Mosquito isola-se à espera de contrato

Mosquito espera que o Vasco lhe ofereça um vínculo compatível com a importância de quem foi artilheiro e melhor jogador do Sul-Americano Sub-15.

No dia 6 de janeiro, quando completou 16 anos, Mosquito ganhou uma viagem para Angra. Mas ficou faltando o presente que mais queria: um contrato com o Vasco. Ontem, o atacante, jovem promessa do clube, reapareceu para dizer que jamais desapareceu. Está voando por aí, esperando que o Vasco lhe ofereça um vínculo compatível com a importância de quem foi artilheiro e melhor jogador do Sul-Americano Sub-15, em dezembro, no Uruguai, com a camisa da Seleção.

O clube acusa-o de ter sumido há quatro meses, desde sua sétima convocação para a seleção brasileira. E Mosquito ressalta que em dezembro recebeu do Vasco pela última vez a verba de R$ 1,8 mil, ajuda de custo atrasada, referente ainda ao mês de julho.

— Tenho treinado sozinho, na praia e na academia. Quero permanecer no Vasco, mas paciência tem limite. E a minha acaba nesta semana — diz, estabelecendo o prazo para que um contrato lhe seja apresentado.

Empresários do Grupo Haz, entre eles, Gustavo Arribas e Cacau Barbosa — que intermediou a venda de Philippe Coutinho para a Inter de Milão —, estão assumindo Mosquito, que por ora desistiu da salsicha e da carne moída servidas aos garotos da base do Vasco. Já houve duas conversas com Roberto Dinamite e, até agora, nenhum acordo no papel.

O rapaz, que fez 12 gols no Sul-Americano do Uruguai, deixou de ir aos treinos em Itaguaí e São Januário, e refugia-se no imóvel de dois quartos, alugado, no Pechincha, Jacarepaguá, ao lado da mãe, a enfermeira Andrea, e do padrasto, o comerciante Jeverson, ex-volante do Cruzeiro e Madureira.

Mosquito, ou Thiago Rodrigues da Silva, nasceu em Nilópolis e, criado na Cidade de Deus, carrega outro capítulo triste de sua história: a prisão do pai, Alcides, por tráfico de drogas. Condenado a mais de 30 anos de prisão e enclausurado no complexo de Bangu, o pai jamais viu o filho jogar.

— Só visitei-o no início da pena. O ambiente é ruim. Meu pai não pode me ajudar e também não atrapalha. Mas é meu pai. Não há vitória sem luta. Quero chegar ao time profissional, continuar na Seleção e ajudar a família — encerra Mosquito, buscando fôlego para seguir voando alto.

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