Justiça ordena execução de mais de R$ 93 milhões em dívidas trabalhistas do Vasco

O Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1), por meio do juiz Fernando Reis de Abreu, determinou, nesta terça-feira (17), que o Vasco da Gama tenha R$ 93,5 milhões executados referentes a dívidas trabalhistas do Clube. A informação inicial é do site Esporte News Mundo.

Vale ressaltar que o valor está sendo cobrado em uma única vez devido ao Ato Trabalhista, modalidade de parcelamento de débitos que, em relação ao Gigante da Colina, foi cancelada no último mês de maio.

A decisão de Fernando Reis ocorre através de um processo movido por um ex-funcionário cruzmaltino em 2014, cobrando à época R$ 60 mil. É importante destacar também que a quantia de R$ 93,5 milhões ainda pode ser ampliada, pois será revisada pela contadoria do TRT-1. O dinheiro será pago da seguinte forma:

• R$ 24 milhões referentes ao Grupo Globo por direitos de transmissão de imediato. Posteriormente, 30% do que o Clube ainda for receber;
• Bloqueio das contas cruzmaltinas limitado a R$ 900 mil por mês;
• 30% dos créditos do Vasco perante à CBF por premiações e classificações em competições;
• 30% dos créditos do Vasco relacionados ao programa Sócio Gigante;
• 30% dos créditos da Vasco TV, canal de comunicação oficial do Clube;
• 30% do valor que o Gigante da Colina tem a receber da Record TV por direitos de transmissão;
• 30% do patrocínio do Vasco junto ao Banco BMG, Tim, Havan e Ambev.

O Vasco tinha renovado o Ato Trabalhista em 2019, durante a gestão de Alexandre Campello. Desde então, tinha que pagar, todo mês, R$ 2 milhões em relação a parcelamento de dívidas com ex-funcionários. Após a decisão de excluir o benefício em maio, já na administração Jorge Salgado, o Cruzmaltino recorreu. No entanto, não houve êxito.

Vale ressaltar que Fernando Reis de Abreu não indicou, em sua decisão, quais imóveis devem ser penhorados. O magistrado, inclusive, indicou uma leiloeira para o caso dos bens serem leiloados.

– Havendo bens imóveis, determino desde já a sua penhora, confeccionando-se os respectivos termos e determinando aos Cartórios de Registro de Imóveis a averbação, via ARISP. Determino que as avaliações dos imóveis sejam feitos pela leiloeira (…), a qual deverá ser incluída nos autos desde já, sendo certo que o valor da avaliação estará embutido na comissão de leiloeira. Vindo a avaliação, dê-se ciência à ré – disse o juiz.

Até o momento, a diretoria do Vasco ainda não havia se manifestado sobre o ocorrido.