Maurício Barbieri pede paciência à torcida do Vasco após perder 1º teste na temporada

O técnico Maurício Barbieri pediu paciência e calma aos torcedores do Vasco da Gama após perder para o River Plate-ARG.

Barbieri em coletiva após Vasco x River Plate
Barbieri em coletiva após Vasco x River Plate (Foto: Emanuelle Ribeiro)

Após a derrota do Vasco para o River Plate, da Argentina, por 3 a 0, Maurício Barbieri comentou a partida. O técnico pediu paciência e calma aos torcedores vascaínos, tendo em vista que este é o “primeiro rascunho” do time.

– Eu peço que ele (torcedor) tenha um pouquinho de equilíbrio, entenda que essa não é a versão final do Vasco. É uma primeira versão, é o primeiro rascunho – pediu Barbieri. E revelou o planejamento desenhado para o meia Nenê:

– A situação do Nenê foi uma de decorrer do jogo. A expectativa é que, quando o Alex estiver em condição, ele entrar nessa posição do Nenê, tentar revezar com ele. O Alex não foi nem para o banco hoje, porque a gente ainda está aprimorando a parte física. Tinha dúvida de como o Nenê ia se comportar até o final, mas ele tentou, lutou e conseguiu sustentar relativamente bem.

A goleada sofrida pelo Vasco se deu muito por conta da experiência do River Plate. Apesar da recente chegada do técnico Martín Demichelis, o time argentino é entrosado por jogar junto há algum tempo. Para Barbieri, este fator foi fundamental para o resultado do amistoso.

– O que determinou o resultado, na minha opinião, é a maturidade da equipe do River. O número de finalização foi até parecido, mas eles muito mais eficientes, tranquilos e com mais ritmo. Agora é avaliar o jogo, cortar, ver aquilo o que fez de bom e tentar aprimorar. E aquilo que não foi bom tentar ajustar. Esse é o processo – disse o comandante. E completou:

    – A gente saiu de uma situação de fazer alguns jogos-treinos em casa para enfrentar um adversário que hoje é uma equipe muita pronta que a nossa. Nesse sentido, o resultado é claro que incomoda, mas não preocupa. Acho que durante o jogo a gente conseguiu mostrar comportamentos diferentes e ter muitas ações positivas.

    Confira mais respostas de Maurício Barbieri

    Pedro Raul

    – Ele tem liberdade para se movimentar, para buscar. O que aconteceu foi que o River em muitos momentos tentou adiantar a marcação e adiantava a linha. Isso fazia com que o Pedro tivesse que descer junto. Acho que ele se comportou bem, conseguiu segurar bolas difíceis contra zagueiros imponentes, até com mais capacidade física do que ele. Falta ainda o timing de jogo, de conseguir se conectar melhor com os meias. E ele conseguiu ter oportunidade dentro da área, como foi uma cabeçada no segundo tempo. Uma chance importante, e ele saiu chateado e frustrado. Faz parte do processo, e tenho certeza que ele vai nos ajudar com muitos gols.

    Crias da base

    – Em relação aos mais novos, acho que é natural, a gente tem alguns jogadores que estão pela primeira vez fazendo um jogo internacional, primeira vez enfrentando uma equipe desse nível, isso tem um peso e faz parte do aprendizado deles, assim como do aprendizado da equipe.

    O que faltou?

    – A gente criou um bom número de oportunidades, precisa ser mais eficiente. Conseguiu sufocar a saída do River, roubar bolas na frente. Falta roubar essa bola e conseguir agredir, que foi o que eles fizeram nos dois gols, um no primeiro final do primeiro tempo e outro no segundo tempo, duas roubadas de bola na nossa saída que determinaram o placar.

    Relevância do amistoso

    – Só enfrentando um adversário desse nível, desse quilate, que algumas coisas vão aparecer, vão ficar mais escancaradas, digamos assim, algumas situações. Eu acho que no geral, tirando o placar, o resultado final, tem muito mais coisas positivas do que negativas. A gente precisa ajustar onde errou, os espaços que a gente ofereceu, algumas tomadas de decisão ruins que a gente teve, que acabaram acarretando nos gols deles, mas é uma oportunidade importante para nós, assim como é o jogo contra o Inter Miami agora. Aproveitar da melhor maneira possível esse período para se testar, para arriscar, para se expor, e depois achar soluções.

    Time com jeito de Barbieri?

    – Acho que no geral o que a gente viu hoje foi uma equipe agressiva no sentido de incomodar o adversário e não deixar o adversário confortável para construir. Uma equipe que procurou também agredir quando tinha a bola, criar boas oportunidades e com um jogo bastante intenso.

    – Em algum momento o jogo ficou mais aberto do que a gente gostaria, mas isso é em função do ritmo. São situações do jogo. No geral, vamos manter essa cara de ser uma equipe agressiva, intensa e que busca a todo tempo o gol. Agora é aprimorar para buscar outras situações melhores.

    Oportunidades

    – Desde o primeiro momento a gente se propôs a apertar o River desde a saída. Nos primeiros 10 minutos, eles não tinham solução nenhuma. Acho que em alguns momentos do primeiro tempo eles conseguiram escapar, mas foram menos do que a quantidade de vezes que a gente conseguiu recuperar a bola no campo de ataque. No segundo tempo, a gente ainda ajustou isso mais ainda, tanto é que a gente roubou eu acho que duas ou três bolas boas para servir o companheiro já na cara do gol.

    – A gente acabou não conseguindo conectar esse passe, é uma proposta nova em relação ao que esses jogadores vinham fazendo e ao que os novos vinham fazendo em seus clubes. Eu acho que a gente, mesmo tendo menos a bola que o River, conseguiu produzir quase a mesma coisa se você olhar o número de finalizações. Então, a gente com menos conseguiu fazer tanto quanto, acho que isso é um ponto importante.

    Eficiência

    – Um ponto que sem dúvidas precisamos melhorar é a eficiência, pelo número de chances que tivemos, precisamos conseguir matar, fazer os gols e ajustar algumas questões defensivas, que eles conseguiram envolver, trocar um pouco mais de passes.

    – Como é um início de processo, eu hoje fiz as trocas muito mais em função do que estava programado em relação à parte física do que propriamente de leitura de jogo, do que o jogo necessitava. Por isso o Jair só entrou depois e Orellano. Eu sei que são jogadores que todo mundo tem uma expectativa muito grande, mas a gente está querendo ir com cuidado para não ocorrer o risco de ocorrer uma lesão. Isso envolve o Alex não ter jogado, o Ivan não ter feito a estreia.

    – Como a gente está com um grupo muito heterogêneo em função à condição física e ao tempo de chegada, não consigo te dar uma resposta mais precisa sobre quando vai estar pronto. A gente iniciou esse processo, iniciou bem, é um processo ainda em aberto, vamos ter mais chegadas, mais mudanças. A expectativa é que a gente seja cada vez melhor, que essa primeira versão de hoje no final do ano seja muito melhor.

    Fonte: Lance!

    2 comentários
    • Responder

      Este jogo no meu modo de ver não acrescentou em nada.
      Um time totalmente sem conjunto, fisicamente mal
      e sem padrão.
      Vamos aproveitar o Carioca o e preparar mais o time

    • Responder

      Concordo que temos que ter paciência ,afinal o elenco ainda está sendo montado ,com jogadores sendo apresentados dentro do avião ,sabemos que futebol é equipe ,é conjunto e, não si adquire com duas ou três semanas .Esta derrota frente ao River Plate ,não si pode considerar um desastre pois o time portenho tem esta base há mais de uma temporada ,mais temos que ter mais do que paciência para aceitar Miranda e não Anderson Conceição mais rodado .Individualmente ,o elenco teóricamente é superior aos anteriores ,mas não pode ir inventando formação .O time em campo mostrou o que era de si esperar falta de entrosamento ,portanto vamos ter paciência ,assim como Barbiere tem que ter paciência em não inventar .

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