Léo Matos projeta revanche contra o Botafogo e nega chateação por reserva

Léo Matos, lateral-direito do Vasco da Gama, projetou o clássico contra o Botafogo e negou chateação por não ser titular com Zé Ricardo.

Léo Matos em coletiva de imprensa
Léo Matos em coletiva de imprensa (Foto: Marcelo Baltar)

Domingo é dia de clássico entre Vasco e Botafogo – a partida será realizada em São Luís, no Maranhão. Será o primeiro reencontro entre as equipes desde a goleada por 4 a 0 em novembro do ano passado, que embalou os botafoguense rumo ao acesso e selou a permanência dos vascaínos por mais um ano na Série B do Brasileirão. Para Léo Matos, titular naquele jogo, “foi um dos piores momentos da carreira”.

Léo foi convocado para falar com a imprensa nesta sexta-feira, no CT Moacyr Barbosa, porque provavelmente será titular no jogo de domingo. Weverton, que vem sendo o dono da posição no time de Zé Ricardo, está suspenso com três cartões amarelos.

– Aquele jogo contra o Botafogo poderia ter sido um divisor para nós na Série B. Se ganhássemos, poderíamos dar um star, mas perdemos e ficou difícil o acesso. Eu tinha uma expectativa muito grande. Minha esposa, a família, todos estavam no estádio. Minha esposa disse que quando chegou ao estádio eu fui expulso. Hoje parece engraçado, mas foi complicado. São Januário estava inflamado, ambiente ruim. Foi um dos piores momentos da minha carreira. Espero que nunca mais aconteça. Foi na intenção de ajudar, na disposição e deu errado. Mas é o meu estilo de jogo, sempre foi assim em toda minha vida, e ganhei mais do que perdi jogando de uma forma mais agressiva – recorda Léo Matos que na ocasião foi expulso aos 25 minutos do primeiro tempo.

“É uma oportunidade de apagar tudo aquilo. Fiquei manchado. Estou há um ano e meio no Vasco e fiz coisas boas. Fui o líder de assistências no ano passado. Também porque o Nenê chegou depois (risos). Mas com certeza esse jogo tem um sabor especial para mim e para todos no Vasco”, acrescentou.

– Primeiro clássico do ano, vamos poder mostrar o trabalho do Zé. Está sendo muito bom. Uma vitória no domingo nos dará mais consistência para seguir nesse caminho – concluiu.

Léo Matos virou reserva na lateral direita desde a chegada de Zé Ricardo. Nos dois jogos em que atuou até aqui na temporada, contra Madureira e Portuguesa, entrou no segundo tempo. Aos 35 anos, ele diz que não se incomoda com isso e que se sente grato só por ter ficado no Vasco.

– Motivação e confiança nunca me faltaram. Tenho jogado menos com Zé Ricardo, mas faz parte do futebol. O Weverton é um grande jogador, muito potencial. Fui titular na maioria dos times que passei. Isso faz parte do futebol. Com o tempo a gente consegue ver as coisas de forma coletiva. E fico super feliz quando os companheiros vencem o jogo, independe de jogar. Para mim só de estar no Vasco já tem um grande valor. Por tudo que passei no Vasco, fui um dos poucos que fiquei. A maioria dos meus colegas não ficou. Por terem depositado essa confiança em mim, tenho muita gratidão – disse o lateral.

– O meu foco nesse ano é devolver o Vasco para a primeira divisão. Não seu se estarei no Vasco no próximo ano. Sou do Rio. Imagina quantos amigos e familiares vascaínos eu tenho. Pior do que um xingamento na internet, é ver um amigo pedir para melhorar. Quero contribuir no acesso e para sermos campeões cariocas – completou.

Veja outros pontos da entrevista de Léo Matos

Mudanças no Botafogo

– Temos que estar focados no nosso rendimento. É um clássico. Precisamos focar no que precisamos fazer dentro de campo para vencer e esquecer o Botafogo. O Botafogo tem praticamente o mesmo grupo que venceu a Série B do ano passado. Talvez não vivam o melhor momento, mas tenho certeza que estarão super motivados para vencer o Vasco da Gama.

Receber a braçadeira de Anderson Conceição

– Achei sensacional. Conheci o Anderson há pouco tempo. Um caráter sem igual. E dentro de campo as atuações dele vêm me surpreendendo muito positivamente. Não o conhecia tanto. Não foi nada combinado. Isso mostra o caráter que ele tem. E o respeito pelos jogadores que estão há mais tempo. Não é comum no futebol. É senso de coletividade que o Zé vem implantando no grupo. O coletivo vai fazer com que naturalmente a individualidade apareça. Se continuar assim, temos tudo para fazer um grande ano e dar muitas alegrias ao torcedor.

Mais sobre possível mudança de posição

– Minha posição é lateral, já atuei algumas vezes como zagueiro e tive sucesso, até pela ajuda que recebi dos companheiros. Tudo é treinamento. Não é fácil. Sou lateral-direto, posso colaborar como zagueiro e já joguei algumas vezes como volante. Mas é uma posição que acho mais complicada do que zagueiro. Se precisar, estou à disposição. Não tem problema. Mas como zagueiro acho mais fácil por ser uma posição mais parecida com a que sou especialista.

Recepção em São Luis no ano passado

– Foi sensacional aquela recepção. Não esperava. Nem imaginava que tinha tanto vascaíno no Maranhão. Foi muito legal. O estádio provavelmente estará lotado e vai ser um grande jogo.

Derrota para o Sampaio em São Luís no ano passado

– Infelizmente foi um jogo que ficou marcado. Eles tiveram um jogador expulso, tínhamos todas condições de sair com a vitória, e infelizmente não conseguimos. Temos a chance agora de dar uma vitória ao torcedor do Nordeste.

Pressão por vitória no clássico

– Ter que ganhar é uma pressão desnecessária para o clube. Claro que uma vitória seria bom para chancelar o bom trabalho que está sendo feito no Vasco. Mas se ela não vier, não será desastroso. O Zé vai corrigir as coisas. Tenho certeza que o trabalho está sendo bem feito.

Fonte: Globo Esporte

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