Nuno Moreira explica motivos que o fizeram sentir-se em casa no Vasco
Uma das principais contratações do Vasco da Gama 2025, Nuno Moreira está adaptado ao Rio de Janeiro e explica a razão.

Nuno Moreira chegou ao Vasco no início de março. Há menos de três meses, portanto. Mas quem vê o português em campo, com gols e jogadas de muita personalidade, jura que ele está no Rio de Janeiro há mais tempo. O atacante de 25 anos foi de jogador desconhecido a titular indiscutível e peça essencial da equipe num piscar de olhos.
Nesse pouco tempo, Nuno virou o dono da ponta esquerda do Vasco. Já disputou 18 jogos (16 como titular), marcou quatro gols e contribuiu com duas assistências. Foi uma adaptação muito rápida para quem nunca havia jogado fora de Portugal. Ao se referirem a ele, seus companheiros de equipe costumam dizer que parece o português está no Brasil há anos.
Em entrevista ao ge, Nuno Moreira explicou os motivos que o fizeram sentir-se em casa no Vasco em tão pouco tempo. Ele mora próximo ao CT Moacyr Barbosa junto com a namorada Inês Afonso – recentemente, o casal trouxe a cadelinha Teide, que num primeiro momento havia ficado em Portugal.
– O que tem nos ajudado muito é em relação ao país, porque é muito parecido com Portugal – acredita ele.
– E depois, também, a qualidade da equipe me ajuda muito. Porque jogo com jogadores de qualidade ao lado, gente superboa que, quando cheguei, me perguntou se eu já tinha encontrado casa, como eu estava me adaptando ao Brasil. Se pudessem me ajudar em alguma coisa, me ajudavam. Me sentindo bem, eu consigo desempenhar minhas funções em campo. Estou muito feliz – completou.
Nas redes sociais, ele e a namorada registram a vida além de jogos e treinos. Nuno e Inês vão à praia com frequência, conheceram o Cristo Redentor e vão sempre a shoppings e restaurantes. Eles estão tão encantados com o Rio de Janeiro que não vão a Portugal durante a folga que o Vasco dará aos jogadores na Copa do Mundo de Clubes. Em vez disso, vão ficar para conhecer a cidade e outros locais próximos.
– Vamos para Búzios ou Angra (risos) – revelou.
– O calor nos faz querer sair mais de casa, nós adoramos calor. Moramos na beira da praia, queremos aproveitar essas coisas que o Rio traz. Fomos ver o Cristo, queremos conhecer ainda mais coisas. Ela (Inês), como tem mais tempo que eu, tem aproveitado para conhecer o Rio. Estou à espera das folgas em junho para conhecer mais – completou.
“Não consegui ver mais”
Na vitória sobre o Operário na decisão por pênaltis, que classificou o Vasco para as oitavas de final da Copa do Brasil, Nuno Moreira não participou das cobranças porque havia sido substituído no segundo tempo. Em vez disso, assistiu à disputa em pé na área técnica. Ou melhor, tentou.
Depois da vitória, viralizou a imagem de Nuno escondido atrás de Biro, um dos funcionários do Vasco, nas últimas cobranças.
– No início, eu disse: “Não, eu vou olhar porque temos que encarar as coisas de frente”. Comecei a ver os pênaltis. Mas depois que o PH perdeu, eu não consegui ver mais, fui para trás do Biro. Só rezei a Deus para nos ajudar. Felizmente o Léo conseguiu defender, o Loide marcou. Consegui ver até quando estava bem controlado, depois não consegui mais – explicou.
Coutinho: “É um grande jogador”
Desde a chegada de Nuno Moreira ao Vasco, Philippe Coutinho não apenas ganhou companhia na responsabilidade de criar as jogadas no ataque como também passou a ter um concorrente nos golaços de “chapa”. O português marcou dois belos gols num chute que é a especialidade do craque ex-Liverpool e seleção brasileira.
Os gols no empate em 1 a 1 com o Operário, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, e o que abriu o placar da vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza, embora tenham sido marcados de lugares diferentes do campo, tiveram em comum o jeito como Nuno pegou na bola: uma chapada cheia de efeito.
– Realmente o Nuno tem feito isso muito bem, com certeza vão sair mais gols assim. A posição ali é propícia a isso. É um grande jogador -elogiou Coutinho.
– É um jogador que chegou para ajudar muito. Às vezes a gente fala, parece que ele está no Brasil há anos, nem precisou de adaptação. É um grande jogador, como outros têm chegado para ajudar e dividir a responsabilidade dentro do campo. Isso é bom para todo mundo, cada um faz sua parte – concluiu o camisa 11.
Fonte: Globo Esporte