Juninho Pernambucano critica redes sociais e diz que nova geração de atletas é egoísta

Ídolo do Vasco da Gama disse haver grande competição interna nos elencos movida pela vaidade criada através da exposição maciça na internet.

Juninho Pernambucano em entrevista como diretor de futebol do Lyon
Juninho Pernambucano em entrevista como diretor de futebol do Lyon

Durante participação em transmissão da Copa Indígena na TV Bahêa na última segunda-feira (15), reproduzida pelo canal no YouTube ”Atenção, Vascaínos” nesta quinta (18), o ídolo do Vasco da Gama Juninho Pernambucano falou abertamente sobre a atual geração do futebol como um todo.

Segundo ele, em tom crítico, o crescimento das redes sociais tornou a exposição dos atletas demasiada, gerando, assim, um sentimento de egoísmo por parte da maioria dos jovens jogadores da atualidade. O ex-meio-campista, inclusive, citou o Lyon, clube onde atua como diretor de futebol, como exemplo de onde esse tipo de situação acontece.

– Uma nova geração que a gente tem um desafio muito grande. Os jogadores participam muito na rede social. É a realidade hoje. Acho que essa geração atual é mais egoísta. Trabalho isso com os jogadores do Lyon. Nosso time é de qualidade muito boa, mas algo impede que tenhamos uma regularidade quando cresce – disse.

Complementando sua opinião, o Reizinho da Colina fez um comparativo entre o atual momento e sua época de atleta e citou que alguns jogadores optam por não tocar a bola para um determinado colega de equipe por, supostamente, não simpatizar com o mesmo.

– (Na minha época) a gente competia com nossos adversários, tinha competição interna, mas levávamos muito na brincadeira. Hoje, com as redes sociais, eles competem entre eles e levam isso para o campo. Jogador pensa se vai dar o passe para o companheiro ou não, não é no instinto, na camisa. Chega a ser grave isso que eu to falando, mas eu encontrei isso no Lyon – afirmou.

Paralelamente, Juninho exaltou duas equipes as quais considera as melhores da atualidade: Bayern de Munique e Liverpool. De acordo com o ex-camisa 8 cruzmaltino, nesses times há um compromisso coletivo que faz a diferença, além da liderança de jogadores experientes, como o meia-atacante Thomas Muller.

– Eu vejo como joga o Bayern, o Liverpool. São os melhores jogadores do mundo. Mas a gente vê um comportamento coletivo, de luta sem a bola. Mas isso são poucos clubes que conseguem. Eu cito eles pois estão há muito tempo ganhando tudo. Jogadores como o Muller, dando exemplo para os mais jovens. Quando você tem liderança no time, e não falo só da comissão técnica, ajuda muito – explicou.

Torcida esperançosa

Na última quarta-feira (17), o nome de Juninho Pernambucano já havia voltado à tona no Vasco. Isso porque o ídolo anunciou que deve deixar o cargo de diretor do Lyon ao afim da atual temporada europeia, marcada para terminar em meados de 2022.

Com isso, torcedores cruzmaltinos agitaram a internet tentando mobilizar um possível retorno do ex-atleta ao Gigante da Colina para ajudar na reconstrução do Clube, que mais uma vez jogará a Série B, no ano que vem. Isso, no entanto, por ora parece ser apenas um sonho distante da realidade.

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