Mercosul 2000: Joel aposta em “ódio” de Viola ao Verdão e se dá bem

Joel Santana - Quer saber: vou colocar o Viola. O negão era do Corinthians. Logo, não gosta do Palmeiras.

Na noite de 20 de dezembro de 2000, o Vasco conseguiu uma das maiores façanhas de sua história, ao derrotar, de virada, o Palmeiras por 4 a 3 e levantar o troféu da Copa Mercosul. Contudo, poucos sabem que o Corinthians, rival alviverde, foi essencial para aquela conquista.

Embora estivesse na decisão do torneio continental e na semifinal do Brasileiro, o Vasco passava por uma crise. Quatro dias antes, o então manda-chuva do futebol cruz-maltino, Eurico Miranda, havia demitido o treinador Oswaldo de Oliveira, que desobedeceu uma de suas muitas ordens.

Para seu lugar, o ex-deputado encontrou uma solução quase que caseira e anunciou Joel Santana. Com pouco tempo, o técnico não inventou e repetiu a equipe que, no sábado anterior, havia empatado em casa com o Cruzeiro, no duelo de ida da semifinal do Nacional.

Contudo, os jogadores do Vasco deram provas de que estavam afetados pelo conturbado momento e levaram um passeio do Palmeiras no primeiro tempo. O Verdão foi para os vestiários vencendo por 3 a 0, no Parque Antarctica, e ninguém imaginava que o título fosse escapar.

Atônitos e cabisbaixos, os vascaínos entraram no vestiário e não falavam nada. Com o pepino nas mãos, Joel Santana teve de mexer na equipe. Foi aí que o espirituoso técnico mudou o rumo do jogo.

Em vez de colocar em campo Pedrinho, promessa da equipe e que sempre entrava com Oswaldo, o treinador teve outra visão e optou por Viola.

– Quer saber: vou colocar o Viola. O negão era do Corinthians. Logo, não gosta do Palmeiras. Viola, meu filho, vem aqui que você vai entrar no lugar do Nasa.

Talvez essa tenha sido uma das grandes sacadas da carreira do treinador. Não por um possível ódio de Viola pelo Palmeiras, até porque o centroavante já tinha defendido o Alviverde. Mas porque o atacante incendiou a partida e deu o gás que o Vasco precisava para o feito histórico.

Com isso, com três gols de Romário e um de Juninho Paulista, o Gigante da Colina provou que “é o time da virada”, conforme canta sua torcida, e foi campeão ao aplicar 4 a 3 no Palmeiras.

Para coroar a estrela de Papai Joel, dias depois o time foi campeão brasileiro, sempre com Viola entrando de forma decisiva nos segundos tempos.

Fonte: r7

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