Léo Gil fala sobre jogadas de bolas paradas, Luxemburgo e elogia base do Vasco
Leonardo Gil afirmou que tem que treinar mais jogadas de bolas paradas, comentou trabalho com Luxemburgo e base do Vasco da Gama.
O meio-campista Léo Gil foi o escalado pelo Vasco para a coletiva desta terça-feira, véspera do duelo com o Bragantino, que será realizado na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, pelo Campeonato Brasileiro. Um dos temas abordados foi o fato de ele ainda não ter comprovado a fama de especialista em jogadas de bolas paradas.
O argentino garantiu não ser por falta de esforço, mas disse que o bom aproveitamento no quesito depende de quem cobra a falta e de quem vai à área.
– Creio que os vídeos que todos viram sobre mim foram pautados no meu trabalho. Acredito que a qualidade da bola parada eu sempre tive, já me saí bem, outras vezes, nem tanto. Acho que tenho de treinar mais. São 50% de quem bate e 50% de quem vai cabecear. Temos que seguir trabalhando e tomara que venham os gols ou alguma assistência. É uma qualidade de quem bate e de quem ataca. Se o batedor bate bem, e quem ataca cabeceia mal, não dá certo. Se quem bate não cobra bem, e o cabeceador vai bem, também não dá certo.
O argentino, contratado em outubro, ainda não deslanchou com a camisa do Vasco e soma 17 partidas. Ele ainda não fez gols pelo clube.
Confira as demais repostas de Leo Gil
Sequência contra Bragantino, Atlético-MG e Palmeiras
– Acredito que temos uma sequência muito importante, temos nove finais. Temos que pensar hoje no Bragantino, um time muito forte e duro. Estamos analisando o time deles com o professor. Temos que acreditar no trabalho, e a equipe tem muito mais confiança. Que possamos fazer o melhor e conquistar três pontos fora de casa para conseguirmos a permanência.
Trabalho com Luxa
– Creio que Vanderlei é um excelente treinador. Acredito que todos o conhecem no futebol mundial. Trabalhou muito tempo no Palmeiras, no Real Madrid, na Seleção. Treinou o Vasco, começou aqui. Veio ajudar o clube com toda sua experiência e com tudo que transmite em campo. É tratar de nos adaptarmos o mais rapidamente possível à sua ideia de jogo e buscar os resultados. Infelizmente no último jogo tivemos uma passagem ruim em que expulsam um companheiro. Mas quando ganhamos, ganhamos juntos. E perdemos juntos. Estamos todos juntos. Acredito que trabalhamos muito duro para conseguir os resultados.
Nível de atuação aquém do esperado
– Adaptação ao futebol brasileiro custa tempo. É uma das melhores ligas. Creio que a adaptação é importante e me adaptei rápido. Acho que sempre trabalho para dar o melhor. Às vezes sai, às vezes não. Creio que o momento do time começou a melhorar nesses últimos três jogos. Tiramos coisas importantíssimas desses três jogos. Quando todos estão em bom nível, isso ajuda a melhorar o companheiro. Estamos num momento em que todos atletas estão com outra mentalidade.
Ausência de Bruno Gomes no meio
– Bruno é um garoto novo, que tem muita qualidade e muitas características defensivas, mas acredito que todos são importantes. Quem o substituir vai fazer da melhor maneira. Os objetivos a curto prazo são do grupo. Um nunca sabe quando pode jogar ou sair do time. O mais importante é estar preparado. Creio que temos de confiar em cada um dos companheiros, pois todos farão da melhor maneira.
Ambiente após a derrota para o Coritiba
– Creio não temos tempo para lamentar os jogos que passaram. O grupo, como disse, está forte. O mais importante é pensar no próximo jogo, se focar nele. E o que passou já é passado. As coisas que foram bem feitas temos que manter e corrigir as coisas que fizemos mal. Temos que estar todos juntos e seguir remando para o mesmo lado.
Mudança constante de jogadores
– Acredito que dificuldades (trazidas pelos desfalques seguidos) não. Estão todos preparados e não temos para lamentar e pensar em qual companheiro vai jogar ou não. Quem entra tem que dar o máximo e fazer o que pede o professor. É entrar concentrado, dar o máximo e estar todos juntos. Só dessa maneira podemos sair dessa situação. O mais importante é a confiança.
Objetivo pessoal no Vasco de marcar gols ou ajudar mais ofensivamente?
– O objetivo que tenho como jogador é ajudar o time, fazer da melhor maneira. Não me considero um goleador, eu cumpro outra função no meio-campo. Acredito que já com 29 ou 30 anos você se dá conta do que pode fazer. Tem que ser um jogador inteligente. Jogo pela equipe. E também posso ajudar um pouco no ataque, mas não é a primeira função. Acho que estou mais para a organização e para a recuperação de jogo. Também tenho a arma da bola parada, que às vezes funciona e às vezes não funciona.
Relação com Cano e Benítez
– Em todos os times sempre há um argentino. No primeiro dia que cheguei ao clube, já havia enfrentado Martín (Benítez), mas Germán (Cano) eu não conhecia. Me encontrei com excelente pessoas e que me ajudaram com várias coisas, como encontrar uma casa e me adaptar ao clube. Temos uma linda relação, vamos às casas de um e do outro. A relação tem que ser muito boa com todos os jogadores. Nos entendemos bastante, tratamos de conversar as coisas que passam no campo. Creio que tenho de conhecer a maioria dos jogadores para ajudá-los.
Jovens em crescimento no Vasco: “Que a responsabilidade caia sobre nós, os mais velhos”
– Vasco é muito grande. Esse garotos precisam de muito apoio, que a pressão da torcida seja com os mais velhos. Em cima da gente. Como Fernando, Werley, Castan, Cano… Para que os mais novos desfrutem e se libertem. Que essa responsabilidade caia sobre nós. O mais importante é ajudá-los e protegê-los para que eles mostrem isso em campo. Para que não tenham medo de bater no gol, de driblar. Que tenho 100% da nossa confiança para jogar. Que o outro trabalho de recuperar é conosco, que somos as pessoas responsáveis por isso. Vasco tem uma base muito boa. Pec, Juninho, Cayo… O mais importante é dar confiança para eles se desempenharem.
Fonte: Globo Esporte