Rafael Paiva analisa empate do Vasco contra o Juventude; veja a entrevista coletiva

O técnico Rafael Paiva afirmou que o jogo do Vasco da Gama não encaixou e lamentou o resultado contra o Juventude.

Rafael Paiva durante jogo em São Januário
Rafael Paiva durante jogo em São Januário (Foto: Alexandre Durão)

Sob vaias, o Vasco ficou no empate em 1 a 1 com o Juventude, neste sábado, em São Januário, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Rafael Paiva lamentou o resultado e admitiu que o jogo cruz-maltino “não encaixou”. Também citou o gol cedo marcado pelos gaúchos, logo aos dois minutos do primeiro tempo, como um ponto que prejudicou o desempenho da equipe.

— Hoje o jogo não encaixou. A gente tinha clareza que esse jogo a gente tinha que ganhar. Tínhamos que fazer os três pontos. Não dá para colocar o peso no terceiro jogo em uma semana, a gente sabia disso. Tentamos mesclar alguns jogadores para não perder o equilíbrio. Mas a gente tomou o gol muito cedo. Faz tempo que a gente não tomava o gol tão cedo. Você fica o tempo todo tendo que transitar. Não tivemos tranquilidade para jogar e acabou sendo um jogo de transição. Foi um jogo que a gente não conseguiu encaixar hoje.

O Vasco se mantém na nona posição, com 37 pontos em 28 jogos, e volta a campo no dia 16 de outubro, após a data Fifa, contra o São Paulo, no Brinco de Ouro, em Campinas. O jogo será às 21h45. Rafael Paiva falou sobre qual é o objetivo do cruz-maltino no Campeonato Brasileiro após mais um empate.

— É um campeonato muito cruel. Quando você não pontua, já começa a incomodar de novo. Mas é cruel para todo mundo. É um campeonato pesadíssimo e temos clareza que precisamos pontuar o mais rápido possível para não ficar lá para baixo. Sabemos que tiveram times que deram uma destacada da gente agora. Tem que pontuar. Para fugir logo de onde tem que fugir e pensar para cima.

Confira outras respostas de Rafael Paiva

Estratégia: “Hoje tentamos a entrada de mais jogadores por dentro, para controlarmos a posse de bola. Hoje não controlamos o jogo como queríamos. A entrada do Maxi se deu por isso. Payet, Maxi, Hugo, Sforza… mas tivemos dificuldade para transitar para frente. O gol cedo tirou nossa tranquilidade para construir. Não tivemos o controle que gostaríamos”.

Paulinho e Jair voltam quando? “Jair já está mais adiantado, mas vem de muito tempo parado, vamos ver na data Fifa como vai ser a questão do ritmo. Paulinho ainda não volta tão já, está em transição, mas o Jair é um jogador que pode aparecer a qualquer momento na relação”.

Coutinho e Payet: “Nós sempre falamos sobre isso. Eles são muito acima da média, mas não conseguimos um cenário tranquilo para colocar os dois juntos. A gente não consegue um cenário tranquilo para colocar os dois juntos. No Vasco não temos tranquilidade há muito tempo nesse sentido. Nenhuma equipe tem também. Os dois vão jogar a qualquer momento (juntos). Se o jogo estivesse mais ao nosso favor hoje, poderíamos ter feito isso, mas o jogo se tornou muito de transições, passando pouco por dentro, então não vale a pena ter os dois. Tendo esse cenário de jogadas pelas laterais. Defensivamente, para transitar, também”.

Souza: “Ele perdeu o timing ali, teve excesso de vontade. Eu não revi o lance, mas ele já disse que acha que foi, foi mais forte do que deveria, mas faz parte de um jogo tenso como esse. Temos que saber que isso pode acontecer. Ele é experiente e vai dar a volta por cima rápido”

Sequência de resultados do Vasco: “Tivemos um setembro fora de casa. Não jogávamos aqui desde agosto. Isso é muito difícil. Foram jogos pesados fora, contra Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-MG. Conseguimos competir com todos, mas não conseguimos os três pontos, que eram fundamentais. Com essa pausa, pelo menos, vamos ter todos 100%. Essa fase final de Copa do Brasil e Brasileiro vai ser difícil para todo mundo. Todos têm que provar algo. Temos que pontuar para brigar lá em cima. Não estamos ali embaixo, mas vemos as equipes da parte inferior pontuando. Precisamos melhorar para seguir pontuando”

Maicon: “Maicon é um jogador que domina mais a área. Tem uma liderança muito grande. Ficar com linha alta com o Maicon é mais difícil, sabemos disso. Mas ele tem muita inteligência, corta caminhos, estamos tentando. Tivemos outras oportunidades que não conseguimos fazer o gol quando roubamos a bola na frente”.

Lesões: “Sofremos com as perdas de Adson e David, a equipe tinha encaixado com eles, agora estamos atrás do melhor encaixe sem eles. Temos que fazer isso em meio a jogos importantes, estamos tentando a melhor forma e brigando para o nosso melhor jogo. Queremos encontrar logo as melhores conexões dentro de campo. Não vamos descansar enquanto não encontrarmos”.

Próxima estratégia: “Teremos que estudar. Um jogo vai ser próximo do outro, mas é difícil colocar prioridades. Precisamos pontuar no Brasileirão também. Vamos pensar com carinho na estratégia. Temos que ganhar os dois jogos. Cada jogo vai dizer muita coisa pra nós. Temos com clareza que temos que ganhar os dois jogos”.

Risco de perder o Coutinho: “Não podíamos correr risco nenhum de perder o Coutinho. A minutagem dele tinha que ser muito baixa. Ele teve que entrar até antes do que gostaríamos. A gente sabia que poderíamos, no início do jogo, sofrer antes da hora de pesar o time. São opções que temos que tomar. Nenhuma delas é garantia. Tomamos um gol muito cedo, que já cai muitas coisas do que faríamos na partida. Estamos demonstrando que contamos com todos no elenco. Precisávamos dar uma oportunidade para o Maxi…”.

Melhor forma de jogar: “A característica dele muda a nossa equipe de jogar. Queríamos ter o controle do jogo. Mas nem sempre, também, o adversário contribui com isso. Eles buscam as alternativas deles, e isso faz parte do jogo. A maioria dos times oscila muito. Temos um plantel que buscamos o que temos. Tentar desenvolver os meninos da base. Temos que ter um processo com o time do Vasco. É o time que mais coloca jovens para jogar. Esse é um dado considerável. Queremos atropelar todo mundo, ganhar os jogos, mas é difícil. Alguns torcedores sabem que poderíamos estar sofrendo lá embaixo. Mas não estamos. Queríamos ter mais jogadores do nível do Coutinho, do Payet, mas não temos. Estamos buscando a melhor maneira de usar o time. Mas é difícil, estamos tentando buscar”.

Maxime: “É um jogador que flutua para dentro, ele começa aberto, mas vem para dentro. Tem uma boa relação com a bola, controla bem. O que ele tem sofrido é com a intensidade do jogo no Brasil. Na Europa se tem um jogo mais posicional, que dá para pensar um pouco mais. Aqui no Brasil estão marcando alto e individual. De novo, ele está se adaptando. A gente precisa dar esse volume de jogo para entender o que ele pode entregar para a gente. Ele buscou a bola, tentou construir”.

Divisão em duas competições: “A gente está brigando muito. As vezes brigamos mais do que controlamos o jogo. Mas a gente tem total consciência de que a gente não pode ficar perdendo pontos. Temos que ganhar para não depender das últimas rodadas. A gente tem total consciência de tudo que está acontecendo. É difícil para nós estar em duas competições. Algumas estão em uma competição só. Esforço aqui não vai voltar”.

Fonte: Globo Esporte

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