Marcelo Sant’Ana admite pressão em Carille no Vasco

O diretor Marcelo Sant'Ana citou a cultura do futebol no Brasil para responde sobre a situação de Fábio Carille no Vasco.

Marcelo Sant'Ana em entrevista coletiva
Marcelo Sant'Ana em entrevista coletiva (Foto: Matheus Guimarães/Lance!)

Após a realização do sorteio da terceira fase da Copa do Brasil, o diretor de futebol do Vasco, Marcelo Sant’Ana, conversou com os jornalistas na sede da CBF, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro.

Ao ser perguntado sobre a situação de Fábio Carille, o executivo citou a cultura do futebol no Brasil e reconheceu que, muitas vezes, há um planejamento para longo prazo, mas que esbarra na pressão pelos resultados.

– No Brasil, todos somos avaliados jogo a jogo. Em algumas situações, fazem um planejamento a longo prazo, mas é nossa cultura. Eu trabalhei em outros clubes e tive essa pressão, Fábio também tem essa pressão. O Vasco tem sua maneira de ser. A torcida tem grande expectativa em ver o time ser campeão, desde 2016 não conquista um título, desde 2011 não ganha um título nacional. Claro que tem que ter responsabilidade na capacidade de investimento, para ser assertivo – disse Marcelo Sant’Ana.

Carille foi alvo de vaias da torcida na terça-feira, mesmo com a vitória por 1 a 0 sobre o Puerto Cabello, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana. No gol de Vegetti, os jogadores demonstraram apoio ao treinador e foram até a área técnica para abraçá-lo na comemoração.

O apoio do elenco tem um peso importante para a continuidade do treinador, mas a avaliação interna, neste momento, é de que o trabalho deveria ser melhor com o que Carille tem à disposição.

– O fundamental é estar em sinergia com a torcida. Quando a torcida do Vasco apoia, é determinante nos resultados. Isso é notório na história do Vasco. O que buscamos é transmitir essa competitividade e o respeito à camisa para que tenhamos o respaldo e a confiança do torcedor. É o Fábio, o Marcelo, o presidente. O Vasco não foge à cultura dos times brasileiros – completou o dirigente.

O diretor também comentou rapidamente sobre a possibilidade de contratações para o elenco ainda nesta janela. Marcelo Sant’Ana ressaltou que o foco para a chegada de novos reforços será na janela do meio do ano, mas admitiu que algumas saídas não estão descartadas:

– Nosso foco para reforços é na janela do meio do ano, mas saídas ainda podem acontecer nesta janela interna.

No sorteio, houve a definição do próximo adversário do Vasco na Copa do Brasil: o Operário-PR. Marcelo Sant’Ana fez questão de elogiar o trabalho feito pela gestão do clube paranaense e citou o jogo marcante entre as equipes, em 2022, pela Série B, quando Alex Teixeira marcou dois gols na reta final do confronto, vencido pelo Vasco por 3 a 2. O resultado foi fundamental na caminhada do time carioca para o acesso à elite naquele ano.

– Tomara que o Alex Teixeira seja tão feliz como foi no último encontro. Ele fez dois gols no 3 a 2 lá, no finalzinho do jogo. O Operário tem feito um bom trabalho nos últimos anos. Eles têm uma estabilidade de trabalho. O clube tem o apoio da cidade de Ponta Grossa. Teve a queda para a Série C há dois anos, mas já voltaram porque são um clube organizado. Uma viagem para Curitiba é boa em termos de logística. O Bruno Pivetti é um técnico de 41 anos, que gosta do jogo posicional, da posse de bola. É o atual campeão paranaense. Temos que ter respeito, mas temos a responsabilidade de passar de fase e buscar o avanço. Temos uma expectativa boa nas Copas esse ano.

Fonte: Globo Esporte

1 comentário
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    Torcer é uma coisa. Agora, desmotivar e jogar o time pra baixo é outra completamente diferente. O Flamengo perdeu em casa, é verdade, e só colocou os titulares no segundo tempo — mas o estrago já estava feito no primeiro, perdendo de 2 a 0. O Vasco venceu o clássico, e mesmo assim foi vaiado. Quem nunca jogou bola talvez não entenda: nada pior do que vencer e sair do campo com a sensação de derrota. Quando ganha, dizem que “não fez mais que a obrigação”; quando perde, vem xingamento e ameaça. O Léo Jardim tá certo — vencer e ouvir vaia não estimula ninguém. A torcida do Vasco é incrível, mas convenhamos: ninguém está jogando bem, nem o Flamengo. Alguém viu a torcida do Fla xingando o Filipe Luís ou outros que sumiram em campo? Chega disso. Se perder, vaiar é do jogo. Mas quando vence, mesmo por 1 a 0, vale igual a um 5 a 0. Agora é hora de dar paz pro técnico e pros jogadores trabalharem.
    Será que o técnico do Flamengo está ameaçado também?

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