Médico que deu atestado à Wendel critica o Vasco e se diz massacrado

Jerônimo Moura reclama que está sendo massacrado pela sociedade e pela imprensa e critica o Vasco.

Jerônimo Moura tem 27 anos de medicina e agora passa pelo momento mais difícil da carreira. Foi ele quem deu o atestado médico que liberava a prática esportiva para Wendel Venâncio, o jovem que morreu durante um treino do time sub-15 do Vasco. O pediatra evita falar sobre o assunto até o laudo médico ser divulgado. No entanto, reclama que está sendo massacrado pela sociedade e pela imprensa, critica o Vasco e faz um desabafo.

“Estou em pânico. A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. Quando você está mal, ninguém te tira do abismo. A mídia só quer o sensacionalismo. Fica todo mundo cobrando, comentando”, afirmou.

Jerônimo afirma com veemência que o jovem estava saudável e bem clinicamente após exames de rotina, como medir a pressão e auscultar o coração. A prova, segundo ele, é que Wendel era atleta havia sete anos e nunca apresentou qualquer problema de saúde.

“Se tivesse visto qualquer coisa errada, não daria o atestado. Sou médico há 27 anos, nunca brinquei, nunca fiz atestado à distância. Visito as creches, olho tudo, até se a criança tem micose”.

O médico fazia o trabalho apenas para ajudar os jovens da escolinha que o técnico Marco Aurélio Ayupe coordena na cidade de São João Nepomuceno, a 300km de Belo Horizonte. Mas já parou de atender as crianças depois do episódio. Agora, vai continuar com o emprego apenas nos hospitais e postos de saúde de Bicas, onde mora, também no interior do estado.

Para superar a situação difícil, Jerônimo vem buscando apoio na família e nos amigos mais próximos. Sua maior chateação é com os jornalistas, especialmente após ouvir de um deles que o jovem tinha um ‘mero papel’, em referência ao atestado médico.

Ele quer se pronunciar apenas após o laudo, mas se defende. “As pessoas jogam a responsabilidade para os outros sem saber o que aconteceu. Ninguém sabe se a criança comeu ou não comeu, se tinha ambulância, se não tinha, se tinha médico, se tomou medicação, estimulante”, disse.

“A intenção era a melhor possível, ajudar o menino a ir para o Rio de Janeiro e ter uma vida melhor. Se eu soubesse o que aconteceria, que o jovem estaria a 70 km do Rio de Janeiro nessas condições, não tinha enfiado minha mão nessa cumbuca”, afirmou.

Wendel estava radiante após conseguir um teste no Vasco no início do mês. Mas a alegria duou pouco. Na última segunda-feia, ele morreu ao sofrer um mal súbito no campo durante um treino no CT Pedrinho Vicençote, onde a equipe sub-15 treina em Itaguaí-RJ.

uol

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