Mandarino fala sobre saídas de Diego e Fágner, e possíveis reposições

José Hamilton Mandarino, disse em entrevista ao Jogo Extra que considera as saídas de Fágner e Diego Souza como dentro da “ótica da realidade do futebol”.

O presidente Roberto Dinamite, que voltou somente no fim dessa sexta-feira, ainda vai definir o rumo de Diego Souza e Fagner, mas a permanência dos dois jogadores é praticamente desconsiderada. Conformado sobre as perdas, o vice-presidente de futebol, José Hamilton Mandarino, disse em entrevista ao Jogo Extra que considera a situação como dentro da “ótica da realidade do futebol”.

Jogo Extra: Os dois jogadores vão mesmo sair?

Mandarino: Fagner vai completar quatro anos no Vasco. Veio sem custo nenhum para o clube, poucos lembram disso, até porque não tínhamos condições nenhuma. Na época, ele escolheu ficar com 20% dos direitos econômicos na mão. Quando o procuramos para renovar, no primeiro semestre, ele disse que não queria ainda, porque tinha expectativa de aparecer uma proposta de fora. Então ficou combinado que não sairia para clube brasileiro nenhum. Mas apareceu a proposta do Wolfsburg que veio de encontro com a intenção do jogador de sair. Não tínhamos condições de igualar a proposta.

E o caso do Diego Souza?

Houve a proposta do Al Itthad há umas semanas atrás, que, num primeiro momento, agradou ao Diego. Depois, acabou não dando certo. Mas acabou que nas últimas 48h ou 24h a proposta reapareceu e também ficou clara a vontade do jogador.

O Vasco vai conseguir repor as peças?

Vamos procurar, vamos tentar repor. Essa é a dinâmica do futebol. Invariavelmente, a dinâmica é assim, de vender e trazer jogadores.

Não era possível oferecer um aumento ao Diego Souza, por exemplo?

Poder de argumento com os jogadores sempre existe. Mas o clube não pode entrar nessa loucura do futebol brasileiro. O Diego era um dos salários mais altos do elenco. Fica impossível fazer contra-proposta para chegar perto (do salário). Posso até ser voto vencido, mas tenho minhas convicções em determinados aspectos. Se não for assim, poderia até não estar aqui ou não continuar.

A impressão é que você está mais afastado do futebol há um tempo.

Não é verdade. Em tudo eu tenho participação direta. Quem aparece é o presidente, é o diretor executivo, o que é normal. Prefiro agir dessa forma. Por exemplo, fui eu que conduzi tudo para a permanência do Eder Luis e do Fellipe Bastos. Faço ao meu estilo.

Não há nada dessa suposta distância com a entrada do Daniel Freitas, que seria um nome ao qual você não desejava?

Não me opus ao Daniel em nenhum momento. Fui contra outros nomes que surgiram quando o Rodrigo Caetano saiu. Tenho dado o maior apoio e tenho ajudado bastante o Daniel. O único aspecto a ser suprimido por ele é a experiência, que só vai vir com o tempo na atividade.

Se era possível prever essa situação, por que o clube não se preparou melhor?

As coisas não acontecem assim. O mercado é muito difícil, é grande, mas não é fácil. Mas nomes vão surgindo, já temos conversas adiantadas e vamos suprir essa perda, com certeza. A torcida pode ficar tranquila.

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