Paulinho revela falta de ritmo, elogia Coutinho e projeta 2025 do Vasco

O elenco principal do Vasco se reapresentou nesta segunda-feira para dar início à pré-temporada. Após as atividades, o meia Paulinho concedeu entrevista coletiva e admitiu ainda estar sem o ritmo ideal após a grave lesão sofrida no início do ano passado. O jogador pediu à comissão técnica para retornar aos treinamentos mais cedo e já participa de atividades no CT desde o dia 27 de dezembro.

– A expectativa tem que ser a melhor possível. Temos um grande ano pela frente. Temos quatro competições pela frente. O nosso objetivo é sempre fazer um grande ano. Eu, particularmente, pedi até para voltar mais cedo porque perdi a temporada passada toda. Só consegui jogar dois jogos, um dez e outro 20 minutos. É importante para mim ganhar ritmo, ainda estou um pouco sem ritmo pelo tempo que fiquei fora. Pedi para treinar mais cedo para ganhar forma o mais rápido possível.

– Confesso que o mental está bem melhor. Ano passado, confesso que estava com um mental um pouco conturbado pelo que passei. A lesão LCA é muito complicada, muito difícil. Os jogadores que já passaram por esse processo sabem o quanto é difícil. Exige muita coragem, sacrifício e resiliência. Eu sofri muito por ter sido a minha primeira lesão e a mais grave, a que nenhum jogador gosta de ter. Mas, graças a Deus, estou recuperado, a cabeça está boa. É continuar me preparando para que eu possa entrar o mais rápido possível em forma para ajudar o Vasco.

Em 2025, Paulinho também poderá finalmente dividir o meio-campo do Vasco com um ídolo pessoal: Philippe Coutinho. Após se recuperar da lesão, o meia entrou por apenas poucos minutos nos confrontos contra Atlético-MG e Cuiabá e não conseguiu atuar ao lado do camisa 11, que já havia sido substituído em ambos os duelos.

Durante a coletiva, o atleta rasgou elogios ao companheiro e admitiu que a ficha ainda não caiu sobre estar ao lado do craque vascaíno.

– Para mim, é uma honra estar aqui ao lado do Coutinho. Falei para ele, quando ele chegou, que sempre acompanhei a carreira dele toda. Inclusive, quando ele jogava no Liverpool, não perdia um jogo dele. Às vezes, minha ficha nem cai que eu estou ao lado dele aqui. Vai ser uma honra jogar ao lado do Coutinho, já está sendo uma honra estar aqui com ele. Falei para ele que a ficha nem caiu ainda. O Coutinho é um craque, um ídolo para todos nós. A gente sabe que ele veio para nos ajudar, e eu vou fazer de tudo para ajudar o Coutinho também.

O atleta também falou sobre a expectativa do grupo com a chegada de Fábio Carille ao comando técnico

– Ainda tivemos pouco contato (com Carille), mas me parece um cara do bem, muito pé no chão. Tenho certeza que está chegando para nos ajudar, e a gente vai fazer de tudo para ajudar ele. E que esse ano de 2025 seja maravilhoso para todos nós.

Outros pontos da coletiva

Previsão de retorno?

– A minha previsão ainda não sei. Voltei no dia 27. Estou à disposição da equipe técnica. Se for da vontade dele de eu jogar 45, 60 (minutos), estou à disposição. É continuar treinando para estar pronto. Se precisar de mim, estarei presente

Renovação de contrato

– Ainda não tiveram conversas ainda. Sei que, na hora certa, vai ter. Mas ainda é só o foco no trabalho

Versão Paulinho de 2025

– Para mim, foi difícil. Foi no segundo jogo da temporada. Tive a infelicidade de ter a lesão no joelho. Sofri muito por não estar em campo, não poder ajudar o clube e meus companheiros. A lesão me ensinou muita coisa ao longo desse tempo. Hoje, vejo um Paulinho um pouco mais maduro, com mais ambição de querer vencer, de querer estar em campo e ajudar os companheiros. O que eu pedi esse ano é que as coisas possam correr bem. Pedi a Deus saúde, prosperidade, e que eu possa me preparar ao máximo para ajudar o clube, que é o mais importante.

Diferença entre 777 e gestão de Pedrinho no dia a dia

– A diferença é que o Pedrinho é uma figura que está sempre presente aqui com a gente. É um cara sensacional, muito pé no chão, que está sempre fazendo e se esforçando o melhor, tanto para o clube quanto para os jogadores. Nós atletas temos um carinho muito grande por ele. Em pouco tempo como presidente, já vemos ele se esforçando muito para dar o melhor para a gente, para que a gente só se preocupe em jogar futebol. O Pedrinho vem ajudando muito o clube e nós jogadores. A gente é grato por ter alguém assim ao nosso lado, que está sempre presente, que está na resenha com a gente, no dia a dia. Isso é bom para os jogadores. Tanto ele como o Felipe são pessoas sensacionais. E vamos fazer o nosso melhor para retribuir o que ele vem fazendo pela gente.

Responsabilidade de jogar no Vasco

– A responsabilidade a gente sempre vai ter porque a camisa é muito pesada. O Vasco é muito grande, onde já passaram grandes jogadores, grandes ídolos. A responsabilidade sempre vai existir. A gente tem que estar preparado para isso. A camisa é muito grande, então temos que trabalhar no dia a dia, fazer o nosso papel e fazer o nosso melhor possível.

Carinho da torcida

– Agradeço o carinho e o respeito que eles têm por mim. Eu me cobro muito. Sempre falo para minha família: “a torcida do Vasco é diferente”. Ela me apoiou de uma forma incrível quando eu lesionei. Eu fiquei com aquilo guardado para mim porque foi o momento mais difícil da minha carreira. O que eu disse para minha é que eu vou dar o meu melhor esse ano dentro de campo para tentar retribuir o carinho que eles têm por mim.

O dia da lesão

– A notícia mais ruim que eu pude receber. Esperava que fosse uma coisa que não fosse dessa gravidade, de ficar quase um ano parado. Quando aconteceu aquilo ali, eu estava no vestiário com muita dor ainda. Fui para o hotel, só que não pude fazer o exame no mesmo dia. O doutor marcou para o dia seguinte, fui pela manhã fazer a ressonância. Em 15, 20 minutos, saiu o resultado e deu que fui ligamento cruzado. Foi o dia mais triste da minha vida.

Importância da família na recuperação

– Família é tudo nessa vida, é nossa base. O jogador sem família é mais difícil para lidar com algumas coisas. Ter o apoio da minha esposa, da minha filha, dos meus pais foi muito importante. Me senti abraçado por eles, pela torcida do Vasco. Sou grato por ter a minha família ao meu lado.

Amizade com Jair

– Jair é um grande jogador também, grande ser humano. Antes da lesão, não era tão próximo do Jair. Mas, depois, fomos nos aproximando porque passávamos a maior parte do tempo juntos, então estávamos no dia a dia nos ajudando, na resenha. É meu companheiro de concentração também. Fizemos uma grande união e vou levar o Jair pelo resto da minha vida.

Briga por posição no meio-campo

– A gente tem um elenco muito bom. Claro, que vamos nos reforçar ainda mais, mas temos muito bons jogadores, de qualidade. Essa briga por posição é boa, é saudável. Quem estiver melhor tecnicamente e fisicamente vai começar a jogar. É importante todos estarem bem dispostos para poder ajudar o treinador e o clube.

– A competição é boa, é sadia. Tem grandes jogadores no meio-campo, na lateral, na zaga. O importante é ter peça para repor. Vamos ter quatro competições importantes. Isso vai pedir rodagem no decorrer da temporada. Então, quanto mais jogador tecnicamente e fisicamente bem vai ser importante para o grupo. É fazer a nossa parte. Quem o treinador entender que deve começar será uma boa escolha. Isso que é importante.

Pré-temporada

– A pré-temporada sempre é importante. A gente teve no Uruguai (em 2024), mas as pessoas que não sabem, não tivemos uma boa pré-temporada lá. O campo não ajudava, o lugar que a gente estava também não era muito bom. Aqui em casa, é muito bom, o campo é muito bom. A gente está no nosso CT, que é nossa casa, no dia a dia a gente está sempre aqui. Estar perto da família também ajuda muito. A gente tem tudo para fazer uma boa temporada, se preparar o melhor possível e começar o ano da melhor forma possível.

Fonte: Globo Esporte