Rafael Paiva analisa vitória do Vasco contra o Atlético-GO; veja a entrevista coletiva
Rafael Paiva fez questão de destacar a volta da com a confiança dos jogadores do Vasco e bom futebol apresentado.
O Vasco derrotou o Atlético-GO por 1 a 0 e conquistou a quarta vitória seguida no Brasileirão, o que não acontecia desde 2012. Sob o comando do técnico Rafael Paiva, a equipe se impôs no Antônio Accioly e venceu mais um adversário fora de casa.
A sequência de vitórias foi mais um tabu quebrado por Rafael Paiva no comando do Vasco, que na última rodada acabou com a escrita de 14 anos sem vencer o Corinthians. Marcas que não “iludem” o treinador interino.
– Acho que para a gente é o menos importante agora. Muito satisfeito por como a equipe está rendendo, o que está jogando, o que está evoluindo, o que está tentando deixar dentro de campo, e para mim isso é mais importante. Os tabus são legais para a gente conversar e debater, mas o determinante é a forma como a equipe está jogando, como respondeu, é um jogo difícil e a gente conseguiu evoluir, acho que o caminho é esse, estou muito satisfeito pelo que a gente entregou no jogo e extremamente feliz pela vitória – disse ele.
Com as vitórias e o bom momento do time, a ansiedade do torcedor é pela estreia dos reforços que chegaram na segunda janela. Mais especificamente pela estreia de Philippe Coutinho, que não foi relacionado para enfrentar o Atlético-GO. Paiva pediu calma aos vascaínos.
– A gente está tentando condicionar os jogadores que chegaram para estarem no nível do grupo. Estão trabalhando forte e temos que ver no dia a dia. Sei que está perto do jogo do Atlético-MG, mas a gente tem dois treinos para decidir. A gente não quer antecipar para não deixar a expectativa alta. Importante é tentar deixar o time organizado coletivamente. Quando acharmos que estão aptos, vão entrar. Não podemos deixar de falar dos jogadores que atuaram esses jogos, corresponderam, evoluíram muito. É uma briga sadia, naturalmente as coisas vão acontecer – explicou o técnico.
Rafael Paiva também comentou o momento de resgate de confiança dos jogadores. Nesta quarta, ele voltou a utilizar Galdames, que tinha perdido espaço no Vasco. O volante entrou no segundo tempo. Na partida passada, o técnico optou por Praxedes no time titular, escolha que ele manteve em Goiânia.
– O Galdames é um jogador que tem uma batida muito boa de fora da área. A gente tinha mapeado que o Atlético defende bem na área e a gente precisava de um finalizador. A gente buscou alguém que finalizasse de média distância. A gente não conseguiu porque o Atlético saiu mais e não conseguimos colocá-lo em condições para finalizar. É um jogador talentoso e temos que resgatar todo mundo. O Praxedes é um jogador que estava sendo contestado e mostrou qualidade. Mateus Cocão, Maicon, Léo. A gente sabe o potencial que eles têm. Confiamos neles, não pararam de trabalhar e temos que oportunizar para mostrarem. O Galdames vai evoluir muito. Tem muito potencial – defendeu Paiva.
O próximo jogo do Vasco é no domingo, às 16h, contra o Atlético-MG, na Arena MRV. O time volta ainda nesta quarta para o Rio de Janeiro e viajará para Belo Horizonte no sábado.
Veja outras declarações de Paiva
Análise do jogo
– A gente sabia que seria um jogo difícil. O início foi difícil, tínhamos clareza que não poderíamos tomar um gol no início. Demoramos para sair da defesa com a bola mais limpa. Tentamos mapear tudo para passar para os jogadores e deixar claro as dificuldades que o Atlético ia impor. Mas fizemos um bom jogo. Sabíamos que precisaríamos machucar. Conseguimos a vitória. Mas o Atlético é uma equipe qualificada.
Reforços chegam em bom momento
– O mais importante era resgatar a confiança dos nossos jogadores. Sempre achei o grupo qualificado, com jogadores talentosos, com história no futebol brasileiro. A gente sabia o que tinha em casa. Conseguimos fazer a confiança voltar, jogar futebol em alto nível. A gente está no caminho, tem que melhorar muita coisa. Coutinho, Payet, Alex, Emerson e Souza são jogadores que vão pegar um ambiente melhor. São qualificados, experientes, vão agregar muito e vamos tentar não perder o equilíbrio da nossa equipe. É um caminho que temos que percorrer para continuar pontuando. Vamos evoluir independentemente de quem joga.
Pressão do Atlético-GO
– Quando está perdendo, a equipe se atira mais ao ataque. Falta controlar mais a posse de bola. Tentar buscar o segundo gol com o controle do jogo. O adversário, que está perdendo, se lança mais. . É natural o adversário sair mais. É natural do jogo. O que dá para evoluir é no controle de bola, buscar o segundo gol sofrendo um pouco menos, mas é natural.
Clima
– É um campeonato dificílimo. Tem muita equipe qualificada e a gente precisa pontuar em todos os jogos. Essa arrancada tranquiliza a semana, mas a gente quer mais, precisa evoluir mais. Os jogadores que chegaram vão qualificar o grupo. Vamos buscar a vitória. Pode ter algum jogo em que as coisas não darão certo. Importante é evoluir como equipe. Estamos no caminho.
Apoio da torcida
– Torcida fantástica. Quando chegamos no hotel tinham muito torcedores lá. A festa no estádio também. Isso contribui muito para deixar o ambiente melhor, os jogadores ficam confortáveis para tomar as decisões. A torcida foi demais, nos empurrando o tempo todo para buscarmos a vitória. O Atlético é um time qualificado, o Vagner Mancini chegou agora. É uma equipe que vai tirar ponto de muita gente. Principalmente em casa.
Evolução da defesa
– Quando a gente chegou, falamos que o equilíbrio defensivo era fundamental para as vitórias. Passamos a ter mais controle do jogo com a bola. Defender bem passa por isso. É uma das coisas que fizeram a gente evoluir. Eles estão se dedicando muito para defender, a gente está tentando encurralar o adversário no campo deles. Entendemos que bem defensivamente vamos conseguir resultados melhores.
Adson
– Adson tem evoluído demais, tem consistência grande. Defende muito bem, protege o corredor e tem conseguido desequilibrar ofensivamente. Cria muito, finaliza em gol. Teve um pequeno desconforto. A gente teve dúvida se traria, mas ele não quis ficar de fora. Ele jogou 70 minutos em intensidade, está muito bem condicionado fisicamente, o trabalho da fisiologia e preparação física é fundamental. Ele está em evolução grande e não quer sair mais.
Postura em campo
– Me deixava entristecido quando a gente só defendia. Sabia que a gente tinha mais potencial. Hoje a gente teve um volume maior, pelo corredor e centro. É algo que o Vasco sempre fez, com os jogadores que teve. Estamos tentando resgatar. Estamos evoluindo. Vamos buscar os três pontos com um futebol mais vistoso.
Assista à entrevista
Fonte: Globo Esporte