Oscilação vira drama e Vasco amarga 7º jogo sem vitória

Vasco da Gama ainda não sabe o que é vencer desde a retorno do futebol após a disputa do Mundial de Clubes.

Diniz em jogo do Vasco contra o Botafogo
Diniz em jogo do Vasco contra o Botafogo (Foto: Mateus Bonomi/AGIF)

Não foi desta vez que o Vasco se reconciliou com as vitórias. Em mais uma atuação repleta de altos e baixos, sucumbiu ao bom time do Mirassol, que melhorou bastante depois do intervalo e oscilou menos que os cariocas. A etapa final foi muito emocionante e movimentada, com direito a cinco gols em um intervalo de 32 minutos. O Leão dormirá na histórica 5ª posição do Brasileirão.

O Cruzmaltino fez um bom início de jogo. Gerou dificuldades incomuns ao Mirassol na condição de mandante, mas segue com curvas muito bruscas de desempenho. Já tinha caído na segunda metade do 1º tempo. Voltou do intervalo com problemas defensivos, levou dois tentos, foi buscar um improvável empate rapidamente. Quando parecia mais perto da virada, cedeu outro gol no final.

Escalações

Rafael Guanaes contou com os retornos do zagueiro João Victor e do volante Danielzinho. Manteve a estrutura do restante da equipe. Um 4-3-3 com Edson Carioca e Negueba nas pontas. Reinaldo foi o desfalque e Felipe Jonatan estreou na lateral-esquerda.

Fernando Diniz não pôde contar com Léo Jardim e Paulo Henrique. Daniel Fuzato foi o goleiro e Puma Rodriguez o lateral-direito. João Victor seguiu formando a defesa com Maurício Lemos. Philippe Coutinho voltou a ser titular depois de 20 dias. David foi para o banco.

O jogo

O Vasco foi um pouco melhor que o Mirassol durante os 46 minutos de 1ª etapa no Maião. Por mais que o time da casa também tenha gerado perigo ao gol de Daniel Fuzato, o Cruzmaltino acabou executando sua proposta com maior capacidade e por mais tempo. Ela consistia em dominar os anfitriões com a bola nos pés. Superou bem algumas pressões rivais e forçou erros na saída do Leão.

Hugo Moura e Philippe Coutinho fizeram Walter trabalhar nas duas principais finalizações dos cariocas. Rayan também foi agudo e arrematou duas vezes. A eficiência nas conclusões, no entanto, principal defeito do time nas últimas partidas, voltou a ficar longe do ideal. Já nos donos da casa, Danielzinho, Edson Carioca e Lucas Ramon foram os autores dos chutes mais contundentes.

O Gigante da Colina subia a marcação com referências individuais nos primeiros minutos. Sem sobra na defesa. O Mirassol demorou a entender qual era melhor maneira de superar o cenário. Depois de cometer erros, fez algumas ligações diretas para ganhar ”primeira” e ”segunda” bola, e permanecer no campo de ataque. Ao conseguir objetivo, mostrou o porquê é a grande sensação da competição.

Gabriel e Danielzinho se mexeram de forma incessante na intermediária ofensiva. Buscaram infiltrações perigosas na área e associações com pontas e laterais. O primeiro pela esquerda e o segundo pela direita. Lucas Ramon e Felipe Jonatan aos poucos subiam e ocupavam os flancos. Liberavam diagonais de Edson Carioca e Negueba na direção da área.

Neste cenário o Vasco teve um pouco mais de dificuldade. Mas protegeu bem a área com Lemos e João Victor e não permitiu chances reais aos mandantes. Tchê Tchê era peça importante na puxada de algumas transições ofensivas, nas saídas de pressão, e por se mover por todo o meio-campo. Esteve envolvido nas principais jogadas ofensivas da equipe.

Vale destacar também o bom trabalho defensivo dos zagueiros do Mirassol. Cortaram passes perigosos e bloquearam finalizações. Jemmes ainda acrescentou na saída de bola quando a pressão do Vasco caiu de intensidade. Fernando Diniz pôs Thiago Mendes no intervalo. Hugo Moura saiu.

O Mirassol voltou melhor do intervalo. Foi a vez dos donos da casa conseguirem sair bem das pressões que o Vasco tentava no campo de ataque. Com bola de pé em pé e apoios constantes aos zagueiros e laterais, progrediu no gramado com qualidade e chegou a ter um gol de Gabriel bem anulado logo no primeiro minuto.

A intensidade da pressão vascaína não era a mesma, e isso ficou nítido na jogada que gerou o primeiro tento ao Leão. O time da casa saiu da defesa ao ataque, da esquerda para a direita, com boa troca de passes, velocidade e agressividade para aproveitar os espaços que surgiram no campo de defesa cruzamltino. Negueba recebeu de Lucas Ramon e bateu de longe para a falha de Daniel Fuzato.

O domínio do Mirassol ficou ainda mais evidente na sequência. O time manteve a postura ofensiva e foi somando chegadas perigosas. Aproveitou um erro de passe de Lemos e o escorregão de João Victor na saída de bola visitante para aumentar o placar. Edson Carioca conduziu e serviu Gabriel, que escorou para Chico da Costa marcar.

Lemos foi sacado logo depois, assim como Nuno Moreira, que esteve muito apagado. Jair e David entraram. Thiago Mendes, contratado para dar mais imposição e qualidade ao meio-campo, virou zagueiro. Não restou outra alternativa ao Vasco a não ser se lançar ainda mais ao ataque.

Sofreu contragolpes perigosos, mas conseguiu empatar rapidamente a partida no poder ofensivo de seus laterais. Lucas Piton fez dois ótimos cruzamentos na segunda trave. Puma Rodriguez atacou as costas de Felipe Jonatan e marcou de cabeça. Na sequência, o uruguaio recebeu nova bola alçada pelo brasileiro e escorou para Vegetti empatar na pequena área.

Reação positiva do Vasco, que não se abateu diante do início ruim de 2ª etapa e puniu rapidamente a breve queda de concentração dos anfitriões. Alesson e José Aldo foram as duas primeiras mexidas de Rafael Guanaes, já depois dos 30 minutos. Edson Carioca e Neto Moura deixaram o gramado.

Pouco depois foi a vez do inseguro Felipe Jonatan e de Negueba saírem. Daniel Borges e Carlos Eduardo entraram. Philippe Coutinho deu lugar a Loide Augusto no time carioca, que voltou a ser melhor. Ganhou confiança e poderia ter virado o jogo. Vegetti se antecipou a Walter em novo cruzamento de Piton e raspou de cabeça para fora.

Quando parecia mais perto de fazer, e não de sofrer um gol, o Vasco mostrou toda a sua inconstância mais uma vez. Deu espaços pela esquerda da defesa em uma inversão de jogo do Mirassol, e Carlos Eduardo cruzou rasteiro para Alesson marcar. Ambos haviam acabado de entrar. Os dois laterais do Cruzmaltino foram mal no lance, assim como Loide Augusto, totalmente perdido em campo.

Abalado nos minutos finais, o Vasco não conseguiu gerar uma pressão efetiva, e quase entregou o quarto gol ao adversário em falha de saída de bola de Daniel Fuzato. Se Santos ou Fortaleza vencerem seus jogos na rodada, o Gigante da Colina entrará no Z4.

Fonte: Globo Esporte

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