Promotora afirma “a intenção não é perseguir o Vasco”
Segundo a promotora Clisânger Gonçalves Luzes, a ideia é que a ação contra o Vasco sirva de exemplo para os demais clubes se adequarem nos termos exigidos pelo MP.
Após um ano e meio de investigações, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) conseguiu que o Vasco fosse indiciado pelo Tribunal de Justiça (TJ) pelas inadequações nas instalações das categorias de base. A juíza Ivone Ferreira Caetano, titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, analisou o processo e aceitou o pedido do MP para que o time cumpra dez exigências para melhorar as condições de trabalho dos jogadores. O clube terá cinco dias para se adequar. A partir do sexto dia terá que pagar multa diária que varia entre R$ 10 mil e 20 mil.
Entre os pedidos de adequações são exigidos exames médicos em todos os atletas da base e de peneiras (testes dos jogadores); interdição do refeitório em São Januário; troca do ônibus que transporta os jogadores, e o principal: interdição do CT de Itaguaí. A decisão de pedir uma liminar veio após a morte do garoto Wendel Venâncio da Silva, de 14 anos, que morreu durante uma peneira no dia 9 de fevereiro de 2012.
Segundo a promotora Clisânger Gonçalves Luzes, a ideia é que a ação contra o Vasco sirva de exemplo para os demais clubes se adequarem nos termos exigidos pelo MP.
– A intenção não é perseguir o Vasco. É mudar a pedagogia imposta. Infelizmente, depois de várias negociações com o clube, eles não tiveram a consciência da necessidade de mudar o que foi pedido. A morte do garoto Wendel foi uma ilustração da inadequação que já ocorre no clube há alguns anos – disse.
A partir de agora, o MP vai atuar de forma mais intensa em relação aos demais times do Rio, principalmente no Flamengo, Fluminense e Botafogo.
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