Rafael Paiva analisa derrota do Vasco contra o São Paulo; veja entrevista coletiva

O técnico Rafael Paiva analisou o desempenho do Vasco da Gama diante do São Paulo e lamentou a derrota.

Rafael Paiva e jogo contra o São Paulo
Rafael Paiva e jogo contra o São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)

Rafael Paiva acredita que o gol cedo sofrido pelo Vasco nesta quarta-feira, no Brinco de Ouro, foi determinante para a derrota por 3 a 0 para o São Paulo, em jogo válido pela 30ª rodada do Brasileirão. O treinador lamentou o fato de a estratégia traçada para a partida não ter funcionado.

Em Campinas, Paiva escalou o Vasco com Payet e Philippe Coutinho titulares pela primeira vez. Ele explicou na coletiva que o objetivo era ter mais posse de bola.

– Um jogo que hoje não encaixou de novo. Tentamos colocar Coutinho e Payet para ter um pouco mais de posse de bola, ter o controle do jogo em alguns momentos. Sofremos, em dois jogos, algo que tínhamos conseguido estabilizar: tomar gol cedo. De novo tomamos um gol cedo, que te prejudica muito na estratégia de tentar ficar mais com a bola. O time do São Paulo é muito rápido na transição. Tivemos uma chance muito clara de empatar o jogo, mas não conseguimos – disse.

– Voltamos com uma estratégia diferente para o segundo tempo, mas aí tomamos o gol com um minuto. Tivemos que sair para tentar buscar, ainda tentar buscar fazer um gol para entrar na partida. Mas aí na bola parada tomamos o terceiro gol, que escapou completamente de algo que a gente pudesse fazer para reverter – completou.

No sábado, o Vasco faz o jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, que enfrentou o Fortaleza nesta quarta-feira com o time reserva. Paiva explicou os motivos que o fizeram mandar os titulares contra o São Paulo.

– A respeito da estratégia (contra o Atlético-MG), a gente tem que competir muito. Não posso falar aqui o que vou fazer antes, até para não dar nenhuma arma para o Atlético-MG. Mas a gente sabe que vai ter que competir muito. O Atlético-MG é uma equipe muito qualificada, já tem uma vantagem. Para corrermos atrás, temos que estar muito estruturados, organizados e competir muito – disse.

– A respeito do que o Atlético-MG fez (de poupar titulares), é estratégia deles. A gente sabe que precisa pontuar rápido no Brasileiro, então precisávamos tentar buscar aqui um resultado melhor, porque não conseguimos nos últimos jogos, pra buscarmos uma pontuação que a gente consiga jogar mais tranquilo para frente, que não sofra como o Vasco sofreu nos últimos anos. Por isso optamos. Tínhamos uma semana parada. Não tenho dúvida que isso não vai atrapalhar o jogo contra o Atlético-MG, estaremos 100% para buscar essa vitória – concluiu.

Com o resultado no Brinco de Ouro, o Vasco chega a sete jogos consecutivos sem vitórias na temporada – cinco deles pelo Campeonato Brasileiro. O último triunfo dos comandados de Rafael Paiva foi em 1º de setembro, contra o Vitória, em Salvador.

Com treino aberto previsto para esta sexta-feira, em São Januário, o Vasco agora vira a chave para o jogo decisivo na semifinal da Copa do Brasil. Após perder por 2 a 1 para o Atlético-MG na ida, o clube carioca precisa vencer por um gol de diferença para forçar a disputa de pênaltis; um triunfo por dois ou mais gols garante a vaga na final ao Vasco de forma direta.

Leia mais sobre a coletiva de Rafael Paiva

Decisão contra o Atlético-MG no sábado

– A respeito de sábado, é o jogo mais importante nos últimos 11 anos. Temos total clareza do que temos que fazer: ganhar o jogo, tentar buscar a final. É importantíssimo pra história do Vasco, pra nossa equipe. É uma guerra. Não tem muito o que fazer de treino, temos duas sessões, vamos chegar (no Rio de Janeiro) amanhã à tarde. Mas temos total clareza de como temos que disputar o jogo. Sendo o jogo mais importante do ano, a gente tem que se doar completamente para buscar essa final.

– Temos que competir muito, não é diferente disso, tentar buscar a vitória. Não tem outro resultado para nós do que pelo menos um gol de vantagem, para levarmos para os pênaltis. Temos que encarar que é a nossa final, como temos encarado alguns jogos. Mas de fato esse é o mais importante dos últimos 11 anos. Temos que dar o peso, deixar tudo dentro de campo, ser um time muito aguerrido. É isso. Só nós temos que fazer as coisas acontecerem lá dentro de campo para conseguirmos sair dessa situação que tanto nos incomoda.

O que te preocupa mais na seca de sete jogos sem vencer: o sistema ofensivo ou defensivo?

– Acho que os dois. Temos que estar equilibrados, eu falava muito isso no começo. Acho que conseguimos reduzir o número de gols que tomamos. Desde que cheguei, nosso saldo ainda é positivo, fizemos mais do que tomamos. Realmente nos incomoda, o nível dos jogos é sempre muito alto na Série A. Todos os jogos são muito difíceis, na Copa do Brasil também. Temos que buscar esse equilíbrio, de defender bem e fazer os gols, sabendo que os jogos são difíceis. Tivemos um setembro difícil, jogando muito fora (de casa), mas nada disso serve como desculpa. Precisamos logo mudar a nossa chave, organizar melhor a defesa que tínhamos melhorado. Em nenhum jogo tínhamos tomado três gols, à exceção do jogo contra o Fortaleza, salvo engano, em que empatamos por 3 a 3. Hoje saiu do nosso controle, mas precisamos voltar logo a controlar e ter equilíbrio para buscarmos os pontos no Brasileiro, que vão ser importantes, e principalmente buscar essa final da Copa do Brasil.

Lacunas no elenco

– Estamos buscando de novo nossa forma de jogar. Quando estávamos com Adson e David, principalmente, tínhamos encontrado. Estava natural o nosso jogo. O Estrella, quando veio logo no início, também nos deu um pouquinho de força com um 10 que conseguia atacar mais o espaço. Perdemos jogadores importantes. Estamos em busca da forma de jogar melhor novamente. Variou muito, tentamos muita coisa, mudamos sistemas e jogadores. Estamos em busca dessa melhor forma de jogar. Independente de quem entre (contra o Atlético-MG), a gente tem que voltar a competir. Foi algo que fizemos quando chegamos também. Não conseguíamos fazer o futebol mais vistoso, mas saíamos com o resultado. É isso que temos que resgatar. Talvez a gente não esteja conseguindo jogar, controlar o jogo da forma que gostaria, mas a gente precisa agora buscar o resultado.

Recado para torcida

– Que continue acreditando na gente. Vamos dar a volta por cima, lutar muito para sábado fazer um grande jogo. A gente precisa dar essa resposta para a torcida. Não vai faltar luta, batalha, vontade, determinação. É muito importante pro Vasco chegar nessa final, e o Vasco é muito grande para estar há tanto tempo sem chegar na final de uma competição brasileira.

Comunicação com Vegetti no vestiário

– Com os sul-americanos, é muito tranquilo, fácil de entender. Estamos juntos há muito tempo. Em questão da língua, é muito tranquilo. A gente já conhece como eles são. Estamos muito irritados com tudo que está acontecendo, Veggeti talvez seja o mais irritado, porque é extremamente competitivo, uma competitividade acima da média. O futebol é tão maluco que, em dois dias, a gente pode dar a resposta e chegar numa final de Copa do Brasil. É agarrar essa oportunidade que temos. Quanto ao nosso vestiário, é muito tranquilo no sentido de comunicação, é muito fácil. O que está irritando realmente é o resultado que não está vindo.

Fonte: Globo Esporte

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