Rafael Paiva analisa triunfo do Vasco contra o Vitória; veja a entrevista coletiva
O técnico Rafael Paiva analisou o desempenho do Vasco da Gama diante do Vitória e destacou o amadurecido da equipe.
Três vitórias consecutivas, oito jogos de invencibilidade, vantagem no confronto das quartas de final da Copa do Brasil e mais próximo do pelotão de cima na tabela do Brasileirão. O Vasco vive ótimo momento na temporada e deu sequência aos bons resultados neste domingo, com vitória por 1 a 0 sobre o Vitória no Barradão, em jogo válido pela 25ª rodada.
Para o técnico Rafael Paiva, a equipe está “conquistando coisas grandes”. Ele viu evolução no time neste domingo, em especial no modo tranquilo como os jogadores seguraram o resultado na reta final.
– A equipe tem amadurecido em todos os sentidos. Esse também é um aspecto que temos evoluído (não sofrer no fim), pelos gols que sofremos em alguns jogos. E tudo isso faz a gente evoluir. Esse também era um. Lógico que queríamos buscar o próximo gol para estar cada vez mais próximo da vitória, mas saber sofrer no final sem tomar gol tem sido fundamental. A gente vê em vários jogos a quantidade de gols no final do jogo e estamos mais maduros nesses aspecto também. Não pode ser o principal, mas faz parte do jogo, e temos controlado melhor esse final de jogo – disse.
– A parte das contratações não é comigo, é com o Marcelo, o Pedrinho, Felipe. Eu tenho é que potencializar o que eu tenho em mãos – prosseguiu o treinador, quando perguntado sobre reforços.
– Sempre falei que é um grupo extremamente bom para trabalhar, profissional, que temos um casamento bom com os jovens atletas e da base. E vamos tentar buscar o máximo, é um grupo que vai lutar a todo instante e nunca vai dar desculpa do resultado e do jogo. Acreditamos muito no que a gente tem, e temos que acreditar porque eles têm dado resposta. Temos que dar o voto de confiança porque estamos conquistando coisas grandes. Estamos no oitavo jogo sem perder e nos últimos seis jogos são cinco vitórias. Então temos que dar os parabéns ao grupo e vamos tentar melhorar sempre com o que temos na mão – concluiu.
Por fim, Paiva respondeu sobre a decisão de começar com Payet no banco de reservas. Neste domingo, o meio de campo foi formado por Sforza, Hugo Moura e Rayan.
– Ele é extremamente importante para a gente. Vinha de uma sequência em que começou os jogos e foi até quase o final de vários jogos seguidos. E não podemos correr nenhum risco de perder o Payet porque ele é um jogador que faz muita diferença técnica. Hoje tomamos a decisão de poupá-lo no início do jogo, mas a gente sabe que, quando ele entra, o nosso nível técnico melhora e é uma pena aquele gol não ter entrado porque demonstra a qualidade e facilidade que ele tem de fazer as coisas – disse o comandante.
“Ele tem jogado, estado e treinado mais feliz e isso é importante pra gente porque ele faz mutia diferença”, finalizou.
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Estruturar o time em campo em meio à crise política/econômica
– Isso demonstra o quanto esse grupo é extremamente profissional porque em nenhum momento oscilou nesse sentido, de deixar o externo atrapalhar o nosso dia a dia e capacidade de treinar em alto nível, e ser competitivo. Isso é mais uma forma de demonstrar o grupo que temos. A gente sabe que é muito difícil não estar a par de tudo que está acontecendo, mas conseguimos em todos os momentos. E acho que estamos em uma tranquilidade muito maior em relação ao que está acontecendo no externo e muito pelo que estamos fazendo dentro de campo. Sabemos que a resposta, no final das contas, é dentro de campo. Ali vai ser o termômetro de tudo e estamos conseguindo dar essa resposta. Temos certeza que o Pedrinho está resolvendo da melhor forma possível todos os problemas externos.
Estratégia inicial com linha de três ofensiva
– A gente tentou ter mais jogadores no entrelinhas. Sabíamos que o Vitória ia nos pressionar e a gente queria, ao mesmo tempo de ter profundida e empurrar a linha de quatro do Vitória para trás, a gente gostaria de jogar no entrelinhas. Só que o Vitória encaixou muito bem a marcação, transitou muito forte, e acho que essa foi a maior dificuldade que tivemos no primeiro tempo. Muito forte na transição, jogadores potentes pelos lados e tivemos que correr muito para trás. Não conseguimos ter o controle do jogo que gostaríamos. Estamos tentando buscar todas as estratégias para quando for preciso. O campeonato está afunilando, a Copa do Brasil também, e precisamos ter estratégias para mudar o jogo. Temos conseguido sair atrás e mudar dentro do jogo para buscar as vitórias, e estamos tentando evoluir e extrair o máximo dos jogadores.
Jogo contra o Athletico
– Primeiro temos que desfrutar um pouquinho dessa vitória, desse momento que o Vasco está vivendo, e de novo terminar uma rodada no G8. É muito difícil chegar e pesado no dia a dia chegar no lugar que estamos chegando. Vamos ter um tempo importante para trabalhar para esse jogo que está aberto, e é dificílimo jogar lá na Arena, contra o Athletico. Sabemos que vamos ter que defender muito bem, mas não podemos abrir mão de jogar. Já falamos sobre isso e vamos ter que competir muito porque estamos próximos de chegar em uma semifinal, que faz tempo que não chegamos. Vamos ter que lutar muito, brigar e jogar para passar pelo Athletico lá.
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Fonte: Globo Esporte