Maioria dos meias e atacantes do Vasco tem pouca rodagem; confira média de idades
No ataque, por exemplo, das 16 opções disponíveis no elenco do Vasco da Gama para a temporada, 13 têm até 22 anos.
A derrota do Vasco para o Athletic-MG no amistoso em São Januário (2 a 0, gols de Sassá) mostra o grau de risco que a SAF do clube assume ao fazer ao menos os primeiros 13 jogos da Série A do Brasileiro com um meio de campo extremamente jovem, com média de idade de 22 anos. O time de Maurício Barbieri até é capaz de competir de forma satisfatória jogando em cima dos erros dos adversários que carregam o protagonismo. Mas claudica ao ter de assumir o papel principal.
A pouca rodagem dos meias é um problema real. Dos 15 do setor ainda veiculados (incluindo Nenê, que não terá o contrato renovado ao final do mês; De Lucca, que não joga mais este ano; e Zé Gabriel, que está entre os negociáveis), dez deles têm até 20 anos. Só Jair (28) e Galarza (23) são mais velhos. Um quadro que se repete entre os 16 atacantes do elenco: 13 têm até 22 anos. Alex Teixeira (33), Pedro Raul (26) e Orellano (23) são exceções. Ou seja: falta maturidade na fase ofensiva.
Ou seja: pelo andar da carruagem, essa dificuldade para se impor como protagonista deverá ser a tônica do time até julho, na abertura da janela de inverno para registros de jogadores vindo do exterior – a de verão fecha nesta terça-feira (4). Até lá, já expliquei aqui, o Vasco tem 13 jogos a cumprir com o que há no elenco. A menos que consiga se reforçar com jogadores que atuam no Brasil e tenham participado de algum Estadual. A janela para estes registros fica aberta até o dia 20.
Espelho alvinegro
Neste ponto, o Botafogo me parece mais escolado. E o retorno de Júnior Santos, negociado há pouco meses com o Fortaleza, mostra isso. Passa por esta necessidade de ter opções mais experientes no ataque. Ainda que não seja um jogador virtuoso, o ponta de 28 anos pode substituir Tiquinho Soares, como atuar ao lado dele.
Chegou ao clube no segundo semestre do ano passado, após três anos e meio no futebol japonês, e deu mais sustentação ofensiva ao time de Luís Castro, fechando o corredor e ajudando na associação entre meio e ataque. Ok, não teve o brilho de Jeffinho, por exemplo. Mas nos 1079 minutos em que esteve em campo, fez um gol e deu duas assistências.
É um jogador que ajudará a equilibrar o time em termos competitivos. Ou seja: a aposta em jovens valores dá a perspectiva de um futuro melhor. Mas é preciso olhar para o agora. E tanto o Vasco, como o Botafogo, não têm muito tempo a perder…
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira – Extra