Posicionamento ‘retrô’ e o talento de sempre: Felipe e Juninho encanta
Na vitória do Vasco diante do Náutico, Felipe e Juninho puderam relembrar bons momentos vendo os ídolos em suas posições de origem.
Da metade final da década de 1990 até o início dos anos 2000, a torcida do Vasco se acostumou a ver Juninho Pernambucano comandar o meio-campo e Felipe infernizar os adversários na lateral esquerda. Em 2011, a dupla se reencontrou em São Januário e, desde então, passou a dividir o mesmo espaço dentro de campo. Atuar juntos como titulares nessa nova trajetória no clube é algo incomum. Mas na última quarta-feira os vascaínos puderam relembrar bons momentos vendo os ídolos em suas posições de origem. A atuação e o resultado foram aqueles que todos se acostumaram a ver. A vitória por 4 a 2 sobre o Náutico mostrou a importância e o diferencial de Felipe, de 34 anos, e Juninho, de 37.
Dentro das atuações que contribuíram para o sucesso do time, cada um teve seu momento de plenitude. Primeiro foi Felipe, que acertou um belo chute de fora da área, marcando o segundo gol do Vasco. Na etapa complementar foi a vez de Juninho, que marcou o terceiro da equipe, aparecendo quase como centroavante para completar um cruzamento. Ambos deixaram o campo com o dever cumprido e certos de que fazem a torcida celebrar. Seja o passado ou o presente.
– Além de experientes, Felipe e Juninho são jogadoes de alto nível, que dão grande contribuição para a equipe. Sabíamos que o Náutico jogaria nos contra-ataques e, por isso, precisaríamos trabalhar muito a bola. Eles dois têm ótimo passe, e isso nos ajudou muito – observou o técnico Cristóvão Borges.
Capitão vascaíno, Juninho tem papel de protagonista no elenco. Mas lembra que, apesar da função de um dos líderes, dentro de campo é mais um a contribuir com experiência e talento para fazer do Vasco um time forte.
– O importante é sempre ganhar. A vaidade não faz parte da minha vida, o importante é ajudar o time a vencer. O jogador passa, mas o clube permanece. Perdi duas chances, uma no primeiro tempo e outra no segundo, cara a cara, mas ainda bem que não fez falta. Não tenho essa facilidade toda para fazer gol. Deixo isso para o Alecsandro – destacou o camisa 8, ainda no gramado de São Januário, após a partida contra o Náutico.
Consolidado como meio-campo há mais de dez anos, Felipe garantiu não se importar em ser novamente lateral. Para ele, voltar às origens foi uma experiência positiva, comparada a andar de bicicleta.
– Não tem mistério – resumiu.
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