Organizadas de Flamengo e Vasco são suspensas e PM admite erros no policiamento

As torcidas organizadas Raça Rubro-Negra, Jovem Fla e Força Jovem Vasco são suspensas dos estádios por 90 dias.

Festa da torcida no Maracanã x confrontos nas ruas
Festa da torcida no Maracanã x confrontos nas ruas (Foto: Daniel Ramalho/Vasco e Reprodução)

A Polícia Militar admitiu falhas no policiamento antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no domingo, no Maracanã, e anunciou o afastamento, por 90 dias, de três torcidas organizadas dos clubes dos estádios do Rio (no Rio de Janeiro a presença de algumas organizadas é definida pelo Grupamento Especial de Estádios da PM; leia mais abaixo).

Pancadarias no entorno do estádio deixaram 1 morto e ao menos 7 pessoas hospitalizadas. Duas delas seguem internadas em estado grave.

Nesta terça-feira (7), em entrevista ao RJ1, o porta-voz da corporação, o coronel Marco Antônio Andrade Santos, confirmou que “a instituição identificou deslizes na escolta e segurança do clássico”.

Investigação dos erros

Ele afirmou que os “erros já estarão sanados” e que instaurou “um procedimento operatório interno” para indicar quem cometeu ou permitiu o problema. O porta-voz não informou quais serão as punições para os agentes que erraram na condução do planejamento.

Questionado sobre agentes do 15º BPM (Duque de Caxias) que escoltaram torcedores do Flamengo, que carregavam paus, porretes e alguns mascarados (veja vídeo abaixo), Marco Andrade disse que foi um “erro”.

“O reforço do policiamento acontece na Região Metropolitana e em diversos locais que tem concentração de torcida, como a imagem que você acabou de citar. Foi identificada exatamente esse erro e as providências serão tomadas para que esse tipo de problema não aconteça”, destacou.

Punição a torcidas

À TV Globo, o tenente-coronel Wagner Ferreira Marques, que é do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (Bepe), informou que as torcidas organizadas Raça Rubro-Negra, Jovem Fla e Força Jovem Vasco serão impedidas de entram nos estádios por três meses.

“Hoje foi comunicada (a informação do afastamento). É uma sanção administrativa, um afastamento de 90 dias em virtude dos fatos que aconteceram no último jogo”, disse Ferreira Marques.

Sobre o jogo entre Flamengo e Fluminense, nesta quarta-feira (8), pelo Campeonato Carioca, o tenente-coronel afirmou que o time das Laranjeiras não pediu escolta para chegar até o Maracanã.

“A torcida do Fluminense hoje, em reunião com o Bepe, não pediu nenhum tipo de escolta. Eles vão chegar ao estádio (sozinhos), foram orientados sobre as medidas, sobre os riscos que eles podem sofrer caso ocorra alguma coisa semelhante ao último jogo. A gente acredita que, com certeza, a gente vai fazer um policiamento de sucesso”, informou.

Contudo, Ferreira Marques não admitiu que seus comandados falharam na segurança dos torcedores.

“Não houve falha por parte do Bepe. Lógico, a gente trabalha em conjunto com todas as outras unidades, mas todo o planejamento foi executado. Previstos dentro do estabelecido por parte nossa”, destacou.

Sobre o jogo desta quarta, o tenente-coronel informou que haverá um policiamento maior e que a torcida organizada do Flamengo não será escoltada. Já que está proibida de entrar no Maracanã.

“Para amanhã, muda a situação em relação as escoltas de torcidas. No caso, a gente estabelece uma escolta prévia, com reunião com as torcidas organizadas. Então, o Flamengo não vai ser escoltado, haja vista esse afastamento de 90 dias. Por sua vez, a torcida do Fluminense abdicou da escolta. Então, acredito que isso é uma mudança que vai causar um efeito muito grande, até em virtude dos jogos anteriores que as torcidas se encontravam. Acredito que amanhã o jogo não vai ter nenhum tipo de problema no que tange a confronto de organizadas”, destacou.

Novo TAC permitiu volta de organizadas

Banidas dos estádios desde 2011 por força de um Termo de Ajustamento de Conduta, as torcidas Fúria Jovem (Botafogo), Raça Rubro-Negra e Torcida Jovem (Flamengo), Young Flu (Fluminense) e Força Jovem (Vasco) puderam voltar aos estádios este ano através de um novo termo com o Ministério Público e Forças de Segurança, que contou com a participação da Alerj (que fez um projeto de lei permitindo a chamada anistia).

O termo estabelece punições para agremiações envolvidas em novos atos de violência e que a PM seria responsável por ações de prevenção de violência nos estádios. O órgão da PM responsável por definir esse planejamento – e, na prática, a presença de determinadas organizadas – é o Grupamento Especial de Policiamente em Estádios (GEPE).

Fonte: G1

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