Oswaldo de Oliveira afirma que o Vasco faria um grande 2001 se ele não fosse demitido

O técnico Oswaldo de Oliveira ainda relembrou a sua saída em 2000, garantiu que não fez nada errado e revelou que voltaria se pedissem.

Oswaldo de Oliveira ao lado de Romário em 2000
Oswaldo de Oliveira ao lado de Romário em 2000 (Foto: Julio César Guimarães / Lancepress)

Muitos podem não se lembrar, mas Oswaldo de Oliveira, técnico com passagens em clubes como Corinthians e Botafogo, quase escreveu o seu nome na história do Vasco da Gama. Ele esteve à frente do Gigante na campanha da Copa João Havelange e da Copa Mercosul de 2000.

Entretanto, acabou demitido de forma polêmica na já na reta final das competições e deu espaço para Joel Santana. Em participação no podcast Pod Rolar, o comandante foi convicto ao dizer que, se continuasse à frente da equipe vascaína, o ano seguinte, em 2001, seria ainda mais grandioso.

– Se tivéssemos continuado, se não houvesse aquela interrupção abrupta que houve, o Vasco no ano seguinte, em 2001, faria uma campanha maravilhosa porque aquele time iria amadurecer e eu estava conseguindo administrar as discrepâncias e fazendo os caras se gostarem. Ia ser maravilhoso aquilo. Você não tenha dúvida que o Vasco de 2001 seria tão bom ou melhor que o Corinthians de 1999, pelos valores que tinha. A gente já estava trabalhando para trazer outros valores – contou o técnico.

Questionado sobre a demissão em si, Oswaldo de Oliveira garantiu que não fez nada demais, e estava fazendo sua obrigação como técnico. O profissional repudio a forma como tentaram intervir em seu trabalho com a tentativa de trocar horário do treino. Na época, falou-se bastante que foi um atrito com o ex-presidente Eurico Miranda.

– Não fiz nada demais! Só não aceitei uma determinação que não interferiria em nada fosse alterada porque dei um abraço num treinador (Luiz Felipe Scolari) ou por outro motivo qualquer que as pessoas alegaram na época. Isso é inadmissível! Sempre disse o seguinte: o dirigente te contrata e te descontrata. Então ele é soberano quanto a você estar ou não, mas, no momento em que você está, você é soberano, tem que decidir. Tenho que assumir os encargos do que estou fazendo. A responsabilidade é minha. Quando ganho um jogo, divido com os jogadores, mas, quando perde, assumo a responsabilidade – relembrou Oswaldo, que completou dizendo que recebeu apoio do elenco e ainda revelou que voltaria se pedissem:

– Não pode chegar o diretor e dizer: “Não estou satisfeito com o resultado do jogo. Por isso, troca o horário do treino”. Isso não pode acontecer. Estava muito otimista (que o Vasco conseguiria a classificação na semifinal contra o Cruzeiro fora). Nosso time era muito bom. Não tenha dúvida disso. Todo mundo tentou (trazê-lo de volta ao Gigante), Luisinho Quintanilha, que guardo no coração, Jorginho, Helton. Júnior Baiano foi na minha casa. Não era eu que precisava tomar uma atitude. Se ligassem para mim e dissessem para voltar, eu voltava na hora. Eu só falei que não iria mudar, disseram que eu estava fora e eu dei as costas e fui embora. Não fiz nada para sair do Vasco, muito pelo contrário. Estava cumprindo com a minha obrigação de treinador. Já tinha feito aquela programação há muito tempo.

2001

Sem Oswaldo de Oliveira, em 2001, o Cruzmaltino teve um ano sabático após vencer o Campeonato Brasileiro e a Copa Mercosul. Por exemplo, não passou nem perto de defender os títulos, parando na fase de classificação na primeira, com a modesta 11ª colocação, e sequer passou da fase de grupos na segunda, mesmo caso que no Rio-São Paulo. No Estadual, foi vice-campeão para o Flamengo e, na Libertadores, após uma grande campanha inicialmente, decepcionou no mata-mata.

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