Motivo da crise: Vasco teria negado pedido do elenco por treinos menos intensos
Jogadores do Vasco teriam pedido redução da carga de trabalho nos treinos após 12 jogos invictos, mas não fora atendidos.

Após uma sequência de 12 jogos com apenas uma derrota, jogadores do Vasco teriam solicitado a redução da carga de trabalho nos treinamentos, pedido que, segundo relatos de bastidores, não foi atendido pela comissão técnica nem pela diretoria.
A negativa abriu espaço para um clima de insatisfação dentro do elenco, que passou a questionar a rotina de treinos, o comportamento e o temperamento do técnico Fernando Diniz.
De acordo com informações divulgadas pela página Na Torcida Vascaínos, o presidente Pedrinho e a comissão técnica se mostraram dispostos ao longo da temporada a atender diversas demandas dos atletas. Em pelo menos três momentos, durante as paralisações do Campeonato Brasileiro, o Clube concedeu dois ou mais dias de folga ao elenco, mediante o compromisso de dedicação total nos treinos e partidas.
Mesmo com as concessões anteriores, o novo pedido de diminuição do ritmo de trabalho foi rechaçado. A decisão aumentou o descontentamento de parte dos jogadores, que passou a demonstrar resistência ao modelo de treinamento aplicado por Diniz. Isso desencadeou desentendimentos não apenas com a comissão técnica, mas também entre os próprios atletas.
O grupo acabou se dividindo entre aqueles que apoiam a metodologia do treinador e os que se opõem ao formato de trabalho implementado. A instabilidade nos bastidores rapidamente refletiu dentro de campo, e o Vasco entrou em uma sequência de cinco derrotas consecutivas no Brasileiro, reacendendo o alerta sobre o desempenho da equipe.
Em meio à queda de rendimento, membros de uma torcida organizada reforçaram seu apoio a Fernando Diniz e à diretoria, deixando claro aos jogadores que esperam comprometimento total na parte final da temporada. O movimento aumentou a pressão interna num momento decisivo para o Cruzmaltino.
Agora, a grande incógnita é se o elenco conseguirá superar as divergências internas e reencontrar equilíbrio técnico na reta final do Campeonato Brasileiro, na qual o Vasco ainda corre risco de rebaixamento, e nas semifinais da Copa do Brasil, onde a regularidade e foco serão determinantes para seguir vivo na competição.