Promotor critica projeto de lei que extingue punições para organizadas no RJ

Para o promotor Rodrigo Terra, a aprovação da medida, que tramita no legislativo do Rio de Janeiro, seria catastrófica.

Estádio do Maracanã
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

Tramita na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) Projeto de Lei (PL) que prevê a extinção de punições para torcidas organizadas impedidas de entrar nos estádios do Estado com seus uniformes, faixas e demais acessórios. Para o promotor Rodrigo Terra a medida seria desastrosa.

“Não é difícil prever a calamidade que resultaria da repentina extinção das penalidades aplicadas a organizadas pela prática de crimes bárbaros e motivados futilmente. Estamos vivendo uma época em que é preciso valorizar o cumprimento da lei mais que nunca, único meio de dar sentido à existência da coletividade. A segurança da competição é direito fundamental do torcedor e não deveria constar de nenhuma negociação”, afirmou Terra à coluna.

O representante do Ministério Público do Rio de Janeiro integra a Promotoria do Consumidor e atua no combate à violência nos estádios.

Atualmente, torcidas organizadas de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco estão proibidas de entrar nos estádios. Há até homicídio entre os motivos para punição. Também existem uniformizadas de fora do Rio barradas. É o caso da corintiana Gaviões da Fiel.

Os autores do PL, que altera a Lei Estadual 6615 de dezembro de 2013,
são os deputados Carlos Minc (PSB), Zeidan (PT) e Luiz Paulo (PSD).

“Hoje em dia, quando dois torcedores cometem uma agressão muito forte, toda a torcida acaba sendo punida. Então, a ideia do projeto é centrar a punição na pessoa física e não na pessoa jurídica. No fundo, atualmente você acaba punindo pessoas que não tinham nada a ver com a violência”, disse Minc ao site da Alerj.

O Projeto de Lei que prevê a anistia para as torcidas foi discutido no plenário da Alerj nesta terça (13). Foram apresentadas pelo menos 21 emendas. Os deputados têm até a próxima quinta (15) para apresentarem mais emendas. A votação final está prevista para o próximo dia 22. No dia 19 haverá uma audiência pública sobre o tema na Comissão de Cultura da Alerj. As informações são da página da Assembleia Legislativa do Rio .

A extinção das punições está detalhada no artigo 6 – A do projeto. Diz ele: “A partir da publicação da presente Lei ficam extintas todas as punições às torcidas organizadas, por atos praticados até o momento, ficando permitido o retorno destas aos eventos esportivos”.

A anistia não vale para

“pessoas físicas que possuam decisão judicial a seu desfavor punidas por atos ilícitos.”

O artigo 1° define assim a intenção da lei alterada, caso o projeto seja aprovado:

“Esta Lei tem por objetivo regulamentar o ingresso das torcidas organizadas e coibir a violência nos eventos esportivos do Estado do Rio de Janeiro, estabelecendo garantias e compromissos para essas associações no que tange às ações públicas referentes aos eventos esportivos; bem como, criar instâncias com participação da sociedade civil a serem encarregadas da mediação, fiscalização e elaboração de políticas para a efetivação desta Lei.”

O projeto também determina que “na ocorrência de atos violentos nos eventos esportivos ou fora deles, com a comprovada participação de torcidas, as mesmas poderão ser proibidas de adentrar nos eventos subsequentes com os seus apetrechos, após, o processo judicial em que seja assegurado o devido processo legal.” A proibição pode valer por no máximo cinco anos, seguindo o que está estabelecido no Estatuto do Torcedor.

Fonte: Uol

1 comentário
  • Responder

    Tinha que ter o dedo podre do PT e agregados em projetos de Lei para passar a mão na cabeça de vagabundos, criminosos e arruaceiros. Esse partido de merda que é vê o caus, gostam de colocar fogo e dá uma de salvadores, mas não passam de canalhas.

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