Maurício Barbieri analisa vitória do Vasco contra o Botafogo; veja a entrevista coletiva

O técnico Maurício Barbieri analisou o desempenho do Vasco da Gama contra o Botafogo e cita fim de sequência negativa em clássicos.

Maurício Barbieri em jogo contra o Botafogo
Maurício Barbieri em Vasco x Botafogo (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Depois de nove derrotas seguidas em clássicos, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 0, na noite desta quinta-feira, no Maracanã. O time de Maurício Barbieri aproveitou expulsões de dois jogadores do rival para encerrar a sequência negativa. Assim como havia acontecido contra o Fluminense, a equipe vascaína criou boas chances de gol e, desta vez, conseguiu balançar as redes.

O treinador falou sobre a eficiência do Vasco, que voltou a perder oportunidades claras. Barbieri acredita que os números vão melhorar quando tiver mais tempo para trabalhar questões técnicas.

– A gente sempre trabalha e tem buscado soluções para criar bastante. É claro que a gente precisa ser mais efetivo, criamos muito contra o Fluminense, mas não conseguimos isso. Hoje deu certo. É sempre complicado este tema da eficiência. Temos 30 dias de trabalho e quase 10 jogos, então temos tido pouco tempo para treinar algumas situações, dentro delas essas questões técnicas. Como o intervalo é muito curto entre um jogo e outro, nós estamos focando mais na área tática. À medida que tivermos mais semanas abertas poderemos treinar mais essa questão da finalização – disse Barbieri.

– Eu acho que a gente vem fazendo boas partidas, jogamos bem contra o Nova Iguaçu e contra o Resende, contra o Volta Redonda foi um ponto fora da curva. Mas acho que estamos tentando construir uma identidade de sempre buscar o gol quando tivermos com a bola. A ideia geral nós temos mantido e estou satisfeito neste momento – completou o técnico.

Outro tema abordado por Barbieri foi a lesão de Luca Orellano, que ficou fora do clássico por conta de uma lesão na coxa esquerda. O treinador pontuou que o atacante argentino está em fase de adaptação ao clube e ao país.

– O Orellano é mais um processo de adaptação, tem o fator da língua, ele é um menino muito introvertido, acho que ele sentiu uma lesão em algum momento, mas não nos falou. A gente tentou ajustar isso e não estava conseguindo dar sequência para ele. Ele teve um incômodo e a gente achou melhor dar uma pausa para ele se recuperar melhor. É um processo que é natural e é individual. Estamos tendo essa dificuldade inicial, mas vamos solucionar rápido – afirmou Barbieri.

Com o resultado, o Vasco assumiu a quarta posição do Carioca, com 14 pontos. O time volta a campo pelo estadual no dia 27, contra o Boavista, às 19h30, em São Januário. Mas antes enfrenta o Trem-AP, no dia 23, no Mané Garrincha, às 21h30.

Outras declarações de Barbieri

Voltar a vencer um clássico

– Antes de tudo quero desejar que o Philipe Sampaio fique bem, a gente ficou preocupado com ele. Esse retrospecto traz um peso, conversamos sobre isso na preleção, disse aos jogadores que essa história não nos pertencia, mas era esse grupo que teria a oportunidade de cessar essa escrita ruim para um clube gigante como o Vasco. Tínhamos um contexto difícil por conta dos desfalques, acho que começamos bem o jogo, a primeira expulsão deles sai em uma jogada bem trabalhada pela gente, se não tivesse a falta provavelmente faríamos o gol. Claro que a expulsão condicionou o jogo, mas tivemos equilíbrio e maturidade para buscar a vitória.

– É claro que dá uma tranquilidade, tira um peso enorme vencer hoje, mas ao mesmo tempo isso não altera o nosso planejamento. Eu acho que na última partida, mesmo sem a gente conseguir a vitória a gente viu que estava na direção certa.

Alex Teixeira

– Quando a gente fala dessa função de 10, vem um estereótipo muito marcado do que é o 10 tendo em vista a história do futebol brasileiro. Mas existem diferentes camisas 10. O Alex começou a carreira como um atacante de lado, mas agora vem jogando mais como um meia-atacante. E essa é a ideia, que ele flutue no espaço mais próximo ao Pedro, que ele consiga fazer os seus movimentos. E ele sempre fez muito gol. Acho que ele fez um bom jogo. Ele vem melhorando a cada jogo, no ano passado foi um outro contexto, e a gente teve um cuidado especial com ele na pré-temporada e agora estamos colhendo os frutos deste trabalho.

– O Alex tinha a função de 10 hoje, mais pelo lado esquerdo. Contra o Fluminense o Galarza atuou como um terceiro volante, mas hoje não. Hoje, ele foi mais um homem de lado. E eu optei por isso pela versatilidade dele. Acho que começamos bem, tanto é que gerou a situação da expulsão. O Alex pode fazer essa aproximação com o Pedro, como o Nenê pode fazer também.

Elenco do Vasco

– Muitas vezes a gente não tem falado mais sobre isso, mas isso não quer dizer que não estamos mais buscando ninguém. Esta busca é constante. O que eu acho que fica de positivo é que usamos os garotos e eles deram uma resposta mais que positiva. Isso deixa a gente feliz, eu entendo que é normal falar só do resultado, mas desenvolver os jogadores é um trabalho nosso também. São soluções que nós ganhamos ao longo da temporada.

Alterações no jogo

– A tendência é todo mundo achar que com dois a mais é mais natural, mas por não ser uma situação corriqueira, para o treinador é sempre um desafio interpretar o que o outro time vai fazer. A gente discutiu sobre o que o Botafogo poderia fazer e decidimos colocar o Nenê para pensar um pouco mais, liberar o Puma, deixar o Pec por dentro junto com o Erick Marcus. A gente tinha dois a mais, e a nossa vantagem não poderia se tornar uma desvantagem pela demora do gol. Nós conseguimos marcar e controlar bem o jogo.

Escalação

– Essa não era nossa ideia inicial. O Jair teria condições de jogar hoje, a ideia era não expor ele contra o Fluminense, mas a partir do momento que a gente tomou o conhecimento do contexto de que não poderíamos contar com alguns jogadores, aí entra em relação a leitura do adversário. Eu repeti a escalação mais pelo fato de não poder contar com alguns jogadores. O Rodrigo, em um lance de infelicidade no último jogo, ele demonstrou muita personalidade, vem treinando bem, então eu não tinha dúvidas da escalação dele.

Erick Marcus

– A partir do momento que eu vim para o Vasco, ele me chamou a atenção de forma extraordinária. Desde o meu primeiro dia eu disse que queria ele trabalhando comigo. No treino ele faz coisas fantásticas e está se soltando mais nos jogos.

Pedro Raul

– Eu acho que a torcida tem que ter paciência, ele vai fazer gols, vai perder, é um homem que a torcida tem uma expectativa muito grande. Ele se cobra bastante, mas é um jogador que já tem uma maturidade. É uma referência para nós. Ele sempre quer buscar mais e eu peço para a torcida o apoiar. A torcida do Vasco é fantástica e tem tudo para nos ajudar demais nesta temporada, que vai ser difícil, com muitos desafios. A gente não está caminhando na Viera Souto, estamos ainda na Avenida Brasil. Mas, apesar disso, será uma temporada extraordinária.

Desfalques

– Em relação ao Barros, não só ele, a gente tem nesse momento tentado trazer todos os meninos que têm destaque. Temos até alternado os jogadores que estão vindo para os jogos. E o Vasco tem uma base muito boa. Vimos ele na Copa São Paulo de Futebol Junior, e o Barros veio neste processo. Ele se destacou e aproveitou a oportunidade com a ausência do Jair.

– O Figueiredo está em um processo mais final, o Marlon vai demorar um pouco mais, o Robson a mesma coisa, e o Orellano deve demorar um pouco mais também. Além da situação do Capasso, que chegou agora e ainda não treinou, mas em breve vai poder jogar com a gente.

Halls e os goleiros

– Vocês acompanharam a questão do regulamento, eu sinceramente não entendo. Mas foi uma situação que tivemos que enfrentar. O Halls foi bem, gostei da atuação dele.

Arbitragem

– Nas imagens que eu vi inicialmente para mim eu achei pênalti, mas depois vi que não foi pênalti. Questiono a forma da entrada. Foi um pouco perigoso. A expulsão do Rafael todo mundo viu, foi uma agressão e expulsão que veio da conduta dele.

Fonte: Globo Esporte

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