O amargo lado ‘positivo’ da derrota para o São Paulo

A derrota vexatória para o São Paulo expôs, antes de jogo decisivo, que o esquema com Dimitri Payet e Philippe Coutinho não funciona.

Rafael Paiva durante jogo em São Januário
Rafael Paiva durante jogo em São Januário (Foto: Alexandre Durão)

Ninguém gosta de perder. Em nenhuma ocasião. Mas é fato que todo derrota seja na vida ou no esporte traz um aprendizado. Não adianta chegar aqui e apontar os motivos do revés para o São Paulo, por motivos de ao longo das últimas horas muita gente já fez, análises que podem ser encontradas aqui no Vasco Notícias.

A intenção de quem vos fala, Willams Meneses, é tentar buscar um lado que talvez não tenha sido tão abordado. Já xinguei, lamentei, culpei e tudo mais que qualquer vascaíno fez após a melancólica derrota. Agora, horas depois da partida, paro para pensar e chego a conclusão de que poderia ser ainda pior, mesmo que o resultado negativo ligue um alerta amarelo em relação à parte de baixo na tabela do Brasileirão.

Pensando na Copa do Brasil, o teste frustrado na escalação ocorreu na ‘hora certa’. Há muito tempo, uma parcela da torcida pedia Philippe Coutinho com Dimitri Payet entre os titulares, o que foi realizado diante do São Paulo. Além disso, considerando o plantel à disposição, tecnicamente, Rafael Paiva teve em campo o de melhor do plantel.

O problema está na funcionalidade. Coutinho parece longe de estar em sua melhor condição física. Payet, embora pareça bem fisicamente, tem deixado a desejar tecnicamente há muito tempo, somado a que, taticamente, pouco contribui. Outro ponto a ser considerado é que Pablo Vegetti, matador nato, quando sai da área, com todo respeito, ajuda muito pouco embora tente.

Considerando todos os três, o Vasco fica com três a menos na recomposição defensiva, o que costuma custar caro no futebol atual. Você pode considerar que o time ‘tirou o pé’ no jogo, é possível, mas penso que é a prova que não funciona esse esquema. Uma pena se considerar os nomes em campo.

Dito isso, ainda bem que o teste dessa formação não aconteceu no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, que será na noite deste sábado (19), às 18h30min, em São Januário. Para tentar reverter a desvantagem de 2 a 1, no confronto de ida, na MRV Arena, o Gigante precisará entrar em campo com uma escalação mais funcional, sem pelo menos um dos três citados.

Nomes em baixa

Para ser justo com Rafael Paiva, as opções no plantel são bem escassas, não resta dúvidas, mas justamente pela qualidade inferior que o Cruzmaltino não pode dispensar um time mais combativo. Um dos motivos é para suprir o tão problemático sistema defensivo, que sucumbiu contra o São Paulo. O técnico barrou o questionado Léo, mas foi a vez de Maicon e João Victor falharem.

Falando em falha, o frango de Léo Jardim, que embora tenha muito crédito, não pode passar em branco por justiça. Nas laterais, Lucas Piton reforçou a péssima fase com uma atuação lamentável sendo nulo ofensivamente, com um apoio defensivo bastante problemático. Já Paulo Henrique, foi bem nos minutos em que esteve em campo, mas foi sacado para o segundo tempo.

Essa substituição, inclusive, pode ser classificada como errada, seja ou não com motivo de poupá-lo. O substituto, Puma Rodríguez, contribuiu de forma direta para os dois últimos gols do São Paulo no 3 a 0, primeiro falhando ao lado dos dois zagueiros na marcação de Lucas Moura, além de ter marcado mal na jogada de Wellington Rato, que terminou no escanteio que originou o terceiro gol.

Digo, portanto, que foi uma substituição errada do Rafael Paiva, que já se vê pressionado com a somatória de mais de um mês sem vitória. Agora o Vasco precisa sacudir a poeira e tentar uma vaga na final da Copa do Brasil. Se não for possível, caberá ao comandante fazer a equipe vascaína somar os pontos necessários para terminar o ano tranquilo, sem pensar em Z4 ao menos.

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