Rafael Paiva analisa atuação do Vasco após eliminação na Copa do Brasil; veja a entrevista

O técnico Rafael Paiva destacou a postura dos jogadores do Vasco da Gama diante do Atlético-MG e lamentou a eliminação.

Rafael Paiva em entrevista coletiva
Rafael Paiva em entrevista coletiva (Foto: Tébaro Schmidt/ge)

O Vasco foi eliminado na Copa do Brasil após empate em 1 a 1 com o Atlético-MG em São Januário, com um 3 a 2 no agregado. O treinador Rafael Paiva destacou a postura da equipe na partida e elogiou o trabalho dos jogadores.

– A gente fez um grande jogo. Criou muitas situações de gol, conseguiu neutralizar o Atlético que é muito difícil. Fica muito frustrado porque conseguimos colocar em prática tudo que a gente acredita e a bola não entrou. A gente sai com sentimento de frustração. No mínimo pênaltis a gente merecia. Orgulho pela equipe e pelo quanto a gente honrou a camisa do Vasco nesse jogo.

Autor do gol que abriu o placar, o centroavante Vegetti protagonizou uma cena forte após a partida. Caiu no gramado, chorou copiosamente e deixou o campo amparado por membros do staff vascaíno rumo ao vestiário sem dar entrevista.

O argentino é hoje a grande referência do time e se isolou ainda mais como artilheiro da Copa do Brasil de 2024. São sete marcados, três a mais que o segundo colocado que é Emiliano Rodríguez, do Atlético-GO.

Vegetti é um jogador que sente demais esse tipo de jogo. Ele estava muito esperançoso de chegar na final. De deixar um grande título para o Vasco. É um jogador que coloca a camisa do Vasco em tudo que faz. É um cara que sente demais e fica triste como todos os jogadores – destacou Paiva.

Fora da Copa do Brasil, o Vasco agora tem foco total no Campeonato Brasileiro, em que ocupa a 10ª colocação com 37 pontos somados. O time volta a campo na próxima quinta-feira (24), às 19h, contra o Cuiabá, em São Januário.

Leia mais respostas do treinador

Saídas de Hugo Moura e Matheus Cocão

– O Atlético começou a ganhar muito campo, a ter volume no nosso campo. Sabíamos que não conseguiríamos manter a intensidade do primeiro tempo. Nos desgastamos demais com muitos encaixes individuais para neutralizar o time deles, que é a equipe com melhor posse de bola do Brasileiro.

– Perdemos o Emerson um pouco antes do que gostaríamos e tivemos que começar as trocas. O Hugo e o Matheus a gente sabia que não iriam sustentar até o final. Então colocamos um pouco mais de energia para empurrar o Atlético para trás, saltar mais pressão e continuar marcando individual.

– O Hugo pegou o Paulinho o tempo todo, e ele se desloca muito em campo. É desgastante. A ideia era manter a energia. São escolhas que a gente tem que ter. O que tínhamos clareza é que não iria sustentar o mesmo time durante o jogo todo. A gente tinha que oxigenar a equipe, essa foi a ideia.

Rossi e Rayan

– Parâmetro que temos de cobrar é o que a gente mostrou hoje. Todos jogos são finais no Brasileiro. Perdemos pontos que não poderíamos. Precisamos tratar como tratamos contra o Atlético, transpirar e correr muito. Esse jogo é referência do que precisamos fazer no Brasileiro.

– Trocas, o Rayan a gente queria porque joga nos dois lados. Jogador potente, teríamos transição, jogador mais alto, Rossi é jogador de lado que melhor cruza. Precisava colocar bola na área. Precisava de quem chegasse pelo lado e cruzasse com a perna boa, e ter um meio com Coutinho e Payet.

Clima

– Muito abatido hoje, amanhã, segunda. Vamos sentir muito. Produzimos para ganhar e levar no mínimo aos pênaltis. Criamos para isso. Frustrante tomar gol no final do jogo. Mas orgulho do que produziu e pode produzir. Buscar pontuação agora de 45 pontos, esse sentimento ruim tem que passar logo. Vasco é muito grande e temos de contribuir para isso.

– Demonstrou que poderíamos ter ganho do Atlético. Equipe de recurso, excelente. Podemos jogar de igual para igual com qualquer equipe. Temos capacidade e temos de ter essa mentalidade. Poderíamos ter ido à final. Tivemos chances para ganhar por mais de um gol.

A defesa

– Neutralizamos um ataque com Paulinho, Scarpa, Vargas depois…neutralizamos eles. Uma bola que Hulk virou e botou no ângulo, isso a gente não controla. Defensivamente foi um jogo sólido. Contra o São Paulo oscilamos para baixo, mas hoje fomos fortes, coesos . É levar isso para os próximos jogos, essa organização defensiva.

Hulk

– Hulk é referência, bonito de ver jogar ao vivo. Talento, recurso, sofremos com ele no primeiro jogo. Tem capacidade de ler o jogo, nos trouxe trabalho. Hoje neutralizamos boa parte do jogo. Mas se der dois segundos, ele arma alguma coisa. Jogador com capacidade para estar na Seleção. Faz gol, parede, escora, um líder.

Faltou reforços?

– Tenho que me preocupar com quem tenho no elenco. Acredito no treino, na base, meu papel é desenvolver os que tenho. Orgulhoso do jogo de hoje. Acredito demais no grupo. Precisamos dar resposta no Brasileiro e acredito muito.

Devia ter poupado contra o São Paulo?

– Estava mais preocupado antes do jogo, mas fizemos grande jogo. Fisicamente sustentou bem. Desgaste é pela estratégia de marcar individual, neutralizar o Atlético. Tiramos a bola deles. Não mudaria a estratégia.

Fonte: Globo Esporte

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