Postura contra o Fortaleza foi necessária, mas expôs fracasso da SAF do Vasco
O Vasco da Gama jogou para segurar o empate com o Fortaleza, o que fez sentido, mas mostrou que gasto alto em reforços foi em vão.
Que o empate com o Fortaleza, pelo contexto dos dois times, foi bom para o Vasco da Gama, principalmente por ter sido na Arena Castelão, isso é quase unânime. De um lado estava o Gigante, que vinha de uma goleada em casa para o Criciúma.
Além disso, o Cruzmaltino ainda havia sido derrotado nos outros dois jogos anteriores, contra Bragantino e Fluminense, portanto, vem tendo um começo de Campeonato Brasileiro complicado. Do outro estava o Fortaleza, que não tem brilhado no Brasileirão, mas tem ido muito bem na Sul-Americana.
Na semana passada, o Leão conseguiu um resultado histórico ao superar o Boca Juniors, da Argentina, um dos gigantes da América do Sul, por 4×2, na mesma Arena Castelão. O resultado deu moral para a equipe cearense, o que era justamente o oposto do Vasco, que ainda tentava digerir o resultado em São Januário.
Cauteloso
Justamente pelos momentos de ambas as equipes, somado também ao fato de estar sob o comando do técnico interino Rafael Paiva, e o Fortaleza estar com um longo trabalho do argentino Juan Pablo Vojvoda, o Gigante entrou em campo cauteloso. A equipe vascaína adotou uma postura defensiva, na intenção de ‘sobreviver’ ao jogo de ida terceira fase da Copa do Brasil.
A tática funcionou, por pouco, mas sim. O destaque foi para a dupla de zaga Maicon e Léo, além do goleiro Léo Jardim. Entretanto, tem um ponto a levar em conta nesse duelo. Embora tenha um trabalho consistente e uma equipe entrosada, o Leão se impor totalmente sobre o Cruzmaltino não deveria ser o normal.
O motivo? O elenco atual vascaíno custou quase R$ 250 milhões, já levando em consideração o último contratado, o volante Hugo Moura. Somente nesta temporada, mais de R$ 130 milhões foram gastos, e mesmo assim o Gigante sequer consegue bater de frente com a equipe cearense, que tem um poder de investimento inferior.
Muita grana e pouco futebol
Mesmo com o alto investimento, o elenco é desequilibrado e até aqueles que custaram caro, destaques para João Victor e Adson, não conseguem fazer a diferença e normalmente são reservas. O primeiro citado estava suspenso e não pôde entrar em campo, mas o outro entrou no segundo tempo e pouco agregou.
Rafael Paiva ter adotado essa postura não foi errado, mas pelo contexto que o trabalho do departamento de futebol o colocou. O Cruzmaltino tem sérios problemas que foram alertados no começo do ano, principalmente pela falta de opções qualificadas para meio de campo e ataque. Por isso, se torna até difícil imaginar um ofensivo daqui em diante.
Essa questão se torna um problema se considerar que, no jogo de volta, em casa, naturalmente precisará propor o jogo. Como faz isso limitado sem ter opções? Com sorte Dimitri Payet estará à disposição, e olhe lá. Os times se reencontram no próximo dia 21, uma terça-feira, às 21h30min.