Negociação está suspensa mas o Vasco mantém o nome da Caixa na camisa
O Vasco tenta um aumento de R$ 15 milhões para R$ 20 milhões, o que é considerado muito difícil até mesmo pela atual gestão vascaína.
Apesar de não ter mais contrato com o banco público desde agosto do ano passado, o Vasco mantém a marca da Caixa Econômica Federal para o início da temporada. No clássico desta noite com o Flamengo, que também é patrocinado pela CEF, a camisa cruz-maltina ainda terá estampada “Caixa”. Hoje, as tratativas estão paralisadas, pois ainda há indefinição das diretrizes econômicas do governo, que faz ajustes em gastos públicos e anuncia medidas de reestruturação no banco que patrocina 13 clubes brasileiros.
Além do Vasco, o Atlético-GO também conta com mais um período de cessão da marca. O dispositivo contratual permite aos dois clubes, mesmo sem contrato vigente, atuar com o patrocínio master até que haja definição – de renovação ou não da parceria – das negociações entre as partes. Pelo primeiro ano de contrato, o Vasco recebeu R$ 15 milhões. A última cota – recebida no início desse ano – dependia das certidões positivas com efeito de negativa que a administração Eurico Miranda conseguiu no fim do ano passado.
O Vasco tenta um aumento de R$ 15 milhões para R$ 20 milhões, o que é considerado muito difícil até mesmo pela atual gestão vascaína. A diretoria deve oferecer o espaço das costas – anteriormente ocupada pela Nissan por R$ 7 milhões anuais – para aumentar as chances de reajuste no contrato com a Caixa. Em entrevista recente, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, mostrou confiança em renovar com o banco estatal.
– Acho que não vai ter problema, não (na renovação). A gente só pode falar depois das coisas concretas, mas, em princípio, pelas conversas que tivemos, não acredito em problemas (para seguir com a Caixa) – disse Eurico no início de janeiro.
O outro patrocinador que segue na camisa vascaína pelo menos até o fim de fevereiro é do Guaraná Tron, da empresa Guaracamp. A marca ocupa as mangas da camisa do clube até o fim de fevereiro, quando se encerra o primeiro ano de parceria. Ano passado, a empresa de marketing esportivo do irmão do candidato presidencial Julio Brant intermediou, com a antiga direção vascaína, a parceria que rendeu R$ 4 milhões em 12 meses de exposição. Na semana passada estava prevista uma nova reunião para discutir a renovação da parceria, mas o encontro terminou sendo adiado.
O clube chegou a ser procurado pela Viton 44, que hoje patrocina Botafogo, Fluminense e Flamengo, mas a alta pedida deixou um acerto mais distante. Em entrevista para a Folha de S. Paulo, o dono da Viton 44, Neville Proa, disse que segue em negociação com o Vasco. A Guaracamp, porém, tem direito de preferência. Ou seja, ela pode igualar proposta de uma concorrente e manter a parceria com o Vasco.
Globo Esporte