Promessa de Josh Wander volta à tona após goleada do Flamengo sobre o Vasco

No ano passado, executivo da 777 Partners afirmou que o Vasco da Gama não teria mais desvantagem, sobretudo financeira, diante do Flamengo.

Josh Wander durante entrevista em visita ao Rio de Janeiro
Josh Wander durante entrevista em visita ao Rio de Janeiro (Foto: Marcelo Baltar / GE)

Em março do ano passado, o executivo da 777 Partners Josh Wander prometeu que o Clássico dos Milhões pela semifinal do Campeonato Carioca, seria o último em que o cruz-maltino teria desvantagem financeira em relação ao rival. Pouco mais de um ano depois, a diferença de investimento de fato diminuiu, mas não a distância entre os dois clubes em nível competitivo: a goleada de 4 a 1 aplicada pelo Flamengo nesta segunda-feira, no Maracanã, mostrou que ainda falta muito ao Vasco para equilibrar as forças com o rubro-negro.

Para além da diferença de nível competitivo entre as equipes, fatores que dividiram as atuações foram experiência e questões de mentalidade. O rubro-negro sabia exatamente o que fazer para vencer o clássico, enquanto um cruz-maltino pressionado pela zona de rebaixamento viu a bola passar a queimar em seus pés após o primeiro gol. Depois de dez minutos de equilíbrio, o Flamengo assumiu o controle do jogo aproveitando momento de falta de concentração do time vascaíno. Foram dois gols em dois minutos: num chutaço de Pulgar após erro na saída de bola, e logo depois com Gerson, de cabeça, aparecendo livre no meio de três jogadores do Vasco dentro da área.

O time de Jorge Sampaoli não tinha Léo Pereira, Everton Ribeiro e Gabigol, mas não sentiu falta em praticamente nenhum setor num grande primeiro tempo em que abriu 4 a 0. Gerson e Pulgar dominavam o meio e Arrascaeta vivia noite inspirada, especialmente no último passe — foi ele quem achou Pulgar no primeiro gol e Gerson no segundo, e ainda acertou um belo chute no travessão.

Houve sustos na defesa, com Pedro Raul chegando perto de diminuir com chute na trave quando a partida já estava 2 a 0 para o Fla. Mas por mais que o Vasco conseguisse levar perigo em um ou outro lance isolado, o Flamengo parecia próximo de matar a partida a qualquer momento, como fez numa janela de cinco minutos antes do intervalo: em bela jogada, Matheus França encontrou Ayrton Lucas — outro em grande noite —, que bateu para o gol e viu desvio em Pedro tirar qualquer chance do goleiro Léo Jardim. Se o lateral “perdeu” o gol para o centroavante, tratou de marcar o seu logo depois, em jogada de muita velocidade, em que deixou para trás Galarza e Léo Jardim.

Mudanças frustradas

Pressionado, o técnico Maurício Barbieri tentou surpreender com mudanças: começou o jogo com três zagueiros, com Miranda aumentando a dupla com Léo e Capasso, além de Orellano, muito pedido pelos torcedores, na vaga de Gabriel Pec.

O argentino sofreu com a falta de entrosamento e parecia perdido na partida, enquanto a opção pela linha de zaga reforçada ajudou a liberar os laterais Lucas Piton e Puma Rodríguez, alguns dos poucos destaques do Vasco na partida. Junto a eles, Jair, que sofreu e bateu pênalti numa segunda etapa de ritmo claramente desacelerado. Ao longo do jogo, o volante foi um dos atletas mais lúcidos pelo lado cruz-maltino.

A goleada marca a oitava vitória do Flamengo sobre o Vasco nos últimos dez jogos, a primeira em que vence marcando pelo menos quatro gols desde 2013. Desta vez, sob os olhos de Vinicius Júnior, visita mais que especial no Maracanã.

Depois de duas vitórias em clássicos, o time de Jorge Sampaoli encostou no G4 — é o quinto, com 16 pontos — e agora recebe o Racing, quinta-feira, pela Libertadores, com muita moral. No Vasco, 19º e sem vencer há oito jogos no Brasileirão, a crise segue. Domingo, o time visita o Internacional.

Fonte: O Globo

1 comentário
  • Responder

    Eu acho que a 777 saf, estáva achando que o torcedor vascaíno é bobo. A Saf se apresentou no clube com vários colaboradores que adquiriram 70% do Vasco. Mas só que no contrato que os sócios da Saf assinaram com o clube, não rezava que seria gastos toda grana no início.

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