Permanência na Série B gera entrave para plano de recuperação do Vasco

Sem conseguir retornar à elite do futebol brasileiro, Vasco da Gama terá dificuldades para por a casa em ordem no ano que vem.

Jorge Salgado e Alexandre Pássaro durante treino desta quinta-feira
Jorge Salgado e Alexandre Pássaro durante treino desta quinta-feira (Foto: Rafael Ribeiro Vasco)

A goleada por 4 a 0 para o Botafogo praticamente selou a permanência do Vasco na Série B e deve atrasar um pouco mais o plano de recuperação financeira em São Januário. Com 47 pontos, a equipe está a oito do Goiás, time que fecha o G-4.

Restando apenas quatro partidas, o clima é de desânimo total em São Januário, embora o Vasco já tivesse feito um reajuste nas contas em caso de não conseguir subir. Defensor do reequilíbrio financeiro, o presidente Jorge Salgado terá de cortar um dobrado para manter de pé uma das bandeiras que o levou ao cargo.

Ainda que as dívidas estejam provisionadas, a queda na receita será líquida e certa. Com mais um ano longe da elite, o Cruz-Maltino já pode contabilizar que seguirá recebendo uma fatia menor do bolo nos direitos de transmissão. Além disso, as perdas de dinheiro em bilheteria e em seu programa de sócio-torcedor são mais que prováveis.

Diante disso, o desafio vascaíno em equilibrar as contas com a urgência de montar um time competitivo é ainda maior. Para piorar, o rival Flamengo segue sendo protagonista, o Bota briga pelo título da Série B e o Fluminense luta para disputar sua segunda Libertadores consecutiva.

Com a frustração quase consumada, fato é que haverá mudanças no elenco e, possivelmente, alguma mexida no departamento de futebol. Por ora, Fernando Diniz não tem o cargo ameaçado.

“A gestão vai, em um futuro muito breve, tirar o Vasco de onde o Vasco está. Foi entregue a ele (Salgado) assim, mas ele devolverá em outro lugar. Até o último jogo, não abro mão de permanecer com as pessoas que querem o bem desse projeto. A partir daí, se o entendimento for de que os projetos estão se distanciando e não se convergindo, sou o primeiro a renunciar. Se não houver interesse na continuidade, serei o primeiro a reconhecer meus erros e abro mão de qualquer papel”, afirmou o diretor Alexandre Pássaro.

Aos prantos, Nenê foi o reflexo do ambiente ao fim do jogo. Em entrevista à “Globo”, o meia prometeu ajudar o clube a subir e lamentou a situação: “Temos de ter vergonha na cara mesmo. Estou assim porque é a segunda vez que vim ajudar e sinto que falhei. Dei tudo de mim e vou continuar dando tudo até o último segundo. Vou ficar até o Vasco subir”.

Na quarta (10), os vascaínos recebem a visita do Vitória, 21h30, em São Januário. Agora, a missão é juntar os cacos e começar a trilhar os caminhos da próxima temporada.

Fonte: UOL

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1 comentário
  • Responder

    Mesmo já com 40;anos, seria o melhor nico atleta que deveria permanecer no clube. Os demais, era para serem demitidos todos

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