Payet lidera triunfo, ainda instável, mas o suficiente para acalmar os ânimos

Com destaque para a volta de Dimitri Payet, o interino Rafael Paiva também foi feliz nas escolhas por João Victor, Maicon e Adson.

Dimitri Payet no jogo contra o Vitória
Dimitri Payet no jogo contra o Vitória (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

O Vasco foi a campo pressionado neste domingo, a tensão na arquibancada de São Januário era palpável. O time vinha de quatro derrotas consecutivas no Brasileirão, não vencia desde a primeira rodada, um mês atrás. Mas Payet tratou de colocar a bola no chão, chamou a responsabilidade e, com dois toques na bola, decidiu o jogo contra o Vitória.

De volta ao time depois de cumprir um programa de recuperação estipulado pelo departamento médico, já que sofreu uma lesão antes do início do campeonato, Payet nem chegou a fazer grande partida. Sumiu em alguns momentos do primeiro tempo e dividiu o protagonismo do jogo com figurar como Maicon (que teve grande atuação) e Vegetti.

Mas, no pouco que fez, o francês colocou o meio de campo do Vasco para funcionar e deu duas assistências, uma para gol do Vasco. Três pontos na conta do francês, por favor!

Afundado numa crise iniciada sobretudo após a goleada para o Criciúma, que culminou no desligamento de Ramón Díaz, o Vasco precisava vencer e apenas vencer. Meio a zero já bastava. A vitória acalma os ânimos em São Januário e tira a equipe da zona de rebaixamento: o Cruz-Maltino agora ocupa a 13º posição na tabela, com seis pontos.

A entrada de Payet no meio de campo não foi a única mudança do interino Rafael Paiva. Para a partida contra o Vitória, ele também sacou Paulo Henrique e improvisou o zagueiro João Victor na lateral direita. Uma escolha que mostrou-se produtiva: JV reforçou a defesa por esse lado e teve uma partida segura.

O Vasco demorou um pouco a entrar no ritmo da partida e não conseguiu impor a pressão que os donos da casa normalmente impõem em seu território. Pelo contrário: o time vascaíno parecia estar numa voltagem mais lenta e não conseguia acelerar as jogadas. O Vitória, por sua vez, se aproveitou disso e equilibrou as ações no início.

– No primeiro tempo a gente até conseguiu ficar com a bola, ter uma posse, mas uma posse mais no campo de defesa. Que machuca pouco o adversário – reconheceu Rafael Paiva na coletiva após a partida.

O time cruz-maltino levou perigo aos nove, numa finalização de David que na sequência gerou muita reclamação sobre um possível pênalti em cima de Galdames; e aos 32, quando Galdames tabelou com Sforza dentro da área e finalizou com desvio para fora. Vegetti também teve uma chance de cabeça nos acréscimos. Mas faltava uma aceleração, uma troca de passes mais veloz.

A qualidade de Payet

No intervalo, o Vasco trocou Rossi por Adson no ataque. O camisa 28 entrou muito bem na partida, foi para cima da marcação e deu trabalho para a defesa do Vitória – com destaque para o lance aos 23 minutos, em que ele deixa dois marcadores no chão e dá início a uma jogada perigosa pela direita. Mas foram dois toques de Payet na bola que decidiram a partida.

O primeiro foi logo aos quatro minutos, quando o francês cobrou escanteio na cabeça de Maicon, que desviou para marcar pela primeira vez com a camisa do Vasco. Um gol para coroar a ótima atuação do zagueiro na partida.

O segundo se deu logo depois, aos 10: o francês ergueu a cabeça na intermediária e enfiou uma bola milimétrica para Vegetti, que se atirou na bola e acertou quase que um golpe de caratê para empurrá-la para o fundo da rede do goleiro Lucas Arcanjo. Um bonito gol em São Januário.

O Vasco teve um início avassalador no segundo tempo, mas não segurou o ritmo por muito tempo e abaixou as linhas, dando espaço para o Vitória jogar. Ainda assim, parecia não ter perdido o controle do jogo: as investidas de David e uma cobrança de falta de Sforza que explodiu no travessão mostraram que a equipe estava ligada na partida.

No fim, no entanto, o Cruz-Maltino relaxou demais e permitiu ao Vitória sonhar ao menos com um empate em São Januário, quando Iury Castilho diminuiu em lance que nasceu após passe errado de Mateus Cocão. O jogo não precisava ser sofrido da maneira que foi, mas o Vasco segurou o resultado e não deixou que a vitória escapasse por entre os dedos.

Fonte: Globo Esporte

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