Pai exalta homenagem e relembra 1ª vez de Nenê no Maracanã

Pai de Nenê convenceu seu patrão a viajar ao Rio de Janeiro para ver seu filho atuar pela primeira vez no Maracanã, em 2002.

Nenê ao lado da família em homenagem na Calçada da Fama do Maracanã
Nenê ao lado da família em homenagem na Calçada da Fama do Maracanã (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A tarde era festiva no Maracanã. Com um sorriso de orelha à orelha, seu Valdir, orgulhoso, assistia seu filho Anderson Luiz de Carvalho, popularmente conhecido como Nenê, eternizar seus pés na Calçada da Fama do icônico estádio. Inevitavelmente, naquele momento, suas memórias voltavam 20 anos, mais precisamente para 14 de abril de 2002, quando convenceu seu patrão a viajar ao Rio de Janeiro para ver seu filho atuar pela primeira vez no Maior do Mundo, sem imaginar que um dia ele receberia tamanha honraria.

Na ocasião, Nenê surgia para o futebol como promessa no Paulista de Jundiaí (SP) e iria enfrentar o Flamengo, no Maracanã, pelo extinto Torneio Rio-São Paulo, e seu Valdir não hesitou em sugerir a viagem ao antigo empregador, que, para surpresa dele, não só topou como quis ir junto.

“Eu estava trabalhando e falei com meu patrão: ‘meu filho vai jogar no Rio’. E ele falou assim: ‘então, vamos para lá’, ele topou na hora. Pegamos o avião e viemos ver o jogo. Eu lembro que saímos 13h e chegamos 16h em ponto para ver o jogo”, se recorda o pai de Nenê ao UOL Esporte.

O Paulista chegou ao jogo com chances de classificação às semifinais diante do já eliminado Flamengo. A partida teve contornos dramáticos para o time de Jundiaí, mas com um final infeliz. A equipe sofreu o 1 a 0 para o Rubro-Negro, empatou aos 45 minutos da etapa final, mas levou o segundo gol, um minuto depois, com um gol contra do zagueiro Márcio Santos, inviabilizando o avanço de fase para um ainda jovem Nenê, que tinha apenas 20 anos.

O tempo, no entanto, acabaria sendo generoso para o meia, que, após destaque no Palmeiras e no Santos, foi para o futebol espanhol, depois se transferiu para a França, onde foi ídolo no Paris Saint-Germain, e viveu quase 12 anos de carreira no exterior.

Já consagrado e estabilizado, o hoje capitão do Vasco recebeu mês passado o convite do governo do Estado do Rio de Janeiro para a homenagem no Maracanã e, ao lado do ex-jogador Pedrinho, eternizou seus pés num dos mais lendários estádios de futebol do mundo, em 29 de março de 2022, para orgulho de seu Valdir e família, que marcou presença em peso na cerimônia.

“Ele veio para somar a esse time de craques. Nossa! Deixa a gente sem palavras. Muito bom para ele e para a família. É o tipo de coisa que não tem preço”, destaca o pai de Nenê.

Além de seu Valdir, estiveram na cerimônia a mãe do jogador, a esposa, os filhos e amigos próximo.

“Um reconhecimento desses em um dos maiores estádios de futebol do mundo é uma honra muito grande. Agradecer a Deus, minha família e amigos. O maior ídolo do Vasco está aqui prestigiando [Roberto Dinamite]. Poder proporcionar isso aos meus filhos, inspirar as crianças? Eu faço por amor. Eu estou jogando até hoje porque sou apaixonado pelo futebol”, disse Nenê na ocasião.

Fonte: Uol

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