com qualidade e com caráter. Se a gente tivesse bons jovens, os mais experientes poderiam acelerar o processo de amadurecimento deles.
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