Pedrinho explica motivo de bloquear vascaínos em sua rede social 

Muito criticado recentemente, o presidente Pedrinho revelou que foi muito xingado e chegou a receber ameaça de morte.

Pedrinho durante entrevista coletiva
Pedrinho durante entrevista coletiva (Foto: Leandro Amorim/Vasco)

Alvo de críticas de jornalistas e de torcedores recentemente, Pedrinho reagiu bloqueando alguns seguidores nas suas redes sociais e restringindo os comentários em publicações. Na entrevista coletiva desta quinta-feira, o presidente do Vasco explicou a atitude e disse que recebeu ameaças.

– Me dói porque sou torcedor como todos os vascaínos. Isso me machuca, sei exatamente o que o torcedor está sentindo. Por isso que não vou pedir paciência à torcida, porque eu não tenho. Não precisa ter paciência e eu entendo perfeitamente. O que tiver que ser feito para reestruturar, vai ser feito. Com relação às críticas, eu passo o dia trabalhando e muito para fazer o que eu tenho que fazer. Na hora de deitar, pego o telefone para olhar coisas esportivas, ver o mercado, outros times, fazer uma avaliação. E olho as minhas redes sociais de forma natural. Não vou normalizar. A sociedade criou uma regra de que as pessoas públicas podem e devem escutar ou ler quaisquer coisas e serem obrigadas a ficar quietas – explicou Pedrinho, que completou:

– Tenho certeza que vocês já sofreram isso. Se você sofreu uma ameaça, um xingamento agressivo… Me desculpa, você tem direito de fazer o que você quiser. Se você não fez, você que tá errado, não são as pessoas que estão certas. Se todos os presidentes passam por isso, errado é quem ofende. Depois que as pessoas têm restrições nas minhas redes, elas vão lá e falam “não fiz nada, só pedi para o Pedrinho vender a SAF”. Eu recebi: “será que o velho do teu pai lá no inferno tá com orgulho de você?”. Foi uma das que eu recebi aí. “Filho da p***, safado, ladrão”. A pessoa entrega o que ela tem para entregar, violência. Eu entrego silêncio. Não sou obrigado, não vou entrar nesse padrão de a gente normalizar isso. Desculpa, tá errado. Se vocês sofrem a mesma coisa, vocês estão errados por aceitar.

Ao falar sobre o assunto, Pedrinho pegou o celular e leu uma ameaça que recebeu por mensagem em um grupo de Whatsapp. Também comentou o bloqueio a páginas e jornalistas que cobrem o clube:

– Recebi de um cidadão, de nome Júlio Martins: “A torcida tem que ir na porta do CT na quinta-feira e meter uma faca no pescoço do ‘Podrinho'”. Eu vou normalizar isso? Não vou. Peço desculpas a todos que foram bloqueados que não foram dessa forma, mas que de repente foram no embalo. Com relação às páginas, nenhuma delas foi bloqueada por críticas. São por outros critérios, que eu não vou entrar no mérito. Mesmo assim, humildemente, venho pedir desculpa a todas as páginas. Se tiverem o desejo de ter novamente acesso às minhas redes sociais, que falem com o Vinícius, com a Patrícia, que a gente faz a liberação normalmente. Eu não vou normalizar nenhum tipo de violência. Após o jogo do Atlético-MG, um membro da minha família recebeu milhares de ligações. Como ela não atendeu, começaram a escrever, ela ficou muito assustada. Quando você denuncia no WhatsApp, a conversa some. Mexeram com a minha família, com a honra do meu pai, com a minha honestidade. E isso eu não vou normalizar, e nem vocês deveriam se acontecer com vocês.

Desde que assumiu a presidência do clube, em janeiro deste ano, Pedrinho usa seu perfil no Instagram com frequência para compartilhar comunicados e divulgar material referente ao dia a dia do clube. Ele tem cerca de 750 mil seguidores e já havia bloqueado críticos em outros momentos de sua gestão.

As críticas aumentaram depois da eliminação do time na semifinal da Copa do Brasil e também diziam respeito à demora nas negociações para a venda da SAF e às contratações realizadas na janela de transferências do meio deste ano. Havia cobrança ainda por um pronunciamento do presidente do Vasco, o que aconteceu com a entrevista coletiva em São Januário.

Fonte: Globo Esporte

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