Luiz Mello comenta planejamento do Vasco para retornar à Série A

O CEO do Vasco da Gama, Luiz Mello, concedeu entrevista ao Globo Esporte para falar sobre as projeções do Clube no aspecto financeiro.

Mello destacou que apesar de ser difícil o acesso à Série A, os dirigentes cruzmalttinos ainda trabalham com a possibilidade do Clube estar no pelotão de elite do futebol nacional em 2022.

– A gente trabalha com cenários e fluxo de caixa. Tem reuniões de fluxo de caixa onde consigo enxergar as próximas 13 semanas do clube. Já penso nas viagens do Náutico, a de Campinas, e nos planejamos para separar parte dos recursos para isso. Internamente a gente ainda está no pensamento de que o Vasco precisa subir. A gente entende as dinâmicas do futebol, mas está na ideia de que o Vasco tem condições não só no campo. A chegada do Diniz mostra que os jogadores entenderam, está todo mundo imbuído no mesmo sentido. De que o Vasco vai subir.

Braço direito do presidente Jorge Salgado, Mello também relembrou seu início de trabalho no Vasco, citando que levou cerca de um mês para entender como funcionava o Cruzmaltino, estudando funcionário por funcionário.

– Eu vim de um mercado de consultoria. Sempre fazemos um diagnóstico. Levei mais ou menos um mês para entender o que era o Vasco, a quantidade de pessoas por departamento, como poderíamos melhorar os processos. Chegamos à conclusão de que o Vasco tinha muita gente e resolvemos analisar pessoa por pessoa, se era necessário ou não. Descobrimos, por exemplo, pessoas que estavam afastadas por INSS e não precisavam estar mais aqui.

Por fim, o CEO do Gigante da Colina comentou sobre o investimento do Clube no futebol nessa temporada. Exaltando sua gestão, Mello julgou estar fazendo a coisa certa para que o Vasco tenha fluxo de caixa, organize suas dívidas e tenha um elenco razoável.

– Acabamos focando em algumas áreas. O futebol é o nosso foco, a base é um foco. O esporte olímpico, por exemplo, tem que ser autossustentável. Analisamos com lupa cada gasto, tivemos que fazer reajustes de áreas. Analisamos pessoa a pessoa, valor a valor, no quadro móvel. Reduzimos em mais de 55% o headcount (número de funcionários), reduzimos em mais de 50% o valor que pagávamos em um jogo sem público. Quando vi o quanto custava um jogo sem público, vi que não fazia sentido. Por que eu precisava desse pessoal todo? Me falaram que sempre foi assim. Eu disse que precisávamos questionar cada pessoa, cada valor.

Vale ressaltar que o CEO quase não tem a aprovação da torcida cruzmaltina. Desde o anúncio da sua contratação, Mello foi questionado por torcedores, e a atual situação do Clube na Série B do Campeonato Brasileiro reforça a insatisfação da torcida não somente sobre ele, mas sim de toda a gestão capitaneada por Salgado.