Payet detalha vida no Brasil, cita contrato e fala sobre futuro no Vasco

Payet falou sobre a experiência de atuar no Brasil e exaltou o carinho recebido pela torcida do Vasco da Gama.

Payet se destaca diante do Bahia
Payet se destaca diante do Bahia (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Payet chegou ao Vasco em agosto do ano passado e fez sua primeira temporada completa em solo brasileiro em 2024. De férias, o meia está na França e deu entrevista ao podcast “Football Club de Marseille”, especializado no Olympique de Marseille, clube do qual é ídolo.

Durante o papo, o camisa 10 contou sobre a experiência de atuar no Brasil e exaltou o carinho recebido pela torcida do Vasco desde o primeiro dia. O francês falou sobre a pressão por resultados e como há uma cobrança própria para retribuir a expectativa depositada pelos torcedores.

– Eu sei o que esperam de mim. O Vasco estava em um período em que subiram da segunda para a primeira divisão. É um clube que está tentando reencontrar seu lugar. Na minha chegada no aeroporto, eu compreendi. Eles foram muitos gentis comigo. E eu sou uma pessoa que precisa disso. Você pode me dizer: “você está no Brasil, tem as praias, Copacabana”. Mas eu não posso porque há pessoas que esperam coisas de mim. Me sinto na obrigação de provar, de trabalhar para poder performar. É similar ao Marseille.

Payet também exaltou o fato de ter sido apresentado à torcida no Maracanã. O meia foi recepcionado no estádio antes do jogo contra o Atlético-MG, no dia 20 de agosto.

– Quando você é apresentado e a sua apresentação é no Maracanã, o que você quer melhor que isso? Eu posso dizer: eu fui apresentado no Maracanã, com tudo que você pode entender que significa sobre o estádio. É uma coisa excepcional.

Com mais seis meses de contrato com o Vasco, Payet evitou falar sobre o futuro, mas garantiu que a paixão pelo futebol continua a mesma. Aos 38 anos, o meia afirmou que vai aproveitar o período restante no clube e refletir sobre os próximos passos na carreira.

– Em seis meses, muitas coisas podem acontecer, mas a paixão e o prazer continuam intactos. O corpo ainda não responde muito mal no cotidiano e nas partidas. É uma questão de entender se eu ainda quero começar um novo desafio aos 38 anos. Mas, por agora, eu digo que tenho seis meses para aproveitar e também para refletir e pensar no que vem na sequência – disse Payet.

A escolha pelo Brasil, de acordo com o próprio Payet, foi para buscar novos desafios fora da Europa e não ter a chance de voltar ao Vélodrome, estádio do Olympique de Marseille, vestindo as cores de outra equipe.

– Mesmo jogando em outro lugar na Europa, eu me coloquei essa questão: é possível encontrar o Olympique de Marseille na Liga Europa e, emocionalmente, eu não posso voltar a esse estádio com outra camisa. Eu seria péssimo nessa partida. Então, eu disse que precisava ir para longe. É como uma separação, você tem que ir. E cheguei em um bom momento: Brasil, Rio de Janeiro, Vasco da Gama. O que é melhor para jogar futebol? Tinha a escolha entre o dinheiro e o futebol, e a escolha foi rápida.

O meia revelou que sua a principal dificuldade na adaptação ao Brasil é estar longe da família. Seus filhos continuam na França com a mãe, mas vêm ao país durante o período de férias escolares.

– Há muitas coisas que eu me identifico. O ponto ruim é estar sozinho e longe. É muito difícil gerenciar. Meu filho mais velho está no ensino médio, a mais nova está na escola. Tenho um contrato de dois anos. Para nós, para minha esposa, é difícil mover todo mundo, com a barreira da língua. Já experimentamos isso – completou.

Fonte: Globo Esporte

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