Paulo Bracks explica formação do elenco do Vasco e cita estilo de Barbieri
Paul Bracks afirmou que todas as contratações foram baseadas no estilo de Maurício Barbieri e do modelo de jogo.
A diretoria do Vasco chegou a sofrer críticas pela demora na contratação de jogadores para a temporada 2023, depois da venda da SAF do clube para a 777. Mas desde o início do processo o clube manteve uma visão planejada que passava pela formação de uma equipe com os conceitos que o Vasco pregava e também alinhado ao modelo de jogo do treinador escolhido, Mauricio Barbieri.
Paulo Bracks, diretor executivo que conduz esse trabalho desde o ano passado, explica com detalhes como o Vasco trabalhou para formar um elenco competitivo e que, em seu início de temporada, já bate de frente com equipes mais consolidadas, como Flamengo e Fluminense.
O processo
– As contratações no Vasco passam por um processo rígido. E não abrimos mão dele, porque minimiza os riscos (toda contratação, seja ela de qualquer nível, tem risco) e nos permite justificar todos os movimentos. Procuramos ter lógica em tudo. Todo jogador que chega, traz consigo um porquê de ele estar aqui. Desde dezembro, quando iniciamos as contratações visando a temporada 2023, não contratamos aleatoriamente ou com base em pressão de fora.
Modelo de jogo
– Todas as contratações que foram feitas após a vinda da comissão técnica passam necessariamente pela análise nossa de encaixe no perfil do treinador e do modelo de jogo. A gente sabe como joga e como queremos jogar. Isso é claro para todo mundo aqui. E precisamos ser estratégicos e inteligentes no mercado e na composição do elenco.
– Ter um estilo de jogo bem definido nos facilita na busca pelo jogador, sem dúvida nenhuma. Quando se tem um caminho e quando se sabe como se quer chegar a esse caminho, obviamente a escolha dos meios fica mais clara. A atual comissão foi contratada, dentre outras razões, por essa, por ter um modelo definido e que nos agrada como Vasco e como grupo (777).
Análise de desempenho
– Temos uma análise de mercado muito forte no clube, da qual eu faço parte (até fisicamente, porque a minha sala é conjugada com a da análise no CT, o que sempre acreditei ser o adequado para melhores decisões técnicas e mercadológicas). E a nossa análise tem dois braços que nos ajudam de forma permanente e ativa, o departamento de scout da 777, na Inglaterra, e a empresa Outlier, aqui do Brasil. As duas estão sempre envolvidas em algum momento do processo, para que tenhamos, às vezes, um relatório triplo de um mesmo jogador, com mais detalhes, dados e opiniões.
Tomada de decisões
– Internamente, a decisão final acaba sendo minha, até porque sou o responsável em ir ao mercado e negociar com clubes, intermediários e atletas, de acordo com o orçamento que tenho aprovado. Mas essa decisão da contratação vem chancelada por várias mentes e documentos. Vem chancelada pelo processo. Ele sempre está sendo cumprido. O treinador (Barbieri) é peça chave nesse processo, até porque discordo do sistema em que a composição de um elenco prescinda da palavra do comandante técnico. E ainda, na nossa estrutura atual, tenho também o diretor técnico (Abel Braga), que invariavelmente participa comigo das tomadas de decisão.
Fonte: Blog Panorama Esportivo